Crime Perfeito

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Larissa💅🏻

Estou louca.

Se ainda não estou, sei que vou ficar.

Eu sei que o cara não vai deixar barato, mas o jeito que a Carolina falou que ele ia fazer algo me deixou ansiosa.

O que me deixa mais preocupada é como a Carol age como se fosse inevitável.

E claro, não consigo esquecer o fato de que o Souza traiu a gente. Um cara em quem eu confiava de olhos fechados, então eu tenho medo da minha própria sombra.

Carol: Tudo bem?- ela chama minha atenção.

Lari: Sim, só não estou acostumada a ficar dentro de casa o dia todo. Você sabe, tenho me mostrar essa obra de arte que eu sou por aí.

Carol: Adoraria poder ir até aquele restaurante ou na sorveteria. Me sentia tão livre aqui....

Lari: Restaurante? Quero é ir pro baile e dar meu nome - ela gargalha.

Carol: Acho que até isso eu aceito.

Lari: Vou cobrar quando tudo isso acabar. Só quero ir pra minha casa e quero deixar de ter babá, já estou enjoada da cara do Ryan.

Carol: Ele não é tão ruim.

Ryan: Obrigado? - ele está claramente ofendido.- Como se eu gostasse de ficar cuidando de vocês.

Lari: Queria até pegar a loirinha - alfineto e ele arregala os olhos - e vem com essa agora, só o que me faltava.

Ryan: Não lembro disso, nego até a morte - isso me tira uma gargalhada.

Lari: Claro que não lembra, palhaçada.-Claro que nega, ou o Filipe acaba com ele.

Carol: Eu adoraria mudar de assunto.

Ryan: Eu também. - reviro os olhos.

Lari: Como estão as coisas? - pergunto pro Ryan- Victor não fala sobre e eu odeio não saber o que está acontecendo.

Ryan: Tô na função de babá, não sei o que tá acontecendo.

Lari: Quer mentir pra mentiroso? Filipe não ia te deixar aqui na porta sem saber das coisas, não ia ser muito inteligente.

Ryan: Isso não é da minha conta, se ele não contou eu não tenho que contar.

Carol: Só me diz uma coisa.- Ryan vira o rosto na direção dela- Eduardo entrou em contato?

Por um momento acho que ele não vai dar nenhum tipo de resposta, mas logo acena em concordância.

Carol: Ele não vai desistir de por as mãos em mim, né?

Ryan: Ret não vai deixar isso acontecer.

Carolina apenas acena, mas não parece muito convencida.

Bom, ela conhece aquele cara mais do que qualquer um de nós. Ela não botar fé no que o Ryan disse só me deixa mais surtada.

Tenho medo do que ele pode fazer.

                                       Carol👑

Larissa está trancada no quarto e o Filipe está fora de casa, mesmo que já sejam dez da noite.

Ele avisou e até mandou entregaram um lanche para mim. Mas eu queria que ele estivesse aqui comigo, gosto muito da companhia dele.

Gosto de tudo referente ao Filipe, nunca me senti tão desejada como agora. O nosso relacionamento é algo que me deixa muito feliz.

Sento em uma das cadeiras da bancada e começo a abrir meu lanche, um sorriso surge quando vejo o chocolate na sacola.

Meu sorriso triplica ao ver que tem um bilhete.

Odeio ser um problema tão grande para alguém que eu gosto tanto.

Pego o papel ansiosa pelo que está escrito, meu coração parece que vai sair do peito quando começo a ler.

Meus olhos se enchem de lágrimas e de repente fica difícil respirar.

" Ou você volta ou fica aí, mas perde todos. Pensa bem, quer ser a responsável pela morte dele? Sabe que sou capaz de jogar baixo. E prometo que dessa vez vou me divertir muito se por as mãos na Larissa. É melhor tomar uma decisão rápida. Volte pra nossa casa

Como? Como isso veio parar aqui?

                                           [...]

Quando Filipe chega em casa já é quase meia- noite. Ele deixa um beijo na minha bochecha e deita ao meu lado.

Não sou capaz de abrir os olhos, prefiro continuar fingindo que estou dormindo, mesmo sabendo que vou passar a noite toda acordada.

Ret se move na cama me abraçando por trás. Não quero que aconteça nada com ele, mas ao mesmo tempo não quero voltar para aquela casa.

Fico por uns 20 minutos sem dizer uma única palavra, até minha ansiedade me deixar inquieta.

Carol: Filipe?

Ret: Até que enfim, achei que ia continuar fingindo. Dormi do seu lado vezes o suficiente pra saber que tu não fica assim toda dura e com a respiração acelerada. Vai me contar o que tá rolando? Ta chateada por causa do horário que eu cheguei?

Carol: Não - me viro na cama- É que...

Ret: O que aconteceu, loirinha?- ele leva a mão até meu rosto me fazendo uma carícia gostosa.

Carol: Eduardo sabe que eu estou aqui na sua casa - ele franze o cenho- Ele vai machucar você e Larissa se eu não voltar. Eu não quero ser culpada pelo que pode acontecer com vocês, não quando me importo tanto com vocês.

Ret: Do que você está falando?

Ergo a minha mão e entrego o papel amassado para ele, não consegui largar desde que recebi.

Filipe pega o bilhete e lê com atenção.

Ret: Como isso chegou na tua mão? - ele parece muito irritado.

Carol: Estava na sacola com o hambúrguer, quando peguei achei que era um bilhete seu, até ver o conteúdo.

Ret: Ryan que te entregou a sacola?

Carol: Sim, me entregou e foi ficar no carro. Mas não foi ele, Ryan já provou que não tem relação com essa história.

Ret: Mas ele vai saber dizer quem trouxe a sacola até aqui. Eu não vou deixar ninguém machucar a minha irmã, mas também não vou deixar a sua segurança de lado. Não vão tocar em nenhuma das duas, não vou permitir.

Carol: Você não entende, ele é completamente louco. Sempre foi, mas agora ele não tem limites, não há algo que ele não faria para por as mãos em mim, para ter acesso a todo o dinheiro. Bom, não é só o dinheiro é  também o ego ferido.

Ret: Eu prometo que vou resolver isso. Prometo que a gente vai deixar tudo que envolve ele de lado, que vamos seguir nossa vida sem ter que se preocupar com aquele babaca.

Antes que eu possa falar mais alguma coisa o barulho da porta de entrada sendo fechada com força chama nossa atenção.

Quem está aqui essa hora da noite?

Filipe me encara preocupado o que me deixa mais nervosa ainda.

Ret: Entra no banheiro e fecha a porta. Eu já volto - ele levanta e pega a arma na mesa de cabeceira- Só sai se for eu quem te chamar.

Aí meu Deus!