Um ano depois de todas as aventuras dos irmãos Pevensie em Nárnia, coisas estranhas começam a acontecer.
E o pior acontece quando todos são transportados de repente para um mundo completamente estranho, em ruínas.
O lugar possui um ar pesado, carreg...
Edmundo respirou fundo, abrindo um livro e se jogando em sua cama com satisfação por poder aproveitar alguns minutos calmos de leitura...foi quando Susana abriu repentinamente a porta do quarto.
-Ed, eu posso falar com você? - perguntou ela, uma leve entonação triste em sua voz.
"Dois minutos, eu me sento em paz por dois minutos e alguém me interrompe, é impressionante", foi o pensamento inicial dele; mas, ao ver a expressão triste de sua irmã, conseguiu abrir um pequeno sorriso e dizer, fechando o livro:
-Hm, diga.
Susana respirou fundo e se sentou na ponta da cama.
-Bem...você sabe que o Aslam falou comigo, não sabe?
-Sim, ele também falou comigo, com o Pedro e com a Lúcia. Acho que está falando com a Aurora agora. Sobre...irmos embora. Daqui a dois dias.
-Aham. - ela assentiu, levemente. - Eu falei com ele e perguntei sobre o fato de que não vou voltar com vocês. Ele...ele me disse que, lá no nosso mundo, as pessoas vão esquecer que eu existo, como se eu nunca tivesse conhecido elas, como se eu nunca...tivesse existido lá.
-Eu sei, Aslam me disse isso também. - suspirou Edmundo. - Mas nós não vamos esquecer de você, não ache que vai se livrar de seus irmãos e cunhada assim tão fácil. - ele sorriu.
-É, acho que não. - sorriu sua irmã, ficando em silêncio por alguns instantes. - Ed, você...acha que ainda vamos nos ver?
-Talvez...talvez um dia.
Susana não respondeu, mordendo levemente seu lábio inferior e olhando para o chão. Então, em certo momento, ela se deu conta de que talvez nunca mais voltasse a ver seus irmãos, nunca mais.
Um soluço escapou de sua garganta, e ela sentiu os braços de Edmundo envolvendo seus ombros. Enterrando seu rosto no peito de seu irmão mais novo, ela apenas chorou e aproveitou a presença dele.
-Eu vou sentir sua falta. - ela disse, quando parou de chorar.
-Eu também. Até de suas implicâncias com organização. - brincou ele, fazendo-a rir.
Susana soltou seu irmão, levantando-se.
-Bem, pelo menos ainda teremos dois dias. - ela disse, respirando fundo e enxugando as lágrimas.
-Prática como sempre, já vi que voltou ao normal. - sorriu Edmundo.
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-Hahaha. - sorriu ela, com ironia. - Muito engraçado, você.
-Eu sei.
Sua irmã riu, empurrando-o de leve.
-Bem, agora eu tenho que ir, uma reunião está me esperando. - ela disse.
-Vai lá, majestade. - riu o rapaz, enquanto sua irmã saía do quarto rindo.
