Uma reconciliação, uma casa e duas cartas

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Edmundo saiu de seu carro, fechando a porta e abrindo o pequeno portão da casa do jardim da casa de Aurora. Foi quando viu a porta de entrada ser aberta, e Annabeth sair da casa com uma pilha de livros nos braços.

-Oi, Ed. - disse a loira, com um pequeno sorriso.

-Hm, oi. - respondeu ele, quase em um sussurro (enquanto desejava estar a quilômetros dali).

Não era como se ele e Annabeth houvessem tido um passado muito bom juntos.

A moça passou por ele, e quando estava prestes a cruzar o portão se virou novamente.

-Eu...bem, se não se importar, eu queria falar com você. - disse ela, um pouco insegura.

-Não, sem problemas. - respondeu o rapaz, da maneira mais descontraída e despreocupada que conseguiu. - Pode falar.

-Bem, eu sei que tudo o que aconteceu ano passado foi, hm, horrível, e eu acho que fui a maior culpada, no fim das contas. Acho que é e sempre foi bem claro que nós dois... - e Annabeth fez um gesto de "nada a ver", junto com uma careta do mesmo tipo. - ...não combinamos em nada! Tipo, não temos nada a ver um com o outro. Assim, você é meio fechado, calado, e eu-

-É toda agitada, não para quieta nem para respirar e fala sem parar. - disse Edmundo, rindo um pouco. - E se importa até com os mínimos detalhes de um formigueiro, enquanto eu não presto atenção nem na organização das minhas próprias coisas.

-E-xa-ta-men-te. - concordou a loira, e riu. - É bem isso. Enfim, eu queria te pedir desculpas por ter sido tão...idiota, sabe. Porque eu fui muito idiota, com aquela ideia toda de "popularidade", e tudo o mais.

-Quer saber? Me desculpe, eu também fui bem idiota. - disse ele, sorrindo um pouco.

-Ok, então...resolvidos? - e Annabeth estendeu uma mão para ele.

-É, acho que sim. - sorriu Edmundo, apertando a mão dela.

-Mais uma coisa: eu acho que você e a Aurora ficam muito bem juntos. Estou feliz por vocês, embora eu ache que vai demorar um bom tempo até ela começar a olhar na minha cara. - disse a loira, rindo.

-Obrigado. E sim, talvez demore mesmo. Ela é meio brava, não sei se você percebeu. - riu o rapaz.

-Percebi; também, só assim para conseguir lidar com você. 

-Talvez. - ele soriu.

-Tá, eu preciso ir. Você vai vir trazer a Aurora depois?

-Sim.

-Hm, então até mais tarde. Vê se toma conta da minha irmã direito. - brincou Annabeth, rindo e indo embora.

-Pode deixar. - respondeu Edmundo, sorrindo e olhando imediatamente para a casa, sem hesitar em correr até a porta e bater nela.

-Eu atendo, eu atendo, pode deixar que eu atendo! - ele ouviu uma voz feminina dizer, empolgada; e sorriu, já tendo certeza de quem se tratava. 

Poucos instantes depois, Aurora abria a porta e se jogava nos braços de seu noivo.

-Oi, Ed! - ela disse, sorrindo.

-Oi, meu amor. - respondeu o rapaz, envolvendo-a em seus braços e depositando vários beijinhos no topo de seus cachos loiros. - Sentiu minha falta?

-Mais ou menos, idiota. - retrucou a loira, soltando-o e olhando nos olhos dele com um olhar que já dizia tudo.

-Percebi, Rory. - sorriu Edmundo, segurando na mão dela. - Certo, vamos?

-Vamos. - sorriu a moça.

-Ah, eu tenho uma coisa para te contar. Duas, na verdade. - disse ele, quando os dois saíram do jardim e pisaram na calçada da rua.

𝑩𝒂𝒄𝒌 𝑻𝒐 𝑵𝒂𝒓𝒏𝒊𝒂 𝟐 | Nas OrigensOnde histórias criam vida. Descubra agora