𝖈𝖆𝖕𝖎́𝖙𝖚𝖑𝖔 25

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Minhas unhas estavam cravadas o braço da cadeira, minhas pernas encolhidas junto ao corpo e os dedos dos meus pés contorcidos, no escuro do quarto meus olhos arregalados enquanto escorriam lágrimas dolorosas de frente à tela do computador... Lily estava sendo humilhada e abusada em uma cena que facilmente seria de um filme de terror, era como se todo o ódio que Pauly sentia de mim ele tivesse descontado nela, eles a chamaram de ''crackuda anoréxica'', zombaram do seu sonho de ser uma atriz pornô, riram de sua aparência e de seu preenchimento labial, bateram tanto em seu rosto que ela ficou desorientada, forçaram dupla penetração anal, e quando ela teve um breakdown e se encolheu em um canto pra chorar, eles cuspiram e gozaram em seu rosto... E lá estava a cena, disponível na internet e em breve em Dvds físicos, o estupro pago da minha melhor amiga, o motivo que a fez desistir da vida... Eu sentia que uma parte de mim havia morrido junto com ela, a minha parte humana e com esperanças na humanidade, a partir daquele dia, eu sabia que uma nova Camille iria degolar a antiga, tudo estava diferente, o mundo tinha ficado cinza.
...

Eram 02:00, enchi uma xícara de café e depois despejei whisky dentro, fui até o quarto, Troy estava dormindo profundamente na cama, segui para o closet e vesti um moletom dele, depois coloquei um calça jeans e calcei um coturno... Voltei para o quarto, me ajoelhei ao dele, que ficava tão bonito e sereno sob aquela luz fraca, dei um beijo demorado em sua testa, e na ponta dos pés sai do quarto.

Virei o café com whisky em um gole só, deixei a xícara no balcão e acendi um cigarro, sai do apartamento e tranquei a porta, desci fumando no elevador, segui pelo hall, o porteiro começou a reclamar da fumaça mas dei o dedo do meio e segui para a rua, lá pedi um táxi:
-Para onde moça?
-Brooklyn.

Desci do carro em frente ao prédio do Pauly, eu ainda me lembrava do número do apartamento, então disquei, em poucos minutos ele apareceu na portaria, sem camisa e com calção de pijama:
-Camille?!

Eu estava de costas, usando o capuz e fumando, me virei pra ele com um sorriso falso no rosto:
-Supreso em me ver?

Ele franziu o cenho, e cruzou os braços, com aquela cara de psicopata de sempre:
-Sim ué - ele coçou o nariz - O que você quer?

Me aproximei, ficando cara a cara com ele, soprando a fumaça enquanto falava:
-Temos negócios mal resolvidos, lembra? - encostei a mão em seu rosto, a pele fria - Aquele dia no parque, eu estava muito perdida, iludida, e só por isso não fui uma boa garota com você.

Ele segurou meu pulso, era tão forte que manchou em apenas um apertão:
-Acha mesmo que é você que decide tudo? - ele inflou as narinas - E se eu não quiser mais te comer? Sua piranha.

Lutei pra me soltar, e então dei de ombros:
-Aí vai ser uma pena, porque eu queria tanto que você me machucasse essa noite, você quer me machucar, não quer?!

Foi o suficiente pra convencê-lo, subimos juntos em silêncio no elevador, ele me encarando de cima a baixo como se eu fosse um pedaço de carne e ele um cão faminto, seguimos para o seu apartamento, ele trancou a porta assim que entramos, senti um calafrio.

Pauly avançou pra cima de mim, mordendo meu pescoço e apertando minha cintura, com agressividade e me deixando desconfortável:
-Calma - suspirei - Vamos cheirar um pó antes?!
-Sério? - ele deu uma pausa.
-Sim, quero um estímulo pra aguentar tudo!

O sorriso macabro de Pauly sob a meia luz me deu pânico, mas ele me soltou:
-Estou gostando de você hoje, sua puta.
-O melhor ainda está por vir - respondi, me sentando no encosto do sofá, e acendendo um cigarro.

Pauly voltou com o pino de cocaína e despejou encima do balcão da cozinha, usou o cartão pra montar duas carreiras, e me ofereceu a primeira, cheirei tudo e dei um passo pra trás, sentindo o corpo eletrizar.
-Sua vez - falei.

