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Carolina👑

Não consigo acreditar que sai daquela casa.

Não consigo acreditar que não vou parar nas mãos daquele homem.

Claro que ainda não estou completamente aliviada, quero o meu namorado e quero ver a cara arrogante do Ryan. Quero ter certeza que estamos todos bem.

Larissa e eu paramos um pouco o carro, a gente dirigiu  um pouco, mas tivemos que parar nenhuma de nós estava em condições de seguir em frente.

Me sobressalto quando uma moto para do lado do carro e bate na minha janela.

Lari: Droga.- o cara bate novamente no vidro

O nervosismo começa a tomar conta de mim. Mas o homem tira o capacete e eu reconheço do dia em que saiu com o Ryan, é o Azevedo.

Larissa respira aliviada ao reconhecer ele.

Carol: Oi- digo após abaixar o vidro.

Azevedo: O chefe me mandou pra seguir vocês. As duas estão bem?

Carol: Sim. Eduardo ainda está com o Filipe?

Azevedo: Não. O Ret que tá com o Eduardo- ele diz de um jeito que me da calafrios- Não se preocupa que ele tá bem. - Agora segue pro complexo que eu vou seguir vocês.

Carol: E o Ryan? Você não vai até lá?

Azevedo: O pessoal já foi pra lá. Minha missão é outra. Vamo logo, quanto mais rápido chegarmos melhor.

Apenas concordo, mesmo querendo fazer um milhão de perguntas.

Eu quero ir pra casa e quero finalmente viver minha vida em paz.

Pela primeira vez depois de tanto tempo no Complexo eu posso realmente acreditar que minha antiga vida vai ficar para trás, que ela não vai ser um empecilho na minha felicidade.

[...]

Desde que cheguei em casa não tive nenhuma resposta sobre o Filipe e muito menos sobre o Ryan. É isso está me deixando louca

Claro que estou feliz por estar aqui, mas só vou  ficar aliviada quando quando souber deles. Quando tiver a certeza de que todos que importam estão bem.

Carol: Vai ficar roxo, mas nada além disso- digo colocando o curativo no machucado dela. - Só não vai ficar que nem criança  cutucando a ferida.

Lari: É mais forte do que eu .- ela diz como uma criança birrenta-  O meu irmão te mandou mensagem? Victor não me responde e eu estou preocupada com eles.- suspiro e nego também decepcionada pela falta de contato.

Carol: Não, Nosa última conversa foi no carro. Sei que deve estar tudo bem com eles, mas quero ver com meus próprios olhos. O que nos resta é aguardar.

Não demorou muito para a Larissa ir pro quarto e se trancar, ela é social fora de casa e antissocial dentro, nem parece a mesma pessoa. Chega a ser engraçado.

Depois de um longo banho me deito na cama do Ret e abraço o travesseiro sentindo o perfume que eu tanto gosto.

Eu sou completamente apaixonada por cada detalhe desse homem, não consigo me imaginar sem  ele. Sempre que eu penso em ser feliz ele é o primeiro a aparecer na equação.

Não sei em que momento aconteceu, só sei que caí no sono. Um sono tão profundo que só acordei  quando senti meu corpo ser abraçado por trás.  Um toque que eu já estou mais que acostumada.

Carol: Você tá bem?- quero me virar, mas não quero perder o contato. Adoro quando deitamos assim.

Ret: Tô sim. E como tu tá?- entrelaço meus dedos aos dele e encaro nossas mãos sobre minha cintura.

Carol: Eduardo permanece sendo um problema? - pergunto com medo da resposta.

Ret: Não- ele beija o meu ombro.

Carol: Então eu estou bem, muito bem. Posso finalmente seguir com a minha vida.

Ret: É...

Carol: Qual o problema Filipe?

Ret: Ryan tá no postinho e o Souza sumiu.

Carol: Acha que ele vai ser um problema para nós?

Ret: Ainda não sei, mas o pior a gente já se livrou. Souza  e o outro tavam seguindo as ordens do Eduardo, não sei como vai ser a dinâmica agora.

Carol: E como o Ryan está?

Ret: Não sei direito, não me explicaram muito bem? amanhã vou ver isso. Só troquei umas mensagens com o pessoal e vim pra te ver, o resto que espere.

Carol:  Vou me sentir a prioridade.

Ret: Tu não tem que sentir loira , tem que ter certeza que é.

Carol: Que romântico, vou ter que levar na sorveteria e te dar sorvete na boca de novo. Tenho que por o meu romantismo em prática- ele ri e me incentiva a virar de frente para ele.

Ret:  Também não precisa exagerar, isso é demais pra mim - abro um sorriso enorme. Sei que ficaram cochichando sobre isso por aí- Fiquei com medo que eles fizessem algo contra vocês, tava disposto a fazer qualquer coisa que fosse preciso.

Carol: Esse era o meu  maior medo, que você fizesse alguma besteira que te prejudicasse.

Ret; Pra mim ia valer a pena, tudo por vocês  duas.

Prefiro não prosseguir com o assunto, sou contra ele ir tão longe por mim. Odiaria ser a culpada se algo acontecesse com ele.

Carol: Amanhã bem cedinho vou lá ver o Ryan, espero que não seja nada sério. Acho que vou até fazer um bolinho pra ele. Sei que ele adora um bolinho com cobertura.

Ret: Tá dessa vez ele merece o bolo - abro um sorriso.

Ryan  mercê bem mais que isso. Ele se arriscou por nós, e nunca vou conseguir agradecer o suficiente. Ele podia ter só aceitado a situação, mas ele foi atrás e ajudou a gente.

Carol:  Devo muitos bolos pra ele, muitos mesmo.

Ret: Odeio que tu esteja certa sobre isso.- ele faz uma careta.

Carol: Você é maluco, um maluco ciumento.

Ret: Em minha defesa ele era afim de ti no início.

Carol: Supera Ret, supera.

Ret: Eu tento, prometo que vou melhorar nisso.

Carol: Em relação ao ciúme?

Ret: Não, em relação ao Ryan.- reviro os olhos com a resposta.

Filipe não bate bem da cabeça. Se bem que ninguém aqui bate. Mas mesmo assim eu amo cada um deles. Na verdade me sinto muito feliz por ter eles na minha vida do jeitinho que são.

Crime PerfeitoOnde histórias criam vida. Descubra agora