Capítulo 56

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Rodolffo caminhou até Juliette na metade do percurso e segurou sua mão enquanto ela cantava lindamente.

Seus olhos estavam marejados e quando as lágrimas começaram a cair, Juliette tocou o seu rosto e lhe disse em segredo.

- Não chore meu amor. Hoje é um dia feliz.

- Você parece um anjo. - ele disse colocando o seu braço junto ao dele.

O padre começou a celebração.

- Estamos aqui hoje para celebrar a união desse lindo casal que decidiu entregar o seu matrimônio nas mãos do senhor e da sua obra.

Juliette e Rodolffo se olhavam sorridentes, havia alegria e conforto naquele momento, mas nenhum dos dois deixou de lembrar do pequeno Emanuel.

Rodolffo havia se perdoado por se culpar tanto, diantes das palavras do padre ele entendia que tudo nessa vida tem um propósito e certamente a história dele com Juliette ia muito além do que eles imaginavam, estava escrito.

Juliette fez uma retrospectiva mental de tudo que viveu ao lado de Rodolffo, do princípio aos dias atuais e concluiu que antes dele era uma menina geniosa, mas cheia de sonhos. Com ele se tornou mulher e se tornou também muito mais forte. Rodolffo era o homem que ela sempre pediu a Deus, mas não surgiu na sua vida como ela imaginava. Isso faz bem jus ao ditado popular "Deus escreve certo por linhas tortas".

Juntos prometeram amor até o último dia de suas vidas e confirmaram o "sim" a esse amor tão libertador.

- Pode beijar a noiva. - o padre disse e eles sorriram antes de darem o beijo.

Nos meses que resolveram se resguardar até o casamento, também não beijavam, então a saudade estava latente nos dois. Rodolffo tomou sua esposa num beijo apaixonado e Juliette sentiu o coração acelerar depois do contato.

Depois da cerimônia, houve um almoço. Não era uma festa, mas havia uma comemoração para os mais próximos e só. Esse sempre foi o desejo de Juliette e assim se cumpriu.

...

Duas horas depois.

- Lá é um lugar lindo. Podemos acampar e colher frutos. - Rodolffo dizia enquanto dirigia.

- Sinceramente eu não estou muito interessada nisso... - ela disse e ele desacelerou para olhar ela..

- Por que não Juli?

- Por que eu quero namorar. Tem dias que eu desejo isso. São quase 8 meses que nós não somos marido e mulher.

- Eu tinha medo pelo Emanuel, depois veio o resguardo e a nossa espera até o casamento...

- Eu sei de tudo isso, mas sei também que não é bom um casal ficar tanto tempo distante assim.

- Juli, eu nunca te trai. Você sabe que a minha vida gira em torno da sua.

- Eu sei, mas talvez você não saiba que a Thais te deseja.

- A filha da Herminia?

- Qual seria a outra? Eu já flagrei ela cheirando as suas roupas.

- Devia ter me dito isso antes, não vou admitir ela lá em casa. Mas você não acha que eu dei alguma esperança, não é?

- Eu sei que você não deu, mas não é bom para nós esse afastamento.

- Não quero mais ficar distante. Também tenho muita saudade da gente e teremos a lua de mel que merecemos.

- Sim. Grudados e namorando muito.

Rodolffo deu um largo sorriso e acelerou o veículo estrada a fora.

...

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