Duas semanas depois...
- Lar doce lar... Aqui é o nosso lugar agora minha senhora.
Rodolffo disse ao colocar a última mala no interior da sua suíte. Mas estranhou a forma como Juliette olhava para tudo, ela parecia triste.
- O quê foi? Não se sente feliz?
- Eu nunca imaginei viver isso.
- Por que não? Estudou tanto, trabalhou tanto, nunca pensou em subir na vida?
- Não se trata de bens materiais. Não estou falando de dinheiro.
Rodolffo esperou em silêncio a continuação de Juliette.
- Minha visão sobre casamento era outra. A mesma da minha mãe.
- Eu não estou entendendo.
- Minha mãe sempre me ensinou que a família é muito importante...
- Tanto que vocês mal se falam.
- Sempre pensei que ia conhecer alguém que quisesse o mesmo que eu e que juntos íamos construir um futuro juntos. Hoje eu vejo que meus relacionamentos eram muito superficiais. Eu não sentia por eles o quê sinto por você.
Rodolffo caminhou até ela e lhe abraçou.
- Você me ensinou muitas coisas, principalmente a não me reprimir. Acho que nunca fui tão agressiva com alguém como fui contigo, mas também nunca estive tão entregue como estou agora.
- Eu sinto o mesmo...
- Isso me dá medo...
- Medo? Eu também sinto isso. Mas só sentimos essa sensação por que há sentimentos.
- É incrível como tudo aconteceu... O sentimento surgiu em meio a tantas coisas complicadas.
- A química veio primeiro. Juliette você não tem ideia do que é estar contigo.
- Eu nunca briguei tanto com alguém como foi com você. Mas também nunca desejei tanto ser beijada como foi com você.
- Isso é muito bom.
- Eu me entreguei e me entrego para ti por... - Rodolffo tinha um pouco de receio daquela palavra, então acariciou os lábios de Juliette.
- Eu não sou bom em cultivar o afeto das pessoas. Eu sempre soube disso.
- Você é amado. E eu sei que é amor. O meu orgulho quis me dizer que era desejo, mas não é só isso. Eu me envolvi e estou te amando.
- Amor é algo que não sentimos por qualquer pessoa e eu não sei se mereço isso.
- Rodolffo pare de se diminuir... Eu te quero e tenho sentimentos por você. Não era isso que queria? Nunca foi para assumir a presidência da empresa, foi para provar que conseguiria dá a volta por cima e recomeçar, não é isso?
- Não exatamente. Eu só não queria mais seguir sozinho e queria ter uma companheira, mas perdi o jeito para a conquista. Eu não suportava mais a solidão, desde o final do meu último relacionamento, não consegui mais ficar com ninguém.
- Agora tem a mim e eu sou toda sua... - Juliette mordiscou o lóbulo da orelha de Rodolffo e ele sorriu.
- Eu também sou todinho teu.
Sorriram um para o outro e em minutos estavam fazendo um amor cheio de carinho e desejo.
Quando os corações voltaram a bater no ritmo certo, Juliette beijou o peito do marido e lhe disse:
- Vasectomia não é um método totalmente seguro, sabia?
- Eu paguei ao melhor especialista do Brasil e ele me garantiu que era.
- Eu estou atrasada. Nove dias para ser exata.
Rodolffo que estava deitado, se sentou na cama. Seu semblante era assustado e preocupado.
- Não está pensando besteiras, não é?
- Claro que não... Mas isso deve estar acontecendo por que você era virgem, o corpo não se acostumou ainda com a novidade.
- Isso não tem nada a ver. A menstruação só falha se houver um motivo e um deles pode ser uma fecundação do óvulo.
- Pode ser psicológico. Você quer tanto isso que acaba acontecendo na sua mente.
- Não é isso...
- Vamos aguardar um pouco mais. Tenho certeza que não está grávida.
- Está bem. Mas se eu estiver, nunca ouse pensar que não é seu.
- Não vou pensar isso... Não sou nenhum louco completo.
Juliette percebeu o quanto Rodolffo ficou estranho. Ele estava distante e a sua presença era apenas física.
...
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Um amor irrecusável
FanfictionO quê você faria se recebesse uma proposta de 1,5 milhões de reais?