Quando Pauly se dobrou pra frente e aproximou o rosto do mármore, eu rapidamente peguei uma frigideira que estava no fogão e bati com toda a minha força em sua nuca, o impacto do rosto dele contra a pedra fez um barulho horrível de quebrado e ele gritou, cambaleando pra trás cobrindo o nariz que esguichava sangue.

Na mesma hora, eu dei outro golpe com a frigideira em seu rosto, dessa vez pro lado, ele saiu tropeçando e se escorou na parede, foi quando eu vi um taco de beisebol no canto da sala, corri até ele e peguei, quando Pauly abriu os olhos, deve ter visto apenas o vulto do taco que o atingiu em cheio no crânio antes dele desmaiar.
...

Pauly acordou deitado na cama, completamente nu e algemado, de frente pra ele estava eu segurando uma pistola carregada que eu tinha pego da coleção dele:
-Vai ser a minha primeira vez atirando - falei, rindo - Espero acertar direto na cabeça, mas se eu errar, peço que me perdoe.

-Não não não não não - pediu Pauly - Calma, por que tá fazendo isso?!

Gargalhei, mordendo o lábio inferior:
-Você quer uma lista de motivos? Bom, vamos lá, você é um nazi filho da puta, você abusou e abusa de centenas de garotas e ainda filma isso, você é um misógino desgraçado que adora xingar e humilhar mulheres, mas adivinha só? O pedaço de merda sempre foi você, você é que é um arrombado inútil que não sabe fazer nada, você é quem deveria sentir dor por ser um verme, e você MATOU A MINHA AMIGA - comecei a chorar e tremer - Eu não iria viver em paz se não me vingasse, e a sua hora chegou seu filho da puta!

Pauly mudou a expressão de susto, pra de sadismo novamente:
-Vai em frente então sua cadela, me mata, e depois vai passar o resto dos seus dias sendo estuprada por sapatões nojentas na cadeia, mas é isso que você gosta né sua feminista de merda, pelo visto a surra que eu te dei não te transformou em gente não.

Meu ódio só ia aumentando conforme ele falava, e por isso, houve uma mudança de planos, coloquei a pistola encima da cômoda e fui pra cozinha, deixei ele falando sozinho lá no quarto, peguei uma faca afiada e voltei pra lá.
-A morte é pouco pra você - eu brincava com a lâmina - Antes, eu vou te fazer sofrer.

Os gritos mais horripilantes que eu já ouvi vieram da boca de Pauly enquanto eu decepava seu pênis com aquela faca, não foi uma tarefa fácil, precisei segurar bem o pau e as bolas juntas e começar a cerrar a pele, que era mais dura do que eu imaginava, mas eu coloquei força, e sangue lavou minhas mãos e o lençol branco, Pauly gritava e se contorcia, as veias da testa e pescoço prestes a explodir de tão saltadas, eu gargalhava enquanto passava a faca até finalmente sentir o último corte antes de soltar o pênis, que segurei nas mãos e pingando sangue:
-Eu devia te deixar assim, aleijado - joguei o pênis longe - Mas você me entregaria, então não vou fazer o serviço pela metade.

Pauly ofegava e vomitava de dor, estava trêmulo e com o rosto vermelho:
-Sua puta do caralho - choramingou - Se eu me soltar daqui eu te mato.

Mirei a arma pro peito dele, e tombei a cabeça pro lado:
-Hmmmm, não vai acontecer! - dei o primeiro disparo, Pauly pulou na cama com o impacto, o furo imediatamente começou a vazar sangue, e então o segundo e o terceiro disparo no peito.

-Queima no inferno, desgraçado - mirei na testa, e dei o último disparo, depois fiquei ofegante e admirando a minha obra de arte... Pauly castrado e com vários furos pelo corpo, em um quarto ensanguentado.

Peguei o telefone dele, que estava na cabeceira, e liguei para Gio, Bootleg e o dono do estúdio, disse que Pauly tinha espancado tão forte uma prostituta que precisava da ajuda deles com urgência, e que eu era a outra prostituta.

Quinze minutos depois, os três chegaram, como eu estava ensanguentada, eles se assustaram e acharam que era verdade, mandei eles pro quarto pra ajudar, no corredor, com os três de costas pra mim, disparei em um de cada vez, na nuca.

No fim, acendi um cigarro e fumei enquanto puxava o capuz e fugia do prédio pela escada de emergência, andando pela rua escutei as sirenes de polícia e da ambulância seguindo para o prédio.

𝑷𝑶𝑹𝑵𝑺𝑻𝑨𝑹Onde histórias criam vida. Descubra agora