Capítulo 10

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Munido do celular, Rodolffo mostrou a Juliette toda a sua família.

- Esse é o meu pai... Um homem que eu admiro muito.

Juliette ficou olhando para o senhor e perguntou:

- Qual o nome dele?

- É João Albuquerque. Essa é minha mãe, dona Mariza.

- Você se parece com ela.

- Obrigado. Minha mãe é linda.

- E essa quem é?

- Minha irmã Roberta. 30 anos, arquiteta, casada, mãe de uma menina de 5 anos e esposa desse nojento aqui, o Max. Ele é engenheiro como eu e quer a empresa para ele,  tudo acobertado pela minha irmã.

- Vocês são inimigos?

- Convivemos, mas eu não confio nem em um e nem no outro. Também não vai confiar neles.

- E esse casal aqui?

- É minha irmã caçula, a Rafaela, ou como chamamos carinhosamente, a Rafa. Tem 28 anos, é casada e também estilista. Eu gosto muito dessa minha mana. Nossa relação é boa e o seu marido é médico, aqui está o Joaquim.

- São um lindo casal. Ela parece ser simpática.

- Ela vai tentar ser sua amiga por que é uma característica dela, mas não pode conversar certos assuntos com minha irmã, não esqueça.

- Eu sou ciente.

- Tem dois anos que não vou a Portugal e que meus pais foram para lá em definitivo. Na verdade eu sou a ovelha desgarrada e fico aqui no Brasil a cuidar dos interesses da família.

- Não sente saudade deles?

- Eu não sinto essas coisas. Me acostumei a viver sozinho. Minhas vontades são mais fisiológicas. Se eu preciso daquilo para me sentir bem, vou em busca e ponto.

Aquele assunto deixou Juliette chateada. Então ele queria tê-la para realizar uma necessidade fisiológica, nem ao menos usou outro termo.

- Você é um estúpido. Egoísta. É por isso que seu pai fez essa exigência.

- Ele julga que quem não é casado, não pode administrar bem uma empresa.

- Eu concordo com ele. O casamento é a arte do partilhar além de todas as coisas.

- Não preciso disso para ser um bom administrador.

- Óbvio. Você é muito auto suficiente. Poderoso demais para depender de alguém.

- Está enganada... Eu precisei de você e por isso estamos aqui.

- Seis meses passarão logo...

- Sim... Logo estará de volta e poderá retomar com o Adailton.

- Talvez eu o procure e case com ele. Eu acho que Adailton merece o meu perdão. Em nome de tudo que vivemos. - ela disse isso num tom provocativo.

- Cala a boca! Ca-la-da!

- Vá a merda... Eu não calo coisa nenhuma.

Juliette se afastou, tempos depois Rodolffo foi atrás dela. A encontrou na varanda e logo percebeu que ela estava chorando.

- Um idiota que te traiu merece tudo isso?

- Sai de perto de mim. Por que é tão insistente?

- Por que você é assim?

- Eu sou assim e pronto.

- Outra mulher no seu lugar tentaria de todas as formas possíveis manter esse casamento. Você não está casada com um Adailton pobretão. Está casada comigo e eu tenho muito dinheiro.

Juliette saiu de onde estava com uma fúria nunca sentida e deu um sonoro tapa no rosto de Rodolffo. Ele aproveitou a oportunidade para segurar o seu corpo junto ao dele.

Juliette tentava se soltar, mas não conseguia.

- Eu te disse que não ia aceitar que me batesse. Te avisei, lembra?

- Vai me bater? Então bate seu covarde!

Rodolffo uniu seus lábios aos dela. Juliette tentou fugir, mas não conseguiu. Seu instinto foi morder, mas também não fez. Quando os dedos daquele estúpido foram na sua nuca, ela aceitou aquele contato.

...

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