𝑩𝒂𝒄𝒌 𝑻𝒐 𝑵𝒂𝒓𝒏𝒊𝒂 𝟐 | Nas Origens

A Família de Aurora

💖 POV. Aurora 💖

Quando a porta se abre, vejo uma senhora de aparentemente uns 50 anos, que penso ser a empregada da casa. Ela olha para Edmundo, surpresa:

-Edmundo Pevensie, ora essa! O que está fazendo aqui? - ela exclama, mas não acho que parece descontente, muito pelo contrário. 

-Bom dia, srta. Evans. - ele diz, educadamente.

-Bem, bom dia! - ela responde, com um sorriso. - Nossa, já tem um ano que você não vem aqui...o que o trouxe aqui, e ainda por cima 7 e meia da manhã? Logo você, que não gosta de acordar cedo!

Hm, essa tal de srta. Evans sabe de muita coisa sobre o meu Edmundo, não gostei.

-Hm, eu vim trazer a minha noiva. - disse o garoto mais bonito da face da terra, com o sorrisinho meio torto de sempre. - Ela precisa falar com a sra. Wright.

-Sua noiva, hm? Vejo que muitas coisas aconteceram. - disse ela, ainda sorrindo. - Bem, eu vou falar com a sra. Wright. Só um minuto.

E foi realmente só um minuto, porque logo depois a srta. Evans voltou:

-Venham. - ela disse.

Entramos na casa, e eu senti imediatamente um cheiro bom de café, assim como de algo que penso ser panquecas e ovo. Escuto vozes de três crianças, rindo, e não consigo deixar de me sentir meio estranha por pensar que provavelmente são meus irmãos.

A srta. Evans vai andando pela casa, e nós a seguimos. Enquanto isso, vou olhando para as paredes do corredor, que é um pouco estreito, e me deparo com fotos (hm, o Ed me contou o que são fotos hoje mais cedo) de várias pessoas, incluindo uma moça loira de olhos verdes e bonita, muito bonita. Provavelmente é aquela ridícula da Annabeth.

Continuamos andando por pouco tempo, até que a srta. Evans para na frente de uma porta.

-A sra. Wright está aqui, podem entrar. Eu tenho que voltar para a cozinha ou as crianças vão derrubá-la. - diz ela, sorrindo e saindo logo em seguida.

Eu seguro a mão de Edmundo, um pouco apreensiva, e abro lentamente a porta, entrando logo em seguida e soltando lentamente a mão dele enquanto meu coração parece estar na minha garganta. 

Quando entro, percebo que é uma sala de estar com duas janelas relativamente grandes, que estão abertas e iluminam o lugar. Vejo alguns sofás e uma estante cheia de livros, mas não percebo mais nada quando vejo a mulher que está sentada em um dos sofás, de frente para mim. 

Ela é loira, como eu, e parece ter uns 40 e poucos anos. Sua boca é fina, mas seus lábios têm o formato de um botão de rosa, o que é lindo. Sua face é rosada, e ela tem uma expressão gentil. Mas seu olhar foi o que mais me prendeu; aqueles olhos cinza esverdeados são iguais aos meus, só que mais velhos. O cabelo dela é levemente ondulado, assim como o meu. Sim, definitivamente é minha mãe.

Não sei o que dizer, então fico em silêncio enquanto olho para ela. Mas a mesma se levanta assim que me vê, indo correndo até mim:

-Ah, Aurora! - ela exclama, com a voz trêmula e feliz ao mesmo tempo. - Como você cresceu, minha querida!

-Como...como sabe que sou eu? - pergunto, surpresa.

-Eu tive um sonho noite passada com Aslam, e ele me contou que você viria hoje. - diz ela, e parece que vai explodir de felicidade em pouco tempo. - Mas espere, deixe-me vê-la um pouco. Meu Aslam, você está linda!

Ao ver que minha mãe é tão doce e se preocupa tanto comigo desse jeito, eu simplesmente começo a chorar. Não sei exatamente o motivo; felicidade, alívio, tristeza por todos os anos nos quais eu tinha sentido falta da minha mãe...mas eu sei que comecei a chorar mesmo tentando reter as lágrimas.