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JOÃO NEVES
Hoje, voltamos para Lisboa. Eu vou estar um bocado ocupado por conta da seleção, mas isso não me impede de estar com a Magui, óbvio.
O problema é que essa miúda não pode ver o Ronaldo à frente, ainda lhe dá uma coisinha má!
Ela acordou primeiro do que eu então, enquanto fui tomar o pequeno almoço com o Lúcio, ela ficou no quarto à minha espera.
Como não tínhamos nada para fazer, optámos por ficar por casa e, ao fim da tarde, rumar para Sul.
Voltei para o quarto e deparei-me com a Margarida, toda contorcida, com uma expressão de dor, deitada na cama.
- Então, amor? Estás bem? - Questionei.
- Estou cheia de cólicas. - Afirmou. Presumi que o coisito tivesse vindo hoje, já que ontem estivémos o dia todo na praia sem qualquer problema.
- Queres que passe na farmácia num instante?
- Não é preciso, obrigada. - Respondeu. - Já tomei um ben-u-ron. A porcaria do comprimido enorme ia me resgando a garganta ao meio e ainda assim contínuo com dores.
- Achas que se me deitar ao teu lado a fazer-te miminhos ajuda? - Sorri-lhe.
- Ajuda sempre. - Sorriu-me de volta. - Obrigada.
Aconcheguei-me ao seu lado, dei-lhe um beijo na bochecha e fiquei a acariciar o seu cabelo.
- Esses calções são teus? - Questionei, vendo que a peça que vestia era alusiva ao Benfica e tinha o meu número.
- São. Comprei-os à pouco tempo. - Respondeu.
Sorri-lhe. Gosto de vê-la usar algum equipamento com o meu nome ou número, não sei porquê.
● ● ● MARGARIDA ROCHA
Não costumo ter cólicas, mas quando tenho, vêm com força.
Anyway, não podia passar o dia todo a dormir nos braços do João.
Quando percebi, já eram quase 14:00.
A adormecer no teu colo, dou uma volta ao tempo. Literalmente.
Ouvimos alguém abrir a porta. Era a minha mãe.
Ela sorriu mal nos viu abraçados.
- Adiantei-vos o almoço. Adormeceram os dois. - Afirmou.
