Capítulo 47

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Juliette foi o trajeto inteiro de olhos vidrados na paisagem exterior. Estava encantada e falava de coisas referentes ao lugar.

- Aqui é o nosso condomínio. - disse Rodolffo ao chegar perto da casa.

- Moramos aqui?

- Sim. Escolhemos essa casa juntos.

Ela estava admirada com tudo e quando entrou na garagem da casa, fez uma pergunta que fez Rodolffo sorrir e ela prestou mais atenção ao sorriso que a resposta.

- Você é rico? Ou melhor dizendo... Você é muito rico?

- Não só de dinheiro.

Juliette ficou em dúvida quanto a resposta, mas era inegável que seu marido era bem abastado.

- Foi no escritório de advogacia que nos conhecemos? - ela perguntou quando ele a ajudou a sair do carro.

- Não. Foi no quiosque que você trabalhava, lembra-se do seu trabalho noturno?

- Lembro. Mas isso não faz sentido. Mesmo formada em direito eu nunca fui bem sucedida. Como se interessou por mim?

- Eu procurava uma esposa, não dinheiro. É simples.

- Precisa me contar essa história direito.

- Olha... Agora temos visita.

Na frente de Juliette tinha um senhor, uma senhora, um casal jovem com uma mulher grávida e uma menina de uns cinco anos.

- Reconhece alguém?

- Não. Nunca os vi. Quem são?

- A minha família.

Com Roberta internada, Maria ficou com os avós. Rafaela se emocionou muito com a falta de memória de Juliette e a visita muito breve.

- Espero que um dia lembre de tudo Ju... Éramos tão amigas, apesar do pouco tempo. - disse Rafaela ao se despedir.

Juliette se sentia cansada, mesmo sem ter feito nada e só queria deitar um pouco.

- Esse é o seu quarto. Um lugar arejado e muito bom para um descanso. - disse Rodolffo assim que abriu a suíte do casal.

- É lindo. Mas e você?

- Tenho mais três quartos para escolher. Esse é ideal para ti e para sua plena recuperação.

- Obrigada.

Juliette ficou sozinha no quarto e logo pegou no sono. Mas dessa vez não foi um sono reparador e sim, um sono cheio de sonhos.

"Juliette fechou a porta do quarto.

- Agora não vai mais fugir de mim. - disse Juliette se aproximando de Rodolffo.

Ele se virou e a encarou. Seu semblante era duro e sério.

- Vai embora... Volte ao seu quarto.

- Hoje vamos dormir juntos e você vai me fazer mulher.

- Não!

- Sim! Eu quero isso. - Juliette solta o laço do roupão que te cobria e fica apenas com uma lingerie preta.

Rodolffo deu passos para trás e sua respiração já ficou pesada, mas Juliette o seguiu e o pressionou contra a parede.

- Eu espero que você conduza isso. Reaja.

Rodolffo pôs Juliette nos seus braços e antes de levá-la a cama beijou sua boca.

- Eu não resisto. Quem resiste a você mulher?

- Eu também não resisto mais a você e não suporto mais esses dias de silêncio que me dá. - sentiu os olhos marejados e a respiração ofegante. - Me ame..."

Juliette despertou subitamente.
Se sentiu muito tonta e não quis levantar, mas chamou Rodolffo. Ele tinha saído, mas a porta estava aberta, então não demorou a ouvir o chamado.

- O quê houve meu amor?

- Minha cabeça está doendo um pouco e me sinto tonta.

- Calma. Se não estiver bem, vamos voltar ao hospital.

- Não... Eu não gosto de lá. E eu não quero mais remédio. Isso não vai fazer bem ao neném.

- Mas se não estiver bem, tem que voltar. É para o seu bem.

- O quê está fazendo agora? No hospital estava todo tempo comigo.

- Eu estava conversando com a Herminia, nossa colaboradora e com a Thais, filha dela, que também irá trabalhar conosco. Só estava delegando funções e principalmente alertando sobre a sua alimentação e cuidados contigo.

- Você deveria cuidar de mim e não terceirizar. - Juliette disse encarando Rodolffo. - Eu estou grávida de um filho seu e isso é muita coisa.

- Claro que eu cuido de você, mas tenho que sair as vezes e fazer vistorias, algumas horas distantes, não é tempo demais.

Juliette não gostou das saídas, mas resolveu nada mais dizer.

- Eu não quero mais estar deitada. Quero conhecer a Herminia e a Thaís.

- Agora?

- Sim. Agora.

Rodolffo foi com ela e apresentou as duas, no caso de Hermínia ela não lembrava.

- Ôh dona Juliette, logo a senhora ficará boa. - disse uma gentil Hermínio.

- Nós estamos aqui para ajudar a senhora. - completou Thaís.

Juliette não gostou de Thaís. Não sabia qual era o motivo real, mas seu jeito de falar soava falso e sem contar que a bonita jovem não tirava os olhos de Rodolffo, quando foi falar com Juliette, olhou apenas para Rodolffo.

...

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