- Meu filho, calma, precisa tirar a foto. - disse Fiorella.
- Mamãe, quero comer os doces da vovó. - Luca respondeu.
- Luca, postura! Tem vermes?
- Mamãe, eu quero correr para brincar com os porquinhos.
- Mas hoje é o seu aniversário de quatro aninhos, deixa os porquinhos em paz.
- Filho, olha para o papai e dá um sorriso. - falou Noah.
Era o aniversário de Luca e todos estavam numa festa linda que era realizada próxima ao rio, embaixo daquela árvora onde agora quatro iniciais estavam escritas. V, P, N e F.
- Steban, a filha de vocês está enorme! - disse Fiorella.
- Ela já vai fazer três anos.
- Meu amigo, você merece toda a felicidade do mundo!
- Fiorella, achei que jamais voltaria a sorrir e vocês me devolveram a vida.
- Vocês estão felizes só de ver o brilho nos olhos, essa filha te trouxe o que precisava, uma nova oportunidade para prosseguir ao lado dela, a sua companheira.
- Eu sentia que precisava vir ao casamento da Antônia, parece que algo me empurrava para cá. - falou Any.
- Era o amor do Steban te chamando. Vamos comer bolo? Está muito bom! - falou Fiorella.
Todos celebravam a felicidade e Luca corria sem que ninguém percebesse, como ele amava cuidar dos porquinhos.
- Noah, onde está o Luca? - perguntou Fiorella.
- Ele estava aqui. - Noah respondeu.
- Aposto que foi para o chiqueiro, só vive com os porcos.
- Ele gosta, meu amor, disse que é o pai dos porquinhos.
- Pai? Noah, vamos atrás dele.
A festa estava linda, mas ele queria mesmo era acompanhar o nascimento de novos amiguinhos.
- Filho, saiu da festa para ficar no chiqueiro? - indagou Fiorella.
- Mamãe, olhe quantos, eles nasceram agora. - Luca respondeu.
- Noah, veja quantos porquinhos!
- O que vai fazer com todos eles, filho?
- Papai, vou vender na feira da cidade.
- Na feira?
- Sim! O senhor me leva? Quero negociar na feira de animais.
- Irá negociar os porquinhos? - Noah perguntou.
- E as galinhas também. Eu posso, papai? - indagou Luca.
- É claro que pode, eu te levo. Mas você sabe fazer isso? - questionou Noah.
- Papai, é claro que eu sei, já sonhei que vendia junto com o vovô Álvaro, era muito bom.
- Você sonhou? - perguntou Fiorella.
- Sim! Serei comerciante de animais. - o menino respondeu.
- Meu filho, a mamãe te ama, meu barrigudo!
Aquele sorriso gostoso deixava os pais sempre felizes, Luca era o amor maior, o ser que trouxe luz à vida dos dois e como aquela alegria contagiava à todos.
- Vovô, vamos, eu já estou na carroça. - disse Luca.
- Estou indo, meu amor. Onde está o seu pai? - perguntou Álvaro.
- Ele foi pegar o leite e as hortaliças.
- Não vamos vender somente os animais?
- Não, vovô, o papai falou que iremos para a feira livre.
- Nossa, vai ser divertido!
E lá foram os três na carroça, juntos mais uma vez.
- Nos esperem! - gritou Antônia.
- Papai, é a mamãe e a vovó, elas também irão, que bom! - exclamou Luca.
- Vocês iam nos deixar? - perguntou Fiorella.
- O que são essas cestas, Antônia? - indagou Álvaro.
- São doces, vamos vender na feira junto com vocês. - ela respondeu.
Agora todos estavam juntos e a farra na feira era como em vidas passadas.
- Vovô, vamos negociar os porcos com outra pessoas, ele ofereceu muito pouco. - disse Luca.
- Eu não entendo nada, Luca! - Álvaro falou.
- Confia, vovô, eu sei de todos os macetes.
- Ah, sabe? Meu Deus!
- Freguesa, olhe esses alfaces fresquinhos. - disse Fiorella.
- Vou querer dois pés. - disse a freguesa.
- E tomates? Estão docinhos! - perguntou Fiorella.
- Vocês são novos aqui na feira?
- Nessa vida, sim! - Fiorella respondeu.
Fiorella olhou para Antônia e piscou o olho, o sentimento de gratidão era imenso.
- Olha o doce, estão deliciosos! - falou Antônia.
- Oi, vou querer um de leite e outro de figo. - disse a freguesa.
- Estão aqui.
- Parecem ótimos, já virei freguesa!
- Papai, pega as galinhas, a freguesa está esperando, vamos perder a venda. - disse Luca.
- Calma, meu filho, elas são indomáveis! - respondeu Noah.
- O senhor doma cavalos e não consegue pegar uma galinha?
- Menino abusado!
E o dia foi como Luca havia imaginado, cheio de vendas, dinheiro no bolso e a sorte em ter aquelas pessoas ao seu lado.
- Veja, vovô, o meu porquinho está lotado de moedas, sou um menino rico! - exclamou Luca.
- Que maravilha! Agora senta aqui e come um pouco, eu comprei carne assada com farofa. - disse Álvaro.
- Oba, vem vovó!
- Estou indo, meu bebê. - respondeu Antônia.
- Meu amor, olhe o Luca, existe felicidade maior que essa? - perguntou Fiorella à Noah.
- Casa comigo, Fiorella? - indagou Noah.
- Pensei que nunca fosse pedir, eu espero desde que te reencontrei.
- Amo você! És a minha fonte inesgotável de amor, por onde eu me alimento dos seus beijos, dos seus abraços e do seu sorriso.
- Te quero, te amo e sempre irei te procurar.
O beijo no meio daquela feira onde se encontraram em um século passado, nada havia sido fácil, aquela história de amor que estava sendo vivida e que um dia foi interrompida, mas todos que estavam ali sofreram tanto e de forma tão cruel, que tudo agora era mérito, eles só queriam viver a felicidade.
Luca correu e abraçou os pais, estavam juntos, receberam uma nova oportunidade de poderem vivenciar o sentimento mais nobre que existia, o amor.
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Regressar ou escolher te amar?
RomanceAlmas que se procuram e amores que precisam ser vividos. Histórias marcadas por momentos fortes e carregados de emoções. Dois séculos diferentes, onde eles foram em busca do que tocava o coração. Valentin e Patrízia, Noah e Fiorella, vidas que se bu...