Sempre te direi sim

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O cordeiro já estava assando e o almoço seria o mais saboroso, Patrízia tomava o seu banho e o coração batia como se quisesse sair de seu peito.
O vestido que ganhou estava sobre a cama, ela olhava pela janela e avistava as montanhas, o céu estava azul e o amor por ele crescia a cada segundo.
Se vestiu e parecia ter saído de uma pintura, era perfeita.

- Filha, é o papai, posso entrar?

- Entra, papai, estou me arrumando.

- Que linda, parece uma flor!

- Papai, estou nervosa com tudo isso.

- Não fique, é o início de um novo ciclo de felicidades.

- Pai, somos simples, não temos riquezas materiais, diferente deles que são nobres.

- Você está certa em dizer que eles tem riquezas materiais, mas nós temos riquezas que ninguém compra com títulos ou moedas de ouro. Nos amamos, somos felizes e gratos pelo pouco, sempre nos apoiamos em todos os momentos.

- A gratidão abre portas que nem conseguimos imaginar, por isso nunca nos faltou nada.

- Isso é a verdadeira riqueza, filha, sermos simples não nos faz inferiores a quem quer que seja.

- O senhor sempre sábio.

- A sua forma de ser, o seu jeitinho estabanado, foi o que conquistou o lord Valentin, ele podia ter todas as mulheres da redondeza, mas te escolheu, quem ganhou o presente foi ele.

- No primeiro momento cheguei a odiá-lo, pensei que fosse mais um daqueles nobres que se acham melhores que todos, mas depois, papai, ele me mostrou outro lado, simples, humilde, amoroso, nem parecia o mesmo.

- Está falando da guerra de ovos?

- Não! Aquilo foi uma briga de duas crianças birrentas, ele me parecia triste, mas quando estamos juntos, tudo muda, ele se abre para o mundo.

- O lord Valentin deve carregar dores que não conhecemos e estar ao seu lado é como um refúgio, onde ele esquece as feridas e passa a viver o sentimento que une vocês dois.

- O senhor nunca solta as nossas mãos.

- E se a minha missão for proteger vocês?

- Então, está cumprindo direitinho.

- Acaba de se arrumar, eles devem estar chegando.

- Te amarei para sempre, papai.

- E eu, bem mais.

Aquele abraço apertado era o amor em forma de cuidado, de carinho e de proteção. Meu pai sempre será um herói sem capa, que me ensina grandes lições ao qual jamais conseguirei esquecer.
Eu estava muito ansiosa e preferi ficar esperando no quarto. Valentin e o pai chegaram e pude escutar os cumprimentos do lado de fora.

- Marquês Morgan, é uma honra recebê-lo em minha casa.

- Runan, o prazer é todo meu, esse lugar fica a cada dia mais lindo!

- Lord Valentin, como vai?

- Estou bem, senhor Runan.

- Essa é a minha esposa, Marta e o meu filho, Luca.

- Como vai senhora Marta? É um prazer conhecê-la. A sua família é linda! - disse Morgan.

- São meus tesouros, é tudo o que tenho. - falou Marta.

- E a senhorita Patrízia? Gostaria de conhecê-la. - disse Morgan.

- Vamos entrar, ela estava acabando de se arrumar. - falou Runan.

Regressar ou escolher te amar?Onde histórias criam vida. Descubra agora