- Mano, vamos passear nós quatro? - Rafaela propôs. - Amanhã nós não trabalhamos e você e a Ju estão de lua de mel.
- Eu pensei sobre isso. Queria levá-la a Vale do Sintra, o quê acha?
- Acho que é um lugar fabuloso.
- Mas se sente bem para fazer essa viagem nesse estado?
- Sim. Eu só tenho um pouco de enjôo matinal, depois disso fico bem. Convide a Ju. Eu aguardo sua resposta.
- Vou convidar.
Rodolffo buscou Juliette e a encontrou junto a sua mãe. Elas falavam de trabalhos manuais e ele se aproximou devagar.
- Será que posso levar minha esposa a um passeio?
- Passeio? Onde vamos? - Juliette perguntou.
- Pai, o senhor pode me emprestar o seu carro? - ele chamou a atenção de João.
- Claro meu filho.
- Onde vamos querido? - perguntou enquanto recebia um beijo no topo da testa.
- A vila do Sintra querida. Voltamos amanhã mãe.
- Tá bom. Podem ir. Lá é um lugae tão lindo, de uma arquitetura fabulosa.
- Rafaela e Joaquim também irão conosco.
Essa informação fez Juliette sorrir. De alguma forma era melhor ter pessoas junto deles.
- Max e eu também iremos. Sintra é um lugar romântico e como nossa Maria não está conosco hoje, vamos aproveitar.
Rafaela ouviu a conversa e não gostou da ideia, tentou convencer a irmã do contrário, mas não foi possível. Rodolffo ficou bravo, mas Juliette o conteve.
- Vamos... Cada um vai para onde quiser e seu pai deu o carro.
- Ela vai estragar tudo.
- Não vamos ouvir.
- Meio difícil não ouvir.
- Não vamos desistir. Sua irmã quer muito ir e não devemos ser maus com uma grávida. Você nem se quer a felicitou.
- Então vamos levar uma pequena bolsa com roupas para o jantar de hoje e a dormida. Vai gostar de Sintra.
...
Sobre a vila:
Amada por reis, aristocratas, artistas, escritores e poetas, Sintra é terra encantada de castelos e palácios, de paisagens luxuriantes com flores exóticas e árvores altíssimas e centenárias. Os muçulmanos chegaram primeiro a esta serra granítica, de microclima único, procurada desde então nos meses de veraneio. Os românticos encontraram aqui um refúgio e inspiração para a sua nova forma de pensar. A arquitetura e os jardins revelam este romantismo. Por tudo isso foi declarada Patrimônio Mundial, em 1995.
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A viagem até Sintra foi tranquila. Rodolffo junto com Juliette chegaram primeiro a vila, já que ele meteu o pé no acelerador do veículo.
- Não devia correr tanto.
- Não me aborreça Juliette. Vamos apenas organizar nossas coisas e esperar os outros.
A hospedaria que ficaram tinha apenas um outro quarto disponível e o deles eram bem grande.
- A Rafaela pode dormir aqui com o marido. A Roberta pega o outro quarto.
- Juliette não quero ninguém dormindo conosco.
- Pare de ser assim. É a sua mana e vocês se gostam. Eu durmo até no chão por ela.
- Era só o quê faltava.
- Ela está grávida Rodolffo e ninguém merece passar raiva nesse período.
- Pode gostar muito da Rafaela, mas nunca pode falar de nós a ela.
- Não vou falar. Quando isso terminar diga que eu te trai e ponto.
- Não vou dizer mais isso... Tenho um motivo aceitável para o fim. A culpa não será sua.
- Posso saber o motivo?
- Incompatibilidade. Você quer ser mãe e eu não quero ser pai.
- Mas você disse ontem que queria.
- Eles sabem que eu sou inconstante. Para todos os efeitos, não quero.
Rafaela e Roberta bateram a porta do casal e logo foram invadindo o quarto.
- Aqui tem três camas de casal... Podemos ficar os três casais juntos. - disse Roberta.
- Não mesmo. O mano é recém casado Roberta. Nós duas e os nossos maridos ficamos no outro quarto livre.
- Rafa é só uma noite...
- Roberta, uma noite é sempre especial quando estamos em Sintra. Vamos. Daqui a pouco voltamos e buscamos o casal.
A porta se fechou e Rodolffo se pôs a dá instruções.
- Assim que escutarmos passos no corredor vai me beijar e vamos deixar a porta aberta de propósito. Não tão aberta, mas semi-aberta.
- Por que isso?
- Roberta não acredita no nosso casamento. Precisa ver para crer.
- Então ela verá...
Ao ouvir passos no corredor Rodolffo segurou o trinco da porta, a abrindo e nesse instante Juliette o convidou para um beijo. Se beijaram ali mesmo junto a porta e entre beijos diziam frases soltas:
- Não vejo a hora de ter você...
- Mal posso esperar.
Rafaela sorriu, Joaquim também. Mas Roberta beliscou Max e ficou indignada.
- Que pouca vergonha é essa de vocês dois? - perguntou irritada Roberta.
