All for you - Maze Runner

Fulga

Thomas

Segui o garoto pelo tubo de ventilação e paramos em frente a uma das grades, ele pediu pra fazer silêncio e me aproximei enquanto olhava o movimento lá embaixo, não me parecia nada errado até ver uma médica entrar na sala junto com alguns enfermeiros que carregavam macas, provavelmente com corpos cobertos, olhei o garoto totalmente incrédulo com o que estava vendo.

- Isso são... pessoas?

- É parece que sim, e isso sempre acontece quando pessoas são escolhidas para irem ao tal refúgio... a verdade é que eu acho que ninguém nunca sai daqui.

Se isso fosse realmente verdade, estava me dando conta do grande problema em que estávamos envolvidos, aguardamos e depois de alguns minutos os médicos saíram juntamente com Janson e trancaram a porta, assim que se afastaram o menino me olhou.

- Vamos descer.

- O que? Você é maluco? Não temos como passar da porta.

- Temos sim, e a propósito me chamo Aris.

Ele falou levantando um crachá que possuía o código para entrar, como ele havia conseguido aquilo eu não fazia ideia, o vi descer pela grade e fiz o mesmo olhando ao redor para me certificar de que ninguém estava vendo, entramos no local e parecia mais como um espaço para pesquisas, continuamos andando e olhando ao redor até que a cena que presenciamos me fez paralisar.

- Meu Deus...

Várias pessoas conectadas a vários tubos, que pareciam extrair alguma coisa delas, pareciam estar mortos mas não deviam, senti vontade de vomitar ao pensar nas barbaridades que faziam com esses jovens, e a sensação piorou assim que vi uma garota com os cabelos castanhos tampando o rosto, Teresa, corri tirando os fios de cabelo de seu rosto e me senti um tanto aliviado quando percebi que não era ela, e acabava de me dar conta de que já fazia um bom tempo que não sabia onde ela estava ou com quem estava.

- Ela era do meu labirinto...falei que daria certo e que ela iria pra um lugar melhor.

Aris falou e me senti mal por eles, todos nós estávamos em perigo nesse lugar, precisava voltar para o quarto e avisar aos garotos, assim que me virei para voltar ouvi as portas serem destrancadas, corremos e nos escondemos imediatamente, Janson entrou com um médico falando algumas coisas que no momento não faziam muito sentido pra mim, então se posicionaram em frente a uma tela criada por projetor.

- Doutora Ava, é sempre um prazer... não achei que fosse entrar em contato tão cedo!

- Vamos dispensar formalidades Janson, eu quero resultados e não estou os obtindo.

Ava, era a mesma mulher que havia atirado na própria cabeça no dia em que chegamos, Cruel, nunca havíamos conseguido fugir deles, estávamos exatamente onde eles queriam que estivéssemos, isso era tudo uma farsa, engoli seco e senti cada parte do meu corpo arrepiar, precisávamos sair daqui o mais rápido possível.

- Estamos providenciando isso doutora, não precisa se preocupar.

- Providenciando? porque ainda não iniciaram os testes com os novatos? eu quero que comecem! Não me faça perder a paciência, cada dia que passa as coisas pioram!

- Começamos com os exames de sangue, ainda não sabemos bem quais deles são realmente imunes.

- Você acha que isso me importa? Antes eu diria pra não fazer ninguém sentir dor, mas não temos mais esse privilégio, as coisas estão piorando, teste todos! E os imunes sobreviverão.