Carolina👑
Estou com raiva de mim mesmo por estar magoada com a situação.
Ret não falou nenhuma mentira, acima de tudo sou uma refém, e como ele gostou de deixar bem claro, a esposa do Eduardo.
Mas me irrita que na hora de me levar para cama ele não pensou em quem é meu marido.
Ah, que se dane!
Não desci para fazer o café hoje, tenho a sensação que ele vai me dar outro sermão sobre não sair ou fazer qualquer coisa sem a autorização dele. E eu não quero ouvir nada.
Seguro a caneca de café e me aproximo da janela que tem vista para o portão.
Não...
Carol: Inacreditável, só pode ser brincadeira.
Minha visão sempre era o Ryan no carro, desde que me trouxerem para cá. Mas agora tem outro homem ali, um que eu nunca vi na vida.
Ret acha o que? Que eu ia falar algo para o Ryan? Que ia entregar a situação.
Já sei, que ia entrar no carro e pedir para ele me levar para casa. Que palhaçada!
Bom, tanto faz. Ele que pense o que quiser.
Mas o que não me falta é vontade de xingar ele.
[...]
Carol: Quer que eu diga para o Eduardo que me machucaram? - estou meio confusa com toda a situação.
VG: Não, eu quero que tu dê a entender isso. Dizer fica muito na cara, tu tem que induzir o cara a acreditar que as coisas por aqui não estão boas pra ti.
É, acho que posso fazer isso.
Mas não que eu ache que vai resultar em algo.
Carol: Tá, e o que acontece comigo se o Eduardo nunca fizer o que estão pedindo? Sei que ele não vai fazer, e vocês disseram que vou embora quando ele cooperar.
VG: Olha loira, também não gosto dessa parada de te manter presa, mas nem tudo são flores....
Ret: Só liga pro cara, se preocupa com o resto depois. Quanto mais rápido tu ligar melhor.- ele corta minha conversa com o Victor.
Meu Deus! Ele sempre foi chato assim?
Pego o telefone da mão do Victor e inicio a chamada. Eduardo atende somente no quarto toque.
Eduardo: Alô?
Carol: Sou eu...
Eduardo: Carolina? Como você está machucaram você?
Carol: Só me tira daqui, por favor. Não posso ficar, não quero continuar sendo uma moeda de troca, não quero ter que continuar com medo. Quero voltar pra casa, quero voltar pra minha vida, voltar pra você.
Victor, Souza e Ret não desviam o olhar de mim enquanto eu falo.
Carol: Por favor, me tira desse lugar... me tira dessa casa... me tira de perto dessas pessoas.- respiro fundo.- Por favor.
Eduardo: Eu vou tirar, só preciso que você faça o que precisa fazer...
Ele está falando do celular?
Eduardo: Eu prometo que...- Ret toma o celular de mim e encerra a ligação.
Ret: Já deu, acho que tu foi bem convincente.
Carol: Ótimo, afinal eu só ganho a liberdade quando meu marido cooperar. Então é bom eu ser uma boa refém. - Ret mantém o olhar fixo no meu, mas não diz nenhuma palavra.
Souza: O que rolou? - escuto ele questionar para o VG
Ret: Se ofende com tudo que eu falo, mas é casada com um escroto. - ele me encara irritado- Não acho que disse algo pra ti que foi pior do que as coisas que teu marido provavelmente fala.
Carol: O meu casamento não é da sua conta. Tenho o direito de me ofender com o que eu quiser.
Ret: Tua língua é assim afiada com ele, loirinha? Ou ela só fica afiada comigo?
Carol: Você é um grande babaca, isso sim.
Souza: Por quê parece que sou uma criança presenciando uma briga dos pais?
VG: Porquê tu é um idiota.
Carol: Se não precisam mais de mim, vou me retirar.
Ret🤬
Observo a loirinha ir na direção do quarto batendo os pés.
Ret: Essa loira ficando abusada demais, não tô gostando disso.
VG: Ah cara, tu só tá sofrendo a consequência do teu ciúme?
Souza: Ciúme? O que foi que eu perdi dessa vez?
VG: Ret pegou a Carolina almoçando com o Ryan e não gostou.
De novo essa merda? Não fiquei irritado pelo motivo que o VG acha, não mesmo.
Souza: Por isso o cara não tá mais aí na frente? - Victor concorda.
Ret: Ele não tá aí porque vai assumir outro trabalho por um tempo. É só isso.
VG: Por quanto tempo?
Ret: Indeterminado.- VG ri- Não tem relação com a Carolina, para de ser idiota.
Souza: Ele pegou a Raponzel? - ele pergunta indignado-Porra, o Ret pegou a Raponzel?
VG: Isso aí, agora mandou o Ryan pra outro canto porque não curte a possibilidade de dividir a famosa Raponzel.
Souza: Pô que loucura!
Ret: Claro que é loucura. VG tá falando nada com nada.
Cara, eu odeio esses dois.
[...]
Desci pra pegar água e a porta dos fundos estava aberta.
Fui fechar pra subir, mas via loirinha em uma espreguiçadeira.
Ret: Perdeu o sono?
Carol: É. - ela responde sem nem me olhar.
Ret: Foi mal pelo almoço - me sento perto dela- Combinei contigo e pisei na bola. Eu fiquei um tempo fora, não sei o que aconteceu e não aconteceu por aqui, e a maior fofoqueira desse lugar tinha coisas pra me dizer, foi bem útil.
Carol: Tudo bem, você não tem nenhum tipo de responsabilidade afetiva comigo. Na realidade, eu já estou acostumada a esperar por alguém que não chega.
Ret: Mas não devia, tu é boa demais pra essa palhaçada. Amanhã a gente almoça e...- ela me corta
Carol: Não preciso que tenha pena de mim - Carolina vira o rosto na minha direção e dá um sorriso forçado e se levanta- Sou grandinha o suficiente pra lidar com isso.
Ret: Não tenho pena de ti....
Carol: Boa noite Ret- ela passa por mim e entra em casa
Não gostei dessa conversa, me deixou com uma sensação estranha .
Pra falar a verdade esses últimos dias foram estranhos. Ta tudo muito estranho por aqui.
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Crime Perfeito
FanfictionCom ela eu caso, construo família, dispenso todas e morro casadão.