Crime Perfeito

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Larissa💅🏻

Acho que estou prestes a vomitar.

Saber que ele está por aqui me deixa apavorada, tudo bem que eu estou no lugar mais protegido daqui, que meu irmão mandou cercar esse lugar. Ainda me sinto frágil e impotente.

Tá me deixando louca o fato da Carolina não estar aqui ainda. Já não era para o Ryan estar aqui?

A porta da sala é aberta e fico inquieta até ver que é o Souza.

Ele está com uma cara péssima, o que não é bom sinal.

Lari: Você demorou. Viu a Carol e o Ryan?

Souza: Não, mas já devem tá chegando.

Lari: Como estão as coisas lá fora?

Souza: Uma merda. Acho bom o Ret tomar cuidado, da pra ver que tão com sangue nos olhos, se por a mão nele .....

Lari: Droga.

Souza: Relaxa, o VG fez disso aqui uma fortaleza. Ninguém consegue te tirar daqui.

Lari: Só vou relaxar quando a Carolina estiver do meu lado e esse pessoal fora do complexo. Quero o meu irmão e o Victor aqui e sem nenhum arranhão.

Souza: Os dois vão ficar bem, eles tão acostumados com toda essa merda- ele sorri pra mim e me abraça - Só questão de tempo pra isso aqui acabar.

Souza tentou me acalmar, mas o tempo foi passando e nada da Carol aparecer.

Lari: Tenta falar com o Ryan.

Souza concorda e pega o rádio tentando contato com o Ryan, mas ele não respondeu.

Souza: Merda- ele volta para o rádio, mas dessa vez com o meu irmão- Estamos com um problemão aqui.

Ret: O que foi agora?

Souza: Raponzel não apareceu e o Ryan não tá respondendo

Meu Deus, Eduardo não pode nem chegar perto dela. Na situação que ela está tenho medo do que ele pode fazer com ela.

VG🫡

Chego na porta da minha casa junto com o Ret.

A situação não é boa, a porta tá aberta.

Filipe entra e chama por ela, mas eu nem tento, sei que ela não tá aqui.

VG: Olha aqui- chamo ele e aponto pro chão.

Ret: Isso é sangue?

VG: É, mas são só algumas gotas. Seja lá o que for não foi grave.- tento ser positivo porque o cara tá apavorado.

Ret: Puta que pariu...- ele passa a mão pelo rosto.

VG: Eles tão recuando, pegaram o que queriam. Pegaram a Carolina.

Ret: Poucas pessoas sabiam que ela tava na tua casa. Ela some e o Ryan também. Eu vou matar aquele filho da puta quando eu por a mão nele.

VG: E vou apoiar isso. Mas tu tem que entender que a Carolina não vai só vai voltar pra um casamento fracassado, acho que é muito pior do que ela contou. Acho que ele não é só um babaca egocêntrico, acho que ele é agressivo.

Ret: Se eu não tivesse tirado ela lá de casa...

VG: Ela ia tá ainda mais exposta, geral sabia que ela tava lá.

Ret: Será que ela acha que eu quis isso? Que facilitei por conta do celular, que deixei o caminho livro pro babaca?

Sabe, eu queria dizer que não tem a menor chance dela pensar isso. Mas eu não faço ideia se é verdade.

VG: A gente vai atrás dela ou vai ficar por isso mesmo? - ele me olha de cara feio.

Ret: É claro que a gente vai atrás dela.

VG: Então vamo focar nisso. Quando a Carolina voltar tu se empenha em mostrar o quanto tu quer que ela fique aqui.

De tudo que o Ret fez nas duas ultimas horas foi ficar se perdendo no meio de qualquer assunto referente ao complexo.

Entro na sala do Ret, minha primeira visão é a Larissa choramingando abraçada no Souza.

Quando ela me vê eu até penso que ela vai vir na minha direção, mas ela só abraça ele com mais força.

VG: Sem mortes - viro o rosto na direção do Ret- sem mortos, mas muitos feridos. Não levaram nada do estoque. Vieram só por causa dela. Óbvio que sabiam exatamente onde ela tava.

Lari: Acham que foi o Ryan?

Souza: Sei que tu gosta dele, mas o cara sumiu junto com ela.

É muito louco pensar que a Larissa ia tá na minha casa, será que tinham planos de por as mãos nas duas?

Porra, ia ser um golpe e tanto no Filipe .

Souza: O que a gente vai fazer?

Ret: Eu falo com vocês depois- ele se levanta pronto pra sair daqui.

Só que a porta se abre e a porra do Ryan entra. Ele simplesmente entra como se todos nessa sala não quisessem matar ele.

Ryan: Oi..

Fico paralisado sem entender o que tá acontecendo. Mas o Ret não, ele simplesmente avança e dá um soco na cara do Ryan.

Ryan: Puta que pariu- ele cospe sangue e bate a porta  se mantendo a sala- Fico feliz em saber que tavam preocupados comigo. E mais do que feliz em ver que o meu bem estar vem antes de tudo .

Ret: Tá de palhaçada com a minha cara? Por que tu voltou? Sabe muito bem o que vai acontecer contigo.

Ryan: Voltei? - ele arregala os olhos - ela sumiu né? Acham que eu tive culpa?

Souza: Tu foi pegar ela, e então ela sumiu. E claro, tu sumiu junto. Será que teve culpa?

Ryan: Eu não fiz isso. Eu fui até a casa do VG, tava tudo trancado, tive que  forçar minha entrada. Carolina tava escondida no banheiro, disse que tava seguindo ordens do Ret, então ela  abaixou a guarda e aceitou vir comigo. Só que quando a gente chegou na porta, eu virei pra falar com ela e alguém bateu na minha cabeça. Acordei preso no banheiro da última casa do beco , aquela que tá vazia.

Souza: Claro, isso não é nada suspeito.

Ryan: Eu tô falando sério.

Ret: Só a gente sabia que ela tava na casa do VG, só quem tá nessa sala. Carolina saia na calada e não contamos pra mais ninguém.

Ryan: Ela tá contigo, não tá? Acha mesmo que mais ninguém sabia onde ela tava?  O pessoal tá sempre de olho no que tu faz.

Ret: Já sabe pra onde levar ele VG- concordo- Sabe- ele encara o Ryan- vai ser mais fácil se tu abrir o jogo de uma vez...

Lari: Por favor Ryan- ela se aproxima dele- fala o que você fez, da tempo de se redimir. Eles.. Ela... isso não vai terminar bem pra ela. Não do jeito que as coisas estão.

Ryan: Eu não fiz nada.... Não faria nada contra ela, a mina é gente boa.

Souza: O foda é que entre nós, tu sempre foi o melhor mentiroso.

O que fode é o Souza ter razão. Ryan  mente bem pra caralho. E é difícil ameaçar alguém que não tem praticidade nada a perder.

Lari: Meu Deus, - ela encara o Ryan- você não tem noção no que causou a Carolina. Não tem nenhuma noção.

Larissa nunca me falou muito sobre o que aconteceu com o ela durante o sequestro, mas todo esse medo já me dá uma noção.

E claro, o medo é justificado. Vamos pegar a Carolina, mas até lá ela vai permanecer nas mãos do marido.

E Deus, não quero pensar no que pode acontecer.