Revivendo

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Amanhecia e os galos estavam animados, tudo era novo para Álvaro.

- Nossa, parabéns pelas gargantas! - disse Álvaro.

- Bom dia, levanta preguiçoso!

- Mas já?

- Vamos tomar leite fresquinho, direto do peito da vaca?

- Mentira, tem isso aqui?

- Lógico! Tem vacas, porcos, galinhas, horta, pés de frutas e muito mais.

- É um verdadeiro paraíso!

- Se troca rápido, te espero na cozinha, já fiz o café, vou levar para o curral.

- E quem vai tirar o leite?

- Nós?

- Já deu tempo de você aprender?

- A Antônia me ensinou, relaxa, anda logo!

- Isso não vai dar certo!

- Vai sim!

Os dois se prepararam e desceram até o curral, mas nada era como Fiorella pensava.

- Bom dia, minhas vaquinhas, eu preciso de um pouco de leite. - falou a garota.

- Agora você conversa com vacas?

- Tem que ser simpática.

- Você sabe mesmo o que está fazendo?

- Lógico que sim! Só temos que colocar uma delas aqui e sentar naquele banquinho e tirar o leite.

- Bem simples!

- Álvaro, me ajuda, vamos pegar aquela.

- E ela vai deixar?

- A Antônia consegue.

- A Antônia sabe, mas nós não!

- Sabemos sim, me ajuda logo!

A batalha foi grande, as vacas estavam ganhando de dez a zero. Era um corre corre, uma gritaria e várias quedas, o confronto estava maravilhoso.

- Fiorella, é melhor comprarmos leite na caixinha, estou exausto!

- Para de ser molenga, Álvaro, você caiu mais do que ajudou!

- Falou a domadora de vacas!

- Bom dia, precisam de ajuda? - disse uma meiga voz.

- Antônia, você caiu do céu, ajuda essa teimosa, as vacas nos humilharam.

- Querem beber leite fresquinho? - perguntou Antônia.

- Queríamos, mas o Álvaro não me ajuda!

- Pode deixar, vou tirar para vocês.

Antônia fez tudo se tornar fácil e rápido.

- Era assim? Foi muito fácil! - disse Fiorella, admirada com a facilidade de Antônia.

- Fiorella, você fez tudo errado!

- Álvaro, bico fechado!

- Prontinho, o leite está nas canecas.

- Essas vacas não gostaram de nós. - disse Fiorella.

- Você assustou as pobres vaquinhas, a Antônia é um doce, olhe que delicadeza.

- Cale-se, Álvaro, a culpa foi toda sua!

- Minha?

- Não se preocupe, Fiorella, logo você pega o jeitinho. - disse Antônia.

Regressar ou escolher te amar?Onde histórias criam vida. Descubra agora