Capítulo 43

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Alguns dias depois.

Domingo em que foi escolhido por Rodolffo e Juliette para a união religiosa.

A cerimônia estava marcada para as 10 horas da manhã em uma chácara e Juliette logo cedo se dirigia a um salão de beleza, mas não antes de se despedir do marido.

- Não vai me deixar no altar... - Rodolffo disse com um jeito um pouco cabisbaixo e Juliette voltou a estar na sua frente.

- Não irei, mas por que esse semblante?

- O amor verdadeiro é livre Juli...

- Sim... Eu sei disso.

- Hoje quero que saiba que eu tenho vontade de te prender e nunca mais te soltar.

Juliette sorriu.

- Eu sempre soube que você é possessivo, mas não é bom ser assim. E mesmo sendo esse um grande defeito teu, ainda te amo.

- Meu coração está apreensivo hoje. Eu não gosto de me sentir assim.

- É ansiedade Rodolffo. Nos vamos em horas. Eu te amo e o nosso bebê também te ama. Fica bem meu amor.

- Se cuida princesa. Eu amo você.

Juliette saiu sorridente e um motorista ia levá-la até o local de se arrumar. O seu sogro a buscaria e em horas diria "sim" ao homem que seu coração escolheu.

...

Horas depois...

- Max, eu vou buscar a Juliette. Fiz a promessa a Rodolffo.

- Vá para a chácara João. Eu a busco.

- De forma alguma. Juliette é como se fosse uma filha para mim e eu devo tanto a ela, já que ela não tem um pai a levá-la até o meu filho, levo eu mesmo.

- João, o senhor não vai! - Max disse irritado e o sogro estranhou.

Estavam numa rua após a localização da chácara e era um lugar bem deserto.

- Olha como fala comigo. Mais respeito.

- Seu velho idiota. Não compreendo como consegue ser tão patético.

- Max o quê está te dando?

Ele não respondeu. Deu um golpe certeiro no sogro e o mesmo foi ao chão. Logo usou um pano cheio de sonífero e quase o asfixiou com o cheiro.

Por fim, colocou João no porta malas do carro e foi pessoalmente buscar Juliette. Max não tinha bons planos.

...

Juliette se admirava no espelho depois de pronta.

- Está linda. Uma noiva muito delicada, mas de uma beleza sem igual. - disse a maquiadora.

- Eu estou feliz. Ninguém entenderia como eu comecei a gostar dele...

- Por que diz isso?

- Por que ele não era alguém que ofertasse amor. Mas ele queria esse amor e tinha muito amor para dá.

- Nossa... Que incrível.

- Eu estou grávida. E olha que ele nem podia ter filhos.

- Então vocês foram apressados. - sorriu a mulher.

- Mas valeu a pena esperar por ele.

- Sério? Foi o teu primeiro?

- E eu quero que seja o único.

- Nossa... Que Deus abençoe muito. Vocês merecem.

- Sim. Deus há abençoou.

Juliette foi informada que o carro que a buscaria já estava a sua espera.

Saiu do salão e caminhou até o carro, mas quando viu Max, ficou desconfortável.

- O seu João teve um mau estar. Mas não se preocupe, estou aqui para te levar Juliette.

- Max, ele está melhor?

- Sim. Só está evitando dirigir.

- Rodolffo deveria ter vindo, assim não te incomodaria.

- Calma Juliette. Dará tudo certo.

Juliette entrou no carro e pensou que não tinha outra opção a não ser seguir com Max. Mas aos 10 minutos do percurso percebeu que algo ia muito errado.

Não conhecia muito do lugar, mas sabia que estavam indo na direção oposta.

- Max, para onde estamos indo?

- Para o seu lugar.

- Meu lugar? - Juliette fivelou o seu cinto de segurança e segurou no outro do assento ao lado.

- Vai viajar Juliette. Chega dessa lenga lenga com meu cunhado. Terminou.

- O quê?

- É isso ou eu mato ele? O quê prefere?

Juliette ficou irada e atingiu a cabeça de Max com o cinto. Aquele golpe não era suficiente para nada, mas ele quis reagir. A direção se tornou extremamente perigoso, mas Juliette continuou a feri-lo. Ela era incansável e já via sangue no seu vestido.

Max perdeu completamente o controle do carro devido a desorientação e uma colisão aconteceu.

...

Na chácara.

Rodolffo sentiu uma pontada aguda no peito e Mariza o amparou.

- O quê foi filho?

- Ah mãe... Não sei. Me sinto mal. Liga para o pai, por favor. Eles estão demorando muito.

- Está muito ansioso filho.

Rodolffo sabia que algo estava acontecendo, só não fazia ideia do quê.

...

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