Doces lembranças

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Fiorella colocou os pés na varanda e flashs vinham a sua cabeça, era de quando a casa ainda estava sendo construída, eles viviam as primeiras emoções de terem uma vida em comum.

- Amor, nem sei o que dizer, a nossa casinha está sendo erguida. - disse Valentin.

- Logo estará pronta e poderemos ser felizes juntos. - respondeu Patrízia.

- Achei que você ia gostar que ela fosse aqui perto do rio, podemos sair na varanda e vermos esse cenário lindo.

- Ficou afastada da outra casa, mas estamos dentro do sítio.

- Aqui é o nosso lugar preferido, tem a nossa árvore, é o nosso cantinho.

- Podemos acordar e pular no rio, que sonho, meu amor!

Eram lembranças de uma antiga vida, onde ela viveu ao lado daquele que tanto amou.

- Fiorella, você está bem? - perguntou Noah.

- Oi? - indagou a garota.

- Você parece que saiu do seu corpo.

- Devo estar cansada da viagem.

- Vamos entrar, sinta esse cheiro.

- É muito bom mesmo! E aquela árvore? Que copa linda!

- Eu descanso embaixo dela quando estou exausto, é um dos meus lugares preferidos.

- Vocês ainda estão aí? Entrem! - falou Antônia.

- A casa de vocês é linda, acordar e olhar para esse rio deve ser incrível!

- É muito bom, você vai amar cada lugarzinho, esse sítio é cheio de encantos. - disse Noah.

- Antônia, que delícia! - exclamou Fiorella.

- A minha mãe tem mãos de ouro! - disse o rapaz.

- Filho, assim eu fico envergonhada.

- Mas é verdade! Fiorella, você tem que experimentar os doces e os bolos, nem sei explicar.

- A senhora tem muito talento, parabéns! - disse a garota.

- Leva esse pote de doce para você, é feito com muito carinho. - falou Antônia.

- Muito obrigada, a senhora é delicada, tive sorte em conhecê-la. Eu preciso ir, ainda nem conheço a minha casa.

- Você vai querer ficar aqui? No que trabalha? - perguntou Antônia.

- Eu sou jornalista.

- Por isso achei o seu rosto familiar, você faz reportagens impressionantes, é muito corajosa.

- Obrigada, eu adoro o meu trabalho, mas estava cansada, precisava conhecer esse lugar.

- Meu filho, leve a Fiorella na charrete.

- Vou me trocar e já volto, me espera. - disse Noah.

- Está bem. - falou Fiorella.

Após alguns minutos Noah desceu e levou Fiorella para casa, no caminho conversaram um pouco.

- Você vai passar quanto tempo aqui? - perguntou Noah.

- Acho que uns trinta dias. - Fiorella respondeu.

- Só isso?

- Preciso trabalhar, comprei esse sítio apenas para descansar.

- Você nunca mais vai querer voltar para a sua cidade.

- E por quê?

- Algo me diz.

- É mesmo?

- Sério!

Regressar ou escolher te amar?Onde histórias criam vida. Descubra agora