𝑷𝑶𝑹𝑵𝑺𝑻𝑨𝑹

𝖈𝖆𝖕𝖎́𝖙𝖚𝖑𝖔 8

Despertei com o som da porta do meu quarto rangendo lentamente, uma fresta de luz do corredor revelou a silhueta de um homem, eu estava sonolenta com os olhos entreabertos quando ele se aproximou, do meu lado na cama.

Fingi estar dormindo pois fiquei muito assustada, pensando no que deveria fazer, ele cheirava a cannabis e seus passos eram muito leves, escutei o tilintar de seu cinto se abrindo e depois o som zíper... Comprimi os olhos, minhas mãos estavam unidas abaixo do meu rosto no travesseiro, pelo som que ele produzia eu deduzi que o homem se masturbava ao meu lado, até que senti a cabeça de seu pau encostar devagar nos meus lábios, estava quente e macia, meu coração disparou e meu sangue ferveu, então resolvi agir:
-O que está fazendo? - perguntei, baixinho.

-Shiiii - pediu Harold, reconheci sua voz - Não faz barulho, a Lily tá dormindo na sala.

-Para - afastei meu rosto - Isso tá errado, não posso fazer isso com ela de novo.

Harold colocou a mão na minha cabeça e a empurrou um pouco pra frente novamente, seu pai roçou na minha boca:
-Só uma chupadinha vai, não vou te beijar na boca, então não é traição.

-Isso é ridículo - falei, tirando o pau dele no meu rosto, mas o segurando - Sai do meu quarto, por favor.

-Então deixa eu gozar na sua cara, vai putinha - ele colocou a mão por cima da minha e começou a se masturbar - Deixa vai, vou dar leitinho quente na tua cara.

Obviamente eu não era uma garota normal, pois o que eu fiz foi totalmente sem sentido, mas permiti que ele batesse punheta enquanto eu fingia estar dormindo, Harold gemeu baixinho quando começou a gozar, encostou o pau na minha boca e os jatos saíram quentes, sujando tudo, meus lábios, meu rosto, o lençol...

Depois, ele guardou o pau de volta na cueca e limpou a mão no meu travesseiro, e tão silencioso quanto entrou, ele saiu... Virei pro outro lado e acabei adormecendo alguns minutos depois.

...

Meu despertador me acordou as onze da manhã, fui direto pra cozinha tirando a calcinha de dentro da bunda e coçando os olhos, Lily estava sentada no sofá abraçando as próprias pernas e bebendo uma garrafa de vinho.
-Amiga? - indaguei - Você não tinha uma cena pra gravar hoje de manhã?!

-Sim - ela respondeu, desanimada - Mas fiquei tão chapada com Harold ontem, que não acordei a tempo, estou me sentindo um lixo, perdi mil e quinhentos dólares!

Peguei o litro de vodka da geladeira, dei uma golada e me apoiei na bancada:
-Isso não pode acontecer Lily, precisa priorizar sua carreira, seu namoro não pode ser uma pedra no caminho, e sinceramente, as vezes o Harold te puxa pra baixo.

Lily baixou o olhar, os cachos caindo na frente do rosto:
-Eu sei, mas eu amo ele, e é tão difícil conseguir ser amada de volta, quando ele me correspondeu eu decidi que o agarraria com todas as minhas forças, sem ele eu só tenho você, sou sozinha no mundo.

Fui até ela e me ajoelhei em sua frente, a abracei forte:
-Não vou a lugar nenhum, e você não vai ficar sozinha, somos uma dupla, sempre seremos!
-Promete?
-De dedinho!
.....

Frank havia me conseguido um trabalho pra uma gravadora de filmes fetichistas, eu gostava muito da estética de dominação e submissão então estava empolgada... Andei apressada por três quarteirões com minha bolsinha embaixo do braço, o cigarro na boca e a mini saia xadrez, estava indo até o ponto de táxi, quando ao virar uma esquina dei de cara com Pauly, literalmente bati meu rosto em seu peito:
-Me descul... - me interrompi - Pauly?
-Fala gatinha - ele usava uma jaqueta de couro preta, calça militar e coturno.
-Que bom te ver, mas estou um pouco apressada.

Desviei dele, mas assim que passei ele me segurou pelo pulso:
-Que isso, tu nunca mais me procurou depois daquele dia, queria me divertir com você de novo.

Eu não estava interessada, ele era de fato muito atraente, e não por ser bonito, mas por ser um homem mal, toda a estética de bad boy, mas não era o momento de me envolver com gente assim:
-Estou trabalhando muito, foi mal, outra hora a gente conversa!

Então ele me soltou, eu assenti e continuei andando, quando me afastei o suficiente olhei pra trás e vi ele brincando com um canivete que tirou do coturno, senti um calafrio e acelerei o passo.
....

A cena seria em um cenário muito bem montado, imitava uma caverna com vários instrumentos de tortura e fetichismo, meu parceiro de cena seria um homem chamado Mick Mod, era negro com várias tatuagens interessantes pelo corpo, alto e com corpo definido, foi simpático comigo ao se apresentar e explicou mais ou menos como funcionaria.

Começamos a gravar enquanto ele me suspendia em várias cordas, uma amarrada ao meu cabelo e as outras pelo corpo, não era tão desconfortável quanto parecia,  na verdade era excitante ficar totalmente indefesa, ele então colocou o pau na minha boca e eu chupei de cabeça pra baixo, toda nua com as cordas apertando meu corpo, depois ele me girou e me fodeu bem rápido, intensamente, mas foi muito bom, ele sabe fazer... Depois me soltou e gravamos a segunda parte, em que eu algemada com as mãos pro alto, usando um macacão de látex preto com buracos nos lugares certos, ele meteu enquanto me chamava de vadia, no final ele me soltou das algemas e gozou na minha boca, encerramos a gravação.

Fui pro banheiro me trocar e lavar o rosto, minha maquiagem estava borrada, depois me despedi dele e peguei meu cachê, que era de mil e setecentos dólares...

Quando cheguei em casa, haviam algumas mensagens na secretaria eletrônica, coloquei pra ouvir e me sentei com uma lata de cerveja no sofá, um dos recados era de John Bass:
-Oi Camille, tudo bem? Espero que sim, passando pra te perguntar o que tu vai fazer no sábado? Queria te convidar pra uma festa, vai ser bem legal, aguardo seu retorno.