Capítulo 22

164 22 10
                                    

Rafaela, Joaquim e Juliette conseguiram libertar Rodolffo da cadeia local dentro de uma hora. A recepcionista afirmou que haviam se confundido com o cliente, mas os policiais disseram que a primeira versão dela foi outra, agora dizia que o verdadeiro culpado tinha fugido.

Rafaela foi abraçar o irmão e percebeu o quanto ele estava abalado.

- Não fique assim mano... A Ju sabe que você não é culpado. Ela está tão triste, já chorou muito.

Rodolffo nada disse e logo estava frente a sua esposa que lhe deu um abraço e ele deu um beijo suave no topo da sua cabeça.

O quarteto decidiu que era melhor ir embora, mas antes Joaquim brincou.

- Agora põe a camisa meu cunhado, dessa forma todos vão saber o quê você estava fazendo quando foi preso.

Juliette ficou envergonhada e Rafaela viu seu semblante.

- Amor deixe dessas brincadeiras chatas.

- Eu estava trocando de roupa Joaquim. Realmente me pegaram desprevenido. Agora só quero ir embora e nunca mais quero voltar.

Juliette e ele seguiram de volta a Lisboa no carro do pai imediatamente. Joaquim e Rafaela foram chamar Roberta e Max aparentemente adormecidos.

- Você não pode deixar isso passar batido. Eu sei que meu diploma aqui ainda não tem valor, mas posso dizer que procedimentos tomar.

- Isso foi um sinal Juliette. - ele a olhou sério. - Eu não vou mais insistir. Eu te peço que esqueça o quê tentamos fazer hoje.

- Sinal de que tem alguém armando contra você, só se for, tirando isso não tem sinal nenhum.

- Juliette eu não mereço o quê você estava disposta...

- Escute aqui... - ela falou alterada. - Quem decide isso sou eu. Sempre decidi entre o sim ou o não. Nem tudo é sobre você ou sobre o quê você merece. Eu não sou uma criança... Virgindade não significa que eu não sou capaz de fazer as minhas escolhas, muito pelo contrário.

- Só esqueça...

- Quem diz isso sou eu. Só vou esquecer o quê eu quiser, você não manda na minha lembrança. - ela fez uma pausa e continuou. - Roberta e Max ficaram fingindo que estavam dormindo, eles são tão falsos.

- Sempre foram.

- Roberta é ruim. É uma mulher amarga e maldosa, eu sinto o jeito que ela nos olha, tem muita inveja. Tudo isso deve ser por que quer roubar seu cargo na empresa.

Rodolffo a olhou e ficou sério.

- O quê mais quer me contar? Qual outra verdade me foi omitida?

- Quem te contou?

- Ninguém me contou... Eu ouço coisas e entendo tudo. O motivo do casamento é mentira. E o quê mais é mentira?

- Juliette eu estou dirigindo... Vamos parar com isso?

- Encosta o carro. - ela disse segurando o braço dele.

- Não me toque.

- Para o carro Rodolffo!

Ele entrou com o carro numa estrada carrossável e metros distante do asfalto estacionou.

- Vamos nos atrasar no retorno. O quê quer?

- Eu quero você.

- Você... É...

- Você disse que não me diria não...

- Estamos no meio do nada... Não é o lugar certo.

- Estamos mais seguros aqui que em qualquer lugar. Já é madrugada e ninguém vai nos ver aqui. A Roberta não está aqui...

- Não faça isso... Eu quero tanto.

- Eu também quero.

Juliette se ergueu e beijou Rodolffo, que logo foi se soltando do cinto.

...

Um amor irrecusável Onde histórias criam vida. Descubra agora