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Ret🤬

Eu só queria passar o resto do dia na cama com a loirinha, mas parece que é impossível eu ter paz.

O foda é que eu preciso focar aqui pra ela ficar segura lá.

Ryan : Vai falar pra loirinha sobre isso?

Ret: Pra começar pra ti é Carolina, sem intimidade.

Ryan: Amargurado. Mas e aí vai falar pra ela?

Ret: Ela não precisa saber, não vou entregar ela em troca de uma ficha limpa.

Eduardo entrou em contato com uma proposta e uma tonelada de ameaças.

Quando fui eu quem sugeri essa troca lá no início ele fez questão de dizer que era uma ideia de merda e que não ia aceitar e agora  tá querendo fazer isso. Desesperado pra por a mão na Carolina.

VG: A gente tem que dar um fim nesse cara e bem rápido.

Ryan: Eu vou ser o  pessimista da história. A Carolina bloqueou as contas e ela é o único meio dele  ter acesso ao dinheiro, e nesse momento ele já sabe que ela não volta pra ele de jeito nenhum.

VG: Mas...?

Ryan: Tem outro jeito dele por a mão em toda a grana. Carolina não tem família então se acontecer algo com ela tudo fica pro marido. Olha, eu só acho que não dá pra duvidar de nada.

VG: Porra, isso é bem ruim. Eu sei que ela tá na tua casa e a gente acha que só nós, a Larissa e a Márcia sabemos disso. Mas a gente tem que ser negativo e acreditar que o Souza pode ter mais alguém aqui dentro. Melhor ser paranoico do que ser boca aberta e se foder.

Ryan: Mesmo que não tenha alguém aqui dentro a gente não sabe o que ele falou pro Eduardo. Todo cuidado é pouco.  Por isso eu vou ter que perguntar. A Carolina ficar logo na tua casa é uma boa ideia? Souza deve ter explanado vocês e tua casa pode ser o primeiro lugar a irem.

VG: A gente sabe que minha casa não é segura e nem a da Larissa. A gente tem que levar as duas pra um lugar seguro.

Ret: Por enquanto elas vão ter que ficar na minha casa.- olho pro Ryan- E quero tu com elas o tempo todo enquanto eu não estiver em casa.

Ryan: De boa, mas se eu perder mais algum dente eu te processo.

Porra, agora eu lembrei porque não gosto dele. Cara chato pra caralho.

Ret: Quês que eu te de um dentista de estimação?

Carolina👑

Acordei com o Filipe do meu lado, infelizmente a gente não ficou muito tempo juntos, ele tá com muita coisa para resolver.

Odeio saber que querendo ou não eu sou um dos problemas dele.

Marcia acabou vindo para cuidar da casa, Filipe disse para ela vir, mas não disse o que fazer. Óbvio que a coitada ficou toda perdida.

Marcia: Então você namora ele? - paro de cortar a cebola e olho para ela que tá dobrando algumas roupas.

Carol: Sim. Sei que o julgamento é fácil, afinal ainda sou casada, mas.... - ela me corta.

Márcia: Não estou te julgando. Sabemos que o senhor Avelar nunca foi a pessoa certa para você. Não sei se esse novo rapaz é, mas o tempo vai te dizer isso. Mas não dá para negar que você é outra pessoa nesse lugar, é raro ver a senhora feliz. Na verdade eu não lembro da última vez que esteve feliz.

Carol: Gosto do que me oferecem aqui, gosto de não ser só um enfeite. De ser amiga de alguém, de ser a namorada de alguém.

Márcia: Bom, o importante é viver sua vida como quer.

Carol: A senhora vai permanecer por aqui?

Márcia: Ryan disse que eu tenho que ficar até o senhor Avelar não ser mais um problema. Acreditam que ele está com muita raiva de mim.

Carol: É, é bom ficar por aqui durante um tempo. Assim mata a saudade do seu sobrinho - ela faz careta.

Márcia: Saudades? Ele vai me dar dor de cabeça, isso sim. - dou risada.

Carol: Sinto muito pelo que aconteceu com ele, não foi justo e não consigo parar de pensar sobre. Eu vejo que ele brinca com isso, principalmente faz piada com a história do dente, mas sei que no fundo aquilo apavorou ele e talvez ele não possa superar.

Márcia: Ele não quis me contar o que aconteceu. Ryan sempre teve a mania de lidar com tudo sozinho.

Carol: Vou tentar conversar com ele assim que possível.

Márcia: Isso é gentil da sua parte. Só não se esqueça que nada do que aconteceu com ele foi sua culpa- ela me dá um sorriso reconfortante.

Por mais que eu insista para ele ficar para o almoço ela não fica, vai embora assim que dá meio-dia.

A sorte foi que eu fiz comida a mais, afinal achei que ia vir só o Ret, mas o Victor veio junto.

Carol: A comida está boa? - os dois concordam com a boca cheia.- Ryan não quis vir com vocês?

Ret: Eu não convidei ele.

Carol: Por que não? - encaro ele.

Ret: Antes que fique julgando, ele foi resolver uma parada pra mim e vai almoçar fora. - concordo- a partir de amanhã ele e a Larissa vão ficar por aqui.

Carol: Tá bom.- uso o garfo para mexer na comida.- Eduardo entrou em contato?- Filipe me encara.

Ret: Ele não entrou em contato para falar nada útil, nem pra erguer bandeira branca.

Carol: Ele nunca vai erguer.

Ret: Tudo bem, não preciso que ele erga uma. Meus planos são outros.

Sei o que ele pretende fazer com o Eduardo, só como me sinto em relação a isso.

VG: Eu acho que eu devia vir almoçar aqui todo dia, tu cozinha bem pra caralho.

Carol: Você é bem-vindo, pode vir sempre que quiser.

Ret: Mas também nem tanto, vamo deixar eu usufruir do meu relacionamento em paz.

Carol: Vai negar comida para ele?

Ret: Não, se pá eu até comprou uma cesta básica pra ele.  Vou negar a tua atenção, isso sim

VG: Se acostuma, o cara é meio errado da cabeça. Mas agora já era, é teu.

Crime PerfeitoOnde histórias criam vida. Descubra agora