Crime Perfeito

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Eduardo

Bom, isso é muito bom.

Na verdade, eu sabia que isso ia acontecer. Carolina nunca vai poder deixar tudo para trás. Ela é muito trouxa para isso, se preocupa com os outros mais do que com ela mesmo.

Ela sempre vai por o bem estar dos outros na frente do dela, por isso é feita de capacho com tanta frequência.

Foi assim comigo e vai ser  com aquele merdinha também.

Souza: Ela te mandou mensagem? - concordo - Não sei....Por que ela fez isso?

Eduardo: Por que ela gosta do bandido de estimação e sabe que eu posso fazer da vida dele um verdadeiro inferno.

Souza: Carolina sempre foi muito boazinha com a gente, mesmo que a gente tenha sequestrado ela. Nunca conheci alguém como a raponzel, alguém tão ....

Eduardo: Tão boca aberta? Eu também não. O casamento era para durar até minha mãe morrer, queríamos que ela partisse achando que a gente ia ser feliz e ter filhos, não era pra ter passado disso. Mas quando meu pai morreu eu descobri que ainda em vida ele passou praticamente todos os bens para o nome dela, então não pude me dar um luxo de ter um divórcio e perder tudo que era meu por direito. O que eu tolera, tolerava ela, até agora.

Souza: Ok, mas acha que vai ser fácil ela sair e te encontrar? O Ret não é que nem tu, ele se importa de verdade com ela, se ela respirar errado ele já vai saber .  Quando ele se importa de verdade o tratamento é outro.

Eduardo: Ela não é tão burra,  vai dar um jeito de sair se que quiser que os amiguinhos fiquem bem. E ela me mandou mensagem, está mais do que disposta a se sacrificar, e eu quero muito o meu dinheiro.

Souza: Tá, eu só... O que vai fazer com ela? Manter presa em casa de novo?

Eduardo: Não vou ser tão burro, não vou deixar nenhuma possibilidade dela me ferrar outra vez.

                                        Larissa💅🏻

Sigo para a sala e a Carol larga meu celular e me olha.

Carol: Que carinha é essa?

Lari: Só estou cansada de toda essa situação e você está fazendo o que?- me no sofá.

Carol: Mandando mensagem pro seu irmão, acho que ele vai se arrepender rapidinho de ter me dado um celular, sou muito chata.

Lari: Qualquer coisa manda a foto da teta que o arrependimento some.- ela gargalha.

Carol: Isso não faz meu estilo.

Lari: Tá e que tipo de loucura do amor você faz? Vai tatuar a cara do meu irmão? Tipo na bunda? - ela revira os olhos.

Carol: Me diz você. Se eu mexer no celular do Victor vou achar uma foto dos seus peitos? Ou vou achar uma tatuagem dele no seu corpo?

Lari: Olha, isso é complicado. A gente tentou ter algo, mas o Eduardo apareceu na história e depois que fui sequestrada e voltei as coisas não foram mais as mesmas.

Carol: Mas você gosta dele? - concordo - Bom, ele  parece gostar muito de você. Acho que não custa nada tentar.

Não respondo porque o Ryan entra na sala com cara de quem também não aguenta mais.

Ryan: Tavam falando de mim? Entrei ficou todo mundo calou a boca. Sei que sou um assunto e tanto.

Lari: A gente tava falando mal de ti, mas tu apareceu.

Carol: Lari, já pedi pra não ser malvada com ele.

Reviro os olhos,  parece até a mãe dele. Mas confesso que acho legal.

Ryan: Relaxa, essa invejosa não me ofende.

Carol: Vocês podem, por favor, se comportarem?

Lari: Mas qual seria a graça? Eu preciso pegar no pé de alguém, faz parte da minha personalidade.

Observo o Ryan, ir até a janela e ficar observando.

Lari: Tudo certo lá fora?

Ryan: Até demais, o que não faz sentido. - ele se joga entre nós duas no sofá- Ninguém dá uma atenção a mais pra esse lugar. Azevedo que tá nessa também disse que não ouviu nada sobre a namorada do chefe. Disse que todo mundo tá na linha.

Carol: Ele é confiável? Digo, o Azevedo.

Ryan: A mãe dele ficou doente a um tempo atrás e Ret ajudou pra caralho, o  Azevedo sempre foi muito leal a ele, acho que o cara não tem motivo nenhum pra tentar algo.  Querendo ou não ele é a nossa melhor opção.

Lari: A nossa melhor opção é um mutirão para se suicidar. Não estou suportando mais.

Ryan: Sai pra lá, suicídio é pecado.

Lari: Matar, traficar e roubar não?- ele de de ombros.

Ryan: Uma coisa não tem relação com a outra. Mas teu cérebro pequeno não entende isso.

Lari: Pequeno é o teu pau.- Carolina começa a gargalhar do meu lado.- Ri não Carolina, tu sabe que é verdade. A gente sabe.

Ret: E por que ela saberia disso?

Ryan arregala os olhos ao meu lado e a gargalhada da vez é minha.

Ryan: Ela não sabe de nada não- Ret encara ele - Eu juro.- ele aponta com o polegar para mim - Essa daí  também não, sou bem seletivo.

Lari: Seletivo?- que piada de mau gosto é essa?

Ryan: Sim, seleciono as que não vão causar a minha castração.

VG: Tu tem ficar de olho nelas, mas não tão de perto. Levanta daí seu bastardo.

Ryan:  Tá cada dia mais difícil ser eu, que merda - ele levanta. -E vocês dois, - ele olha para os meninos- são possessivos demais, feião isso aí.

                                          [...]

Olho para trás quando a porta que leva ao lado de fora é aberta.

VG: Tu não devia ficar aqui fora sozinha.- ele senta
na espreguiçadeira do meu  lado.

Lari: Se eu escutasse mais um gemido ia ter que me matar. Espero que sejam mais cuidadosos com os meus sobrinhos.

VG: Parece surreal toda vez que eu lembro que  logo o Ret vai tá cheio das crianças. Tipo, é o Ret.

Lari: Mas ele vai ser um paizão, por mais estranho que seja no início.

VG: É, vai sim.... E como tu tá? - olho pra ele.

Lari: Cansada disso tudo. Quero ir pra minha casa e seguir com a minha vida, odeio aquele cara.

VG: Até a família odiava ele. O que?  Por que o velho ia deixar tudo pra Carolina? Ele sabia a praga que tinha colocado no mundo.

Lari: Eu só espero não ter que lidar com ele outra vez. Foi horrível quando ele me sequestrou, mas o que ele fez com a Carol.... O que ele pode fazer comigo se acontecer de novo.

VG: Não vou deixar ele tocar um dedo em ti, tá escutando? Ninguém vai tocar em você.

Contra todo o meu bom senso me levanto e vou na direção dele. Victor afasta as pernas para eu eu possa me sentar e encostar meu corpo no dele.

Lari: Você tem que me prometer que vai ficar bem também.- ele beija meu ombro.

VG: Tudo que tu quiser.