Dois anos haviam se passado e muita coisa tinha mudado. Fiorella estava morando com Noah na casa próxima ao rio e a barriga enorme era o seu charme, a gestação chegava ao fim.
Álvaro e Antônia viviam felizes, o amor crescia com a convivência, ele continuava sendo o editor chefe do jornal.
Steban e Any se casaram, moravam na cidade, mas sempre vinham ao sítio visitar os dois. Ele havia aberto um escritório de arquitetura e a sua esposa, uma linda loja de roupas, eram felizes e se amavam.- Noah, eu quero ver o rostinho dele, estou ansiosa!
- Calma, meu amor, agora falta pouco, veja, está tudo prontinho, logo ele estará aqui.
- Quando a Antônia e o Álvaro chegam?
- Devem estar na estrada, quase chegando, querem acompanhar o nascimento do Luca.
- Luca, sempre amei esse nome!
- Nosso filho será amado, não vejo a hora de colocá-lo em cima de um cavalo.
- Amor, ele ainda nem nasceu, vai com calma!
- Vou comprar um pônei para ele.
- Noah, mais para cima, meus pés doem!
- Parecem duas bolinhas, está linda!
- Pareço os porquinhos, bem roliça!
- Meu amor, o que é essa água?
- Que água, Noah?
- Veja!
Um olhou para o outro sem saber o que fazer.
- Meu amor, a bolsa estourou!
- O que eu faço?
- Preciso ir para o hospital, pega a minha bolsa e a do bebê.
Noah pegou tudo e colocou as malas no carro, Fiorella já começava a sentir as dores.
- Meu amor, acelera, está doendo muito!
Mas o carro resolveu não funcionar.
- O que está acontecendo?
- O carro não quer pegar!
- Noah, está doendo!
- Calma, eu já sei, vamos de carroça.
- Amor, me ajuda!
Ele colocou um lençol grosso e travesseiros, deitou Fiorella e seguiu estrada afora, o bebê estava apressado.
- Noah!
- Amor, calma, eu estou tentando ir rápido.
- Ai! - gritou Fiorella.
Noah parou a carroça na estrada e viu que o bebê já estava nascendo, ali, naquele lugar simples, no meio do nada, onde eles viveram momentos inesquecíveis.
- Meu amor, o nosso Luca nasceu, ele é lindo! - disse Noah.
Fiorella recebeu o filho dos braços de quem amava, enfim, a história deles teve aquele final onde poderiam viver com o fruto de tanto sentimento.
- Álvaro, é o Noah! - disse Antônia.
- Meu Deus, ele está sujo de sangue!
- Acelera, meu amor!
Eram Antônia e Álvaro, que chegavam para participarem do parto, mas o bebê quis chegar bem antes.
- Meu filho!
- Mãe, o bebê nasceu!
- Aqui?
- Veja, está na carroça com a Fiorella.
- Meu Deus, é muito lindo!
- Oi, vovó, oi, vovô, não quis esperar, precisava sair. - falou Fiorella.
Álvaro não dizia nada, apenas chorava.
- Eu não acredito, no meio do nada, em uma carroça!
- Antônia, o nosso filho é muito fofo, olha essa mãozinha!
- Você precisa ir para o hospital, Álvaro, me ajuda?
- Com que forças? Estou paralisado!
- Meu amor, o nosso neto nasceu!
E tudo se fez novo!
A criança crescia em meio ao amor dos pais e dos avós. Álvaro não conseguiu ficar distante e largou tudo para trás, agora morava com Antônia no sítio, na casa que sempre foi deles.
- Meu amor, nem acredito que voltamos para esse lugar!
- Largar o jornal não foi fácil, mas o meu amor por vocês é muito maior, já estava na hora de me aposentar, só quero ficar ao lado de quem mais amo.
- Olhe o Luca tentando andar, essas galinhas que se cuidem.
- O Noah e a Fiorella, enfim, puderam completar essa história tão bonita.
- E como nos livros, faltavam algumas páginas.
- Que eles estão escrevendo lindamente.
- Filho, deixa a galinha, ela está assustada! O que é aquilo? - perguntou Fiorella.
- Filho, o papai chegou! Olha o que eu trouxe.
Noah chegava com um presente inusitado, havia comprado um pônei e o menino sorriu ao vê-lo chegar.
- Amor, você comprou mesmo? - perguntou Fiorella.
- Sim, não é lindo?
- É muito fofinho!
- Vem, meu amor, será seu primeiro cavalinho.
- Filho, um pônei! - disse Antônia.
- Mamãe, ele já precisa se acostumar.
- Noah, nunca tinha visto um pônei! - falou Álvaro.
- Eles são mansos, Álvaro, logo estará se equilibrando nele.
- O nosso filho nem sabe andar. - disse Fiorella.
- Mas logo saberá!
E o tempo passou...
- Luca, passe agora para tomar banho!
- Mamãe, quero tomar banho no rio!
- Nada disso, mocinho, já para o banheiro, preciso esfregar essa sujeira!
- O papai deixou.
- O seu pai é outro que só vive nesse rio, passe, vou esfregar esse couro!
Quem tanto amava estava novamente em sua vida, o seu irmão, agora era seu filho e o amor só crescia.
- Onde vai, meu pequeno? - perguntou Noah.
- Papai, a mamãe quer esfregar meus couros!
- Que maldade! Por que?
- Ele está sujo, só vive em cima daquele pônei! - disse Fiorella.
- Amor, ele é livre. - falou Noah.
- Ele é fedorento e cheio de sujeira, igualzinho ao pai! - disse Fiorella.
- Vamos, filho, no rio é bem mais divertido.
Eles corream e pularam juntos no rio. Conhecem felicidade maior que essa?
- Noah! - falou Fiorella.
- Mamãe, eu te amo! - gritou Luca.
- Também te amo, seu barrigudo!
- E quem me ama? - perguntou Noah.
- Eu, papai, o Luca!
Amor, amor e amor! Era o que sentiam.
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Regressar ou escolher te amar?
RomanceAlmas que se procuram e amores que precisam ser vividos. Histórias marcadas por momentos fortes e carregados de emoções. Dois séculos diferentes, onde eles foram em busca do que tocava o coração. Valentin e Patrízia, Noah e Fiorella, vidas que se bu...