Um amor irrecusável

Capítulo 4

Juliette ligou novamente a Rodolffo e disse que tinha mudanças a serem feitas no contrato.

- Então diga quais são...

- Primeira: só caso contigo se for sob o julgo das leis brasileiras, casamos antes de sair do Brasil. Aqui eu sei exatamente onde estou pisando.

- Tudo bem. Eu não vejo um grande problema.

- Segunda: Eu quero garantir que você não vai tentar nada comigo e para isso quero incluir uma cláusula de multa se isso acontecer.

- Hum... Você está ficando esperta.

- 500 mil reais, se você tentar passar dos limites.

- E você acha que 500 mil reais me impedem de fazer qualquer coisa? É muito inocente, mas eu aceito.

- 500 mil reais é muito dinheiro e não creio que você queira ter esse gasto extra, pense bem.

- É... Pode ser que 500 mil reais me leve a falência. - ele sorriu.

- Deixa de ser insuportável e de deboche, eu detesto isso.

- Entre na fila, não é a única.

- Altere o contrato e eu quero revisar, depois estou pronta para assinar.

- Prepare a sua família para a viagem que irá fazer.

- Sim. Vou preparar. Mas onde iremos de verdade?

- Vamos ao centro-oeste, moro em Brasília atualmente. Casaremos civilmente antes de irmos a Lisboa.

- Eu pensei que fosse espanhol.

- Meu pai é filho de um português com uma espanhola, minha mãe é brasileira porém só eu vivo aqui. Além de mim tenho duas irmãs e elas podem ser um obstáculo no nosso caminho.

- Como assim?

- Elas desconfia que eu estou mentindo.

- Qual o interesse que move esse casamento?

- Assumir a presidência da empresa do meu pai. Eu preciso ser casado para conseguir o cargo, se não meus cunhados o farão.

- Desculpa dizer mas acho isso sem sentido. E depois de seis meses vai perder o cargo?

- Não. Por que eu vou dizer que fui traído. Mas isso é assunto para o futuro.

- Olha que sorte a minha... Ainda passarei por adúltera. Mas por um milhão e meio eu fecho os olhos.

- E por dois milhões abuso do seu corpo. 

- Escute aqui... Me respeita! Nunca mais diga uma coisa dessas. Nosso acordo não vai ter dessas coisas.

- Eu só estou brincando...

- Eu vou desligar. Quando mandar arrumar o contrato me ligue. Tchau.

- Tchau.

Juliette não se sentia feliz com a escolha, mas era necessária. Já Rodolffo se sentia vitorioso e finalmente estava chegando próximo ao seu objetivo, tudo estava em comum acordo.

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