Ret🤬
Em silêncio me aproximo da sala com a arma engatilhada.
Seja quem for não pode passar da sala, não pode chegar perto da minha mulher e minha irmã.
Vejo o intruso jogado no meu sofá xingando.
Ret: Victor? - ele olha pra mim e passa a língua no corte na boca - Que porra aconteceu?
Lari: Aí meu Deus, - a maluca simplesmente passa por mim indo na direção dele. Que bom que é bem cuidadosa com a própria segurança- Você tá bem? - observo ela segurando o rosto dele e analisando os machucados.
Deixo eles a sós por um tempo só para avisar para a loirinha que tá tudo bem, mas logo volto pra sala pra saber o que rolou.
VG: Eu passei na frente da casa da Larissa e tinha uma luz acessa. Achei que ela tinha surtado e ido pra casa sozinha, entrei pra chamar atenção dela, mas não foi a Larissa que encontrei lá. Foram dois homens, ambos com o rosto coberto, um eu não faço ideia de quem é, mas o outro eu tenho certeza que era o Souza.
Ret: Ele voltou?
VG: E acompanhado. Acabei entrando em uma briga com eles, só que o Souza bateu com algo na minha cabeça e eu acabei apagando.
Ret: Carolina e Larissa vão sair daqui, vão ficar em algum hotel que tenha uma boa segurança. Vão pra lá sem levantar suspeitas.
VG: Por um momento eu tive a chance de atirar nele, mas acabei vacilando. Me arrependo disso, ainda mais depois que ele disse que se entregássemos a Carolina eles não iam mais vir atrás de gente - ele olha para minha namorada - desculpa por isso.
Carol: Tudo bem, eram amigos a muito tempo, normal essa hesitação.
VG: Se eu tivesse matado ele, ia ser um menos atrás de ti.
Carol: Tá tudo bem Victor, eu entendo.
Lari: O que ele tava fazendo na minha casa? O Souza sabe que eu ia estar aqui, que o lugar ia estar vazio.
VG: Eles tavam revirando tudo, a ideia era mostrar que eles tão por perto e podem fazer o que quiser.
Ret: Arrumem as coisas de vocês, amanhã vocês vão sair daqui, Ryan vai cuidar de vocês.
Lari: E o que vocês vão fazer? Brincar de os três mosqueteiros? Eu não quero ninguém morto. Ele não é qualquer um, Souza sabe tudo sobre vocês, sabe como atingir.
Ret: A gente vai se preocupar com isso, não vocês.
[...]
Ret: Eu vou ser bem direto aqui.- eles me encaram- Souza se mostrou ser um grande filho da puta, um traidor- muitos me olham confuso - Foi um golpe e tanto na gestão.
Azevedo: O que ele fez?
Ret: Mexeu com alguém que é muito importante pra mim e ele vai pagar por isso. Só que eu sei que ele não tá sozinho, alguém aqui de dentro tá apoiando essa merda. Não sou uma cara benevolente, mas quero que essa merda acabe, então tô dando a chance do traidor da as caras e cooperar, vou aliviar a situação, mas quero uma resposta agora. E garanto que quem me der algo concreto vai ser bem recompensado.
Azevedo: Souza tá nessa a quanto tempo? Essa semana eu vi ele umas duas vezes. Ele parecia estranho, mas não questionei, ele tá em outro patamar aqui dentro.
Ret: Todos vocês tem ordem pra atirar se encontrarem ele, de preferência não matem, tenho umas pendências pra resolver, mas se for necessário, não vai fazer falta.
Pereira: Souza tá envolvido em algo sério?
Ret: Tá com a polícia, com o mesmo merda que me prendeu e me tirou um filho. Souza é o inimigo, e se alguém apoiar ele vai se arrepender profundamente. Ou estão comigo ou estão contra mim, não tem meio termo.
Azevedo: A gente tá contigo chefia. É só mandar que a gente faz.
Ret: Ele teve aqui ontem a noite, quero que passem o pente fino pra ver se ele realmente saiu daqui. E quem estiver apoiando essa trairagem vai parar no mesmo lugar que ele.
Óbvio que falar que o Souza me traiu gera inquietação, afinal é o Souza, ainda mais falar que ele tá envolvido com a polícia.
Ret: As ordens são ditadas por mim, VG e Ryan, mais ninguém.
Azevedo: Pode deixar. Mas o Souza sabe das entregas e de como tudo é distribuído aqui dentro, ele pode causar muitos problemas.
Ret: Por isso tenho que acabar com ele o mais rápido possível.
Com ele e com aquele filho da puta que achou que tinha direito de tocar na Carolina, vão todos pro mesmo buraco.
[...]
Entro no quarto e vejo a loirinha botando um casaco na mochila. Da pra ver que ela tá bem desanimada, e eu odeio essa merda.
Ela nota minha presença e me encara respirando fundo.
Carol: Não quero te deixar aqui...
Ret: Também não queria que tu fosse- me aproximo e seguro o rosto dela- mas isso é pra sua segurança, não posso deixar que ele te machuque outra vez.
Carol: E se ele te machucar? Filipe eu não posso perder você, depois te anos presa em algo horrível eu finalmente tenho você e...
Ret: Tu não vai me perder loirinha - beijo a testa dela - Tu tá amarrada em mim pro resto da vida.
Carol: Acha que vou ter que ficar longe por muito tempo?
Ret: Espero que não. Como posso dar bebês pra minha mulher se ela estiver longe.- ela ri como se fosse uma piada, mas não é, não tem nada que eu negue pra ele. Topo até ter meu próprio time de futebol.
Carol: Vou sentir sua falta.
Ret: Também vou sentir a tua, loirinha. Porra, não tem nenhum lugar do mundo que eu queria estar além do seu lado. Mas preciso te deixar em segurança.
Carolina não responde, apenas me beija.
O beijo é calmo, tudo que preciso é ter ela aqui e agora. Eu sempre vou precisar disso.
Carol: Filipe- ela me chama enquanto deixo beijos pelo pescoço dela.
Ret: Hmm?
Carol: Eu amo você.
Fico completamente travado.
Ergo meu rosto para encarar ela.
Ret: O que tu disse?
Carol: Que eu amo você.
Minha primeira reposta é atacar a boca dessa mulher. Porra, ela me ama.
Carol: Talvez seja um pouco precipitado..
Ret: Tem nada de precipitado aqui, tu me ama e não pode voltar atrás - ela gargalha, eu me amarro no nesse som.- Também te amo loirinha, amo pra caralho.
Carol: Mesmo com toda a dor de cabeça que eu causo?
Ret: A única dor de cabeça que tu me causa é na debaixo - ela revira os olhos com a brincadeira- Sou completamente obcecado por ti, independente de qualquer coisa.
Carol: Eu já tenho que ir?
Ret: Temos 30 minutos que podem ser muito bem usados.
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Crime Perfeito
FanfictionCom ela eu caso, construo família, dispenso todas e morro casadão.