Capítulo 3

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Juliette achou o cartão com o número de Rodolffo e o ligou por volta das 3 horas da manhã. Sua noite foi de completa insônia.

- Onde você está?

- No hotel, próximo a orla.

- Pode vir me buscar? Precisamos conversar.

- Já tem a minha resposta?

- Não posso falar aqui.

- Me passa o endereço que um táxi te busca.

- Tá bem... O endereço é...

Logo um táxi chegou. Juliette entrou nele e foi de encontro a Rodolffo.

- Espero que seja um sim a sua resposta, por que me tirou do meu sono.

- Como isso vai funcionar? É um contrato?

- Já o tenho aqui, se quiser ler. Sei que é advogada, então nada melhor que ler antes de assinar.

Juliette pegou a pasta que Rodolffo a entregou.

- Pode me adiantar algum dinheiro?

- Depois que assinar o contrato posso lhe dá 500 mil reais.

- Não quero tudo isso. Só preciso de uns 3 mil para quitar tudo que devo e fazer compras necessárias para minha casa.

- Não pense pequeno. Eu te dou o combinado.

- Eu terei que viajar?

- Viajar, encenar, decorar, convencer e casar. Temos que nos conhecer antes de chegarmos a Lisboa. Temos no máximo um mês para tudo isso.

- E se você estiver me sequestrando?

- Então já começou o sequestro. Estamos juntos entre quatro paredes. Olha o perigo.

Rodolffo era cheio de gracinhas sem graça.

- Jura que nunca vai tentar me tocar sem minha permissão?

- Sim. Não tenho intenção de virar um marginal, porém vai me respeitar como marido e qualquer deslize você perde tudo.

- Não vou deslizar.

- 500 mil no ato da assinatura do contrato. 500 mil no dia do casamento e 500 mil ao divórcio. Estamos de acordo?

Rodolffo estendeu a mão para Juliette e ela apertou.

- De acordo. Só preciso que me adiante alguma coisa antes.

- 6 mil reais por que quero que viaje  sem preocupações e não precisa fazer uma mala com roupas, compramos tudo novo antes de viajar a Lisboa.

- Tá bem. Algo mais. 

- Exijo que me trate como trataria seu marido de verdade. Seja uma mulher atenciosa e frente aos outros finja estar apaixonada.

- Não acha isso deprimente? Necessita mesmo disso?

- Não questione o quê não te interessa e frente a todos também serei um homem apaixonado. Teremos que dividir o mesmo quarto e a noite eu quero que você seja capaz de encenar algo que possa ser ouvido.

- Isso é demais. Não é necessário.

- Eu dou as ordens. E eu quero que as pessoas saibam que estou bem. Juliette estamos noivos a dois anos e você nunca foi visitar a minha família por que sempre foi muito ocupada.

- Eu vou ver esse contrato e te digo que também tenho exigências. Não sou um fantoche na sua mão. Esteja ciente disso... Sou uma mulher e não uma boneca.

- Altere o quê não julgar bom, mas creio que ele está impecável.

- Seis meses e fim. Nenhum dia a mais.

- E será uma milionária...

- Estou fazendo isso por dinheiro e você deve ter um bom motivo para tomar uma atitude tão estúpida. Não é um homem tão desajeitado a esse ponto.

- Eu sou muito odiado, ninguém ao meu redor gosta de mim.

- E por que precisa provar qualquer coisa a esse povo? Isso é ridículo.

- Vá embora. Leia o contrato e volte com as suas exigências, depois assinamos os dois frente ao meu advogado.

- Certo. Bom dia.

Juliette saiu do quarto e ao chegar em casa se debruçou sobre aquele contrato.

...

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