Juliette ia cantando pelo caminho e Rodolffo sorria ao ouvir suas canções. Gostava de ouvir sua voz e o seu timbre alegre.
De repente ela parou de cantar e ficou triste. Seus olhos focaram na paisagem externa e Rodolffo percebeu que ela estava chorando.
- O quê houve Juli?
- Eu não esqueci das letras das minhas músicas favoritas...
- Isso é muito bom. Não acha?
- Mas eu esqueci de tudo que me ocorreu nos últimos seis meses e isso é injusto. É uma parte da minha vida que eu vivi, mas não consigo recordar.
- Em outros tempos eu ficaria muito revoltado com tudo isso, mas hoje entendo que o importante é ter você viva ao meu lado. Juli, eu tive muito medo de que você partisse, fiquei desnorteado, então te ver tão bem hoje, só me faz acreditar que você é um milagre. Não fique triste por não lembrar... Eu ainda acredito que é só uma fase e logo passa.
Juliette balançou a cabeça em afirmativo e continuou olhando o horizonte. Até que finalmente chegaram ao incrível destino.
- Estamos chegando ao parque das nações Juli. Você nunca esteve aqui, então é novata nesse ambiente e eu vim aqui apenas uma vez, mas é um lugar muito bom para um passeio.
- Que incrível. Eu tenho certeza que será muito bom.
"O Parque das Nações é uma área reconstruída no Rio Tejo. Entre espaços verdes com arte pública, você encontra construções contemporâneas e impressionantes como o Teatro Camões e o enorme Oceanário de Lisboa. Nos arredores, há restaurantes badalados à beira-rio e o Centro Vasco da Gama, com lojas e cinemas em um prédio com teto de vidro. O Pavilhão do Conhecimento atrai famílias com exposições para crianças, enquanto a Telecabine Lisboa oferece vistas deslumbrantes."
...
Juliette estava completamente encantada com tudo. A comida era saborosa e vista do restaurante era linda.
Visitaram também o oceanário e os inúmeros animais aquáticos fizeram Juliette arregalar os olhos.
- É lindo demais... Vê só. Está pertinho de nós.
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Rodolffo via a empolgação dela e estava satisfeito com o passeio.
Depois desse momento foram vê as tele cabines, mas infelizmente não puderam ir nelas por que Juliette achou arriscado para o bebê.
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Depois de tanto passearem, Rodolffo preferiu fazer algum programa mais tranquilo, então Juliette sugeriu irem ver um filme.
- Vamos ver um que você goste.
- Você também tem que gostar.
Rodolffo aceitou, mas na real gostou do primeiro título que viu Juliette se empolgar.
Entraram na sala de cinema e Juliette escolheu o lugar mais escondido da sala inteira. Rodolffo estranhou e logo questionou:
- Mas há tantos lugares melhores Juli. Aqui é muito recantado.
- Aqui é uma maravilha. Vamos sentar e assistir o filme. - ela disse sorridente e Rodolffo concordou.
Quando a sala estava iluminada apenas pelo brilho do telão, Juliette chamou a atenção de Rodolffo e lhe roubou um beijo.
- Você não devia fazer isso aqui Juli... - Rodolffo disse com a voz rouca no seu ouvido. - Eu já não me aguento de saudades de nós.
- O médico disse que não há impedimentos, se eu quiser...
Rodolffo se afastou um pouco tamanha foi a sua surpresa.
- Perguntou isso ao médico?
- Sim. Quando você foi deixar uns documentos na recepção da clínica e eu fiquei na sala. Ele disse que pelo bebê, não há restrições.
- E você quer isso?
- Sim. Eu quero. - ela segurou no colarinho da camisa que ele usava e o intimou. - Inclusive, você poderia me levar daqui agora e alugar um quarto para nós.
- Seu desejo é uma ordem minha Juli. Vem.
Saíram apressados de mãos dadas da sala de cinema e assim que entraram no elevador Rodolffo o parou.
- Eu quero que seja inesquecível, como na primeira vez. Eu te amo muito. - e a beijou com luxúria.
