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                                    Carolina👑

Isso deve ser algum tido de piada de mau gosto.

Souza: Trouxe tudo que precisa, eu fiz as compras e tu passa um café pra gente, fechou?

Mas que porcaria de sequestro é esse?

Souza: Tu passa o café? Tu sabe passar? Esqueci que tu é madame. Deve ter uma pessoa só pra passar teu café.

Eu acho que ele é pior dos dois. Além de ter me sequestrado me humilha.

Carol: Eu sei passar café- quem é que não sabe?- Você quer que eu passe café para você?

Souza: Passa pra gente aí, raponzel.

Ele começa a mexer nas sacolas e começa a organizar as coisas que comprou.

É assim que é um sequestro?

Acho melhor eu passar o café e agradecer por não estar em um porão sujo com ratos.

Passei o café enquanto assistia uns dos meus sequestradores brigar com uma embalagem de queijo.

Souza: Abre fácil é o caralho- ele bufa  desistindo e pegando uma faca para abrir o pacote- mó enganação isso, aqueles papos de fake News.

Carol: Entendi..- forço um sorriso .

Talvez ele sofra de algum problema psicológico e do nada tenha uma crise de raiva. O melhor a se fazer é seguir as instruções dele, então vou sentar e tomar café.

Souza: Como foi sua primeira noite por aqui?

Ele com certeza tem um problema psicológico.

Carol: Bom, talvez o meu rosto inchado não seja indício suficiente, mas eu chorei muito e depois chorei mais um pouco.

Ele me olha de um jeito estranho, até parece se sentir meio culpado.

Souza: A gente não vai deixar tu sair daqui. Mas tu tem que entender Raponzel que tu não é nossa inimiga, o teu marido é. Tu não vai embora até o Ret voltar, mas ninguém vai te fazer mal. Isso eu posso garantir, não vamos tocar nenhum dedo em ti.

Carol: Quem é Ret? Da forma que falam parece que é o chefe de vocês.

Souza: Sim, ele é nosso chefe- observo ele tomar um pouco do café- Mas é mais que isso, é família e a gente faz de tudo pela família.

Carol: Hmmm...Mas vocês vão sugerir um tipo de troca? Não tem como trocar um civil qualquer, eu, pela liberdade de um criminoso.

Souza: Não é um criminoso qualquer, é o Ret.

Carol: Isso é para ser algo positivo para vocês? Por que não parece.

Souza: Teu marido não é fã do meu chefe e não vai gostar que a esposa dele esteja sobre o domínio do cara que ele odeia. Vai por mim, a gente sabe o que está fazendo.

Carol: Só que eu não estou sobre o domínio desse tal de Ret, estou sobre o seu e o do Victor, Eduardo vai pensar assim.

Souza: Não vai, e tu tá nas mãos do Ret.

Eu acho que eles estão equivocados. O Eduardo que eu conheço desde que era criança não faria isso, ele não vai simplesmente soltar um preso e seguir em frente.

Mas não dá para negar que eles perecem bem confiantes com o plano.

Será que o Eduardo odeia tanto assim o Ret para tomar uma decisão extrema?

Não acredito que só por mim ele faria essa troca.

Souza: Teu café é mó bom, raponzel.

Carol: Por que raponzel?

Souza: Porquê tu parece a princesa da torre, mal sai da casa. Parecia que tava em cárcere privado. Com certeza te falta vitamina S.

Carol: Vitamina S? - pergunto confusa.

Souza: Sol.

Ok, não irei comentar sobre.

Carol: Você pode me dizer onde estamos? - ele me encara desconfiado - Olha, eu não tenho como fugir daqui e tenho senso o suficiente para não tentar.

Souza: Tu tá no Alemão.

Carol: Complexo do Alemão?

Souza concorda mastigando um pedaço do pão.

Carol: O seu chefe é o cara que comanda esse lugar? - Souza concorda - O cara que foi preso e rendeu a promoção do Eduardo?- ele concorda novamente.

Ah não, meu marido ficou muito estressado durante todo o processo até finalizar o caso e prender o cara.

Não lembro do Eduardo ter mencionado o nome do suspeito, só que ele comandava o tráfico no Alemão e segundo o meu marido " o cara faz parte da escória da sociedade, merece nunca mais por os pés fora do presídio".

Ret😡

Cada dia mais complicado a estadia nesse lugar. Consigo lidar com bandidos, mas gente sem educação já é demais.

Fui praticamente arrancado da minha cela pra ser informado que vou ser transferido pro Paraná.

Pra porra de um presido de segurança máxima lá na puta que pariu, só pode ser palhaçada com a minha cara.

Ret: Meu advogado tá sabendo disso?

O filho da puta me empurra contra a porra da porra da parede e da de dedo na minha cara.

Quem que eu tenho que pagar pra poder meter a porrada nesse imbecil?

Eduardo: Cala a porra da boca. Essa sem dúvidas foi a pior merda que tu já vez na tua vida.

Porra, que cara repetitivo.

Ret: Porra, tua mulher deve ser uma delícia, todo esse estresse.

Eu sabia que ia vir, mas o soco no maxilar dói do mesmo jeito, chego até a sentir o gosto de sangue.

Eduardo: Se tocarem um dedo nela... se por a sua mão imunda nela... Porra, eu mato você.

Ret: VG já te passou  pra ti o combinado, tu vai ter tua dondoca de volta. Faço questão de devolver  do jeitinho que ela foi pega. A não ser que ela queria uma adrenalina a mais.- o bostinha ri.

Eduardo: Acha que a minha esposa, uma mulher educada, com estudo e linda ia querer algo com alguém como você? As vezes eu sinto pena de você.

Vontade de comer a mulher dele só de raiva.

Mas aí eu lembro que a mina divide a cama com ele e da até um embrulho no estômago.

Ret: Sobre a minha transferência, tenho dúvidas.

Eduardo: Foda-se, ninguém liga para as tuas dúvidas.- ele dá um sorriso estanho- Porra, tu não sabe a merda em que se meteu. Não sabe como vai se arrepender disso. Eu vou recuperar a minha esposa e no final tu vai estar na merda.

Crime PerfeitoOnde histórias criam vida. Descubra agora