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Carolina👑

Ryan voltou a ser minha babá. Nem imagino o quanto ele deve estar odiando tudo isso.

Ele tá sentado no sofá da sala como se fizesse parte da decoração, lembra muito o meu início nessa casa.

Respiro fundo e me aproximo com um prato com um pedaço do bolo que fiz.

Carol: Trouxe para você - ele olha na minha direção - bolo de cenoura com cobertura. E trouxe suco também.

Ryan: Valeu - ele pega da minha mão e me dá um pequeno sorriso antes de provar o bolo- Tá muito bom.

Carol: Que bom que gostou.- me sento na poltrona- Eu queria conversar com você- ele concorda e continua comendo- Eu só queria dizer que sou muito grata por você ter ajudado a me trazer de volta, se não fosse por você eu nem sei se estaria aqui agora.

Ryan: Não foi nada.

Carol: Foi sim, você foi fundamental para me trazerem de volta .Depois do que passou não me deixou na mão e eu vou eternamente grata. E eu quero que saiba que eu sinto muito pelo que aconteceu aquele dia, o que aquilo resultou para você. Espero que os meninos possam recompensar isso.

Ryan: A vida é difícil, loira. A gente se acostuma com as pancadas que ela dá. Não vou dizer que não fiquei puto com o que aconteceu, seria mentira, mas acho que a gente consegue se resolver. E ainda tô esperando um aumento de salário e cartão fidelidade com o dentista.

Apenas concordo, mas não ignoro o fato dele fazer brincadeiras para não mostrar o quão machucado tá.

Ryan: Posso tomar conta de ti sem problema algum, gosto da tua companhia e é muito melhor que fazer cobrança. Mas preciso que tu saiba que eu largo tudo que eu tiver fazendo se tiver a oportunidade de acabar com o Souza. Acabar com ele tá no topo da minha lista, pra mim isso é maior que tu e o Ret, minha prioridade.

Carol: Certo, vai ser bom te te por perto. Vou me sentir mais segura com a sua presença aqui enquanto o Filipe estiver fora.

Se bem que eu me sentia segura na presença do Souza e me ferrei.

Ryan: E aí, rola outro pedaço de bolo? Isso tá muito bom.

                                         [...]

Ergo a blusa na frente do espelho e vejo os hematomas que ainda me acompanham.

Claro, não dá para evitar imaginar como seria se eu ainda estivesse grávida.

Já teria uma barriguinha?

Eu posso muito bem me imaginar com um bebezinho no colo,  gosto de me imaginar criando alguém e nem preciso de muito para saber que seria extremamente feliz.

Abaixo a blusa quando o Filipe entra no quarto.

Ret: Oi- ele se aproxima e me dá um beijo- Tudo certo por aqui?

Carol: Sim. Sua irmã tá enfiada no quarto de visita discutindo com alguém por mensagem e o Ryan deve ter saído assim que você entrou. Você chegou tarde...

Ret: Eu sei - ele beija minha testa -  tá tudo uma bagunça. Vou tomar um banho e a gente pede algo pro comer. Pode ser? - dou um sorriso e concordo.

Carol: Pode ser pizza?

Ret: O que tu quiser.- Seguro as laterais do rosto dele  e puxo na minha direção dando um beijo nele.

Carol: Gosto muito de você - digo do nada - Espero que saiba disso.- dou mais um beijo nele.- O que acha da gente chamar o meninos para comer aqui? Acho que assim o Victor pode discutir pessoalmente com a sua irmã e o Ryan vai ter companhia para a noite.

Ret: A gente podia ficar juntos no quarto e deixar os  outros três se virarem com o jantar - olho para ele com o que que eu espero ser uma cara de coitada- Ou podemos fazer o que tu quiser. Pra mim vai tá ótimo.

Carol: Você é incrível- abro um sorriso - vou esperar você sair do banho.

                                           [...]

Victor e Ryan aceitaram o convite.

Pedimos pizza para todo mundo e resolvemos comer na área de piscina.

Lari: Pega - ela me entrega outra cerveja e se afasta sentando na espreguiçadeira na minha frente. Larissa fixa o olhar na mão do Filipe que está na minha coxa- Credo, ele não tira a mão de ti. Que obsessão.

Ret: Inveja porque ninguém te quer.- ela abre a boca ofendida e isso me tira uma risada.

Carol: Isso foi grosseiro - faço carinho na nuca dele- E todos sabemos que sua irmã é linda, muita gente deve querer ela.

Lari: Obrigada cunhadinha, você sabe das coisas.

VG: O pessoal quer porque não sabe a maluca que é. Porque se soubessem como ela é iam querer distância.

Lari: Vai lá na esquina rodar a bolsinha e me deixa em paz. Eu hein, cara sem noção.

Ryan: Acho que eu tô sobrando aqui, mas como a comida é de graça nem vou reclamar.

Ret: Viu- ele sussurra no meu ouvido- A gente podia ter comido no quarto longe desses animais.

Carol: Seja legal com seus amigos - me ajeito no colo dele - Sabe que por mais que eu queira muito você eu ainda não estou bem. Mas sinto falta te ter você de outro jeito.

Ret: Que mente suja loirinha- ele provoca - só queria comer pizza no quarto.Eu sei que sou tentador, mas deixa de ser tão maluca por mim.

Carol: Sério? Por que não via lá esquina com o Victor?- Filipe gargalha alto me fazendo revirar os olhos.

Ret: Tá tentando me prostituir?

Carol: As vezes me pergunto como fui me apaixonar logo por você?

Apesar de tudo essa noite foi incrível. Acho que vou amar ter outros momentos como esse.

Amo a ideia de ter amigos e poder passear noites alegres me deixa feliz. Consigo até deixar bem escondido o caos que foi a minha última estadia na minha casa.

Ret: Por que não tem como não se apaixonar. Não sou muito crente nisso, mas acho que a gente é coisa de destino. Tu tinha que vir pra cá, tinha que ser minha.

Carol: Que fofo. Sou grata pela ideia maluca de me sequestrar, isso me resultou amigos incríveis e um namorado que eu a.... Que eu sou apaixonada.

Acho que é questão de tempo pra o Eduardo não ser mais um problema e eu poder me jogar por completo a minha nova vida. Estou ansiosa por isso.

Ansiosa por toda felicidade que me espera daqui para frente.

Crime PerfeitoOnde histórias criam vida. Descubra agora