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𝐎𝐧𝐝𝐞 𝐞 𝐪𝐮𝐚𝐧𝐝𝐨 𝐩𝐫𝐞𝐜𝐢𝐬𝐚𝐫𝐞𝐬.
MARGARIDA ROCHA Alguns dias depois.
Eram 14:32, tinha agora acabado de chegar a Marselha.
Sentei-me num dos bancos do aeroporto e peguei no meu telemóvel de modo a orientar um plano para hoje.
Pode parecer muito repentino, mas ainda ontem falei com o Rubens, aquele amigo do João que veio morar para França, e supostamente ele vinha-me buscar ao aeroporto.
Após isso, vamos almoçar a um restaurante e a seguir vamos para o Estádio, onde eu vou tentar ficar um bocado com o Neves, já que não nos vemos à dois ou três dias e isso é torturante.
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- Então tu e o João conheceram-se porque tu eras uma gaja fanática a gritar num jogo de futsal? - Questionou o Rubens
Como disse, íamos almoçar juntos e era exatamente isso que estávamos a fazer, enquanto falávamos sobre o meu relacionamento com o 87 do Benfica.
- Basicamente. - Ri-me.
- Ele é bacano nessa perspectiva ou nem por isso?
- Porra, bacano é pouco. Ele é ganda miúdo, fogo, tive uma sorte do caraças. - Respondi.
- Não o consigo imaginar a namorar. Tipo, ele já teve uma ex, mas era muito vago, sabes? Pergunta-lhe sobre isso, ele não se vai importar em responder.
- Já pensei em perguntar, mas não sei, tenho medo que isso origine uma discussão.
- Claro que não! O João é bué chill, leva tudo na boa. - Afirmou.
- Sei lá, não quero parecer que estou a abusar. Ele é um ótimo rapaz, e sinto que não devia pedir mais do que isso.
- Essa insegurança é culpa de outro relacionamento, não é? - Perguntou o mais velho.
- Talvez seja.
- É perceptível. Mas ouve, nunca é pedir de mais por quereres conhecer o teu próprio namorado, é perfeitamente normal. Não cobres o mínimo.
- Tens razão. - Sorri-lhe.
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Chegámos ao Estádio do Marselha duas horas antes do jogo, como é habitual. O João não sabia que o Rubens estava comigo, então seria uma mini surpresa.
