Juliette sorria e Rodolffo se encantava mais a cada minuto.
- Devemos estar fazendo muito barulho. Seus pais vão imaginar coisas. - ela ficou um pouco envergonhada.
- Eles não imaginam Juliette... Eles sabem e não há nada de errado nisso.
- Eu sei, mas é que ainda é novo para mim.
- Mas não tenha vergonha. Inclusive, eu pensei que agora poderíamos ir tomar um banho juntos. - ele lhe deu um beijo no nariz.
- Eu vou sozinha e depois você vai. Sou muito espaçosa, gosto do meu espaço.
- Só hoje...
- Eu sei o quê você quer fazer... Eu conheço a sua safadeza.
- Não viu nem 50% dela. - ele disse sorridente.
- Eu sou uma mulher paciente. Agora deixa eu tomar meu banhinho sozinha.
Juliette seguiu para o banheiro enrolada num lençol e Rodolffo gargalhou. Ela fez cara de brava, mas ao fim sorriu, enquanto ele foi se levantando, se recompondo e refletindo sobre a noite passada.
Desde o dia que pôs os olhos em Juliette lhe quis, foi instantâneo. A atração que viu nascer foi crescendo até se transformar em algo maior. Em outros tempos ele se sentiria um vitorioso, mas hoje se sentia amado e correspondido, isso bastava.
...
Na cozinha da casa...
- Bom dia mãe... - Rodolffo disse cordial e Mariza o olhou sorridente.
- Bom dia meu filho. Como passou a noite?
- Passei muito bem. Ainda tem café?
- Claro que sim.
- Eu quero preparar alguma coisa para levar a Juliette.
- Podemos fazer uma bandeja, que tal?
- Pode ser.
O sorriso não abandonava os lábios de Rodolffo e Mariza estava feliz por isso.
- Fizeram as pazes? Juliette andava tão triste.
- A nossa guerra acabou. Agora é só paz.
- Meu filho, você realmente fez essa cirurgia?
- Fiz mãe. Mas eu tenho outras alternativas, se um dia a Ju quiser ter um filho.
- Não use essas palavras. Não é ela que tem que querer, são vocês dois.
- Sinceramente, eu só quero se ela quiser. Minha vontade de ter um filho já passou a algum tempo, mas se for para não perdê-la estou disposto.
- Nada como o tempo. Vamos preparar a bandeja do café da manhã de vocês.
Com capricho Rodolffo preparou tudo. Estava alegre e a tempos não sentia nada igual. Passou no quarto onde estava alguns documentos importantes e de uma pasta tirou o contrato de dentro.
Seu único objetivo era rasgar aquele contrato e faria isso com Juliette. Por ele estava tudo desfeito, agora eram de verdade marido e mulher.
Entrou no quarto com certas dificuldade e escutou Juliette cantarolar.
"- Linda, só você me fascina
Te desejo muito além do prazer
Vista meu futuro em teu corpo
E me ama como eu amo você
Vem fazer diferente
O que mais ninguém faz
Faz parte de mim
Me inventa outra vez
Vem conquistar meu mundo
Dividir o que é seu
Mil beijos de amor em muitos lençóis
Só eu e você
Linda, conte a mim teu segredo
Pro meu sonho, diga quem é você
Livre, nunca mais tenha medo
Pois quem ama, tudo pode vencer..."Juliette cantava tão bem que Rodolffo ficava parado, só ouvindo. Mas logo ela saiu do banheiro, vestida em um roupão.
- Demorei muito?
- Não. Mas ainda consegui fazer isso para nós e mostrou a bandeja.
- Eu ia comer na mesa de refeição, como todos os dias faço.
- Fiz questão de ir Juliette.
- Parece delicioso. Toma seu banho e depois a gente come.
- Antes estou querendo que a gente rasgue isso aqui.
- Rasgar?
- Sim Juliette. Acabou. Nós nos envolvemos sentimentalmente e há um parágrafo que fala sobre isso. Em caso de relacionamento amoroso, o contrato termina. Lembra?
...
VOCÊ ESTÁ LENDO
Um amor irrecusável
FanfictionO quê você faria se recebesse uma proposta de 1,5 milhões de reais?