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𝐚 𝐝𝐞𝐟𝐞𝐬𝐚 𝐞́ 𝐮𝐦𝐚 𝐝𝐞𝐦𝐨𝐧𝐬𝐭𝐫𝐚𝐜̧𝐚̃𝐨 𝐝𝐞 𝐚𝐦𝐨𝐫

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𝐚 𝐝𝐞𝐟𝐞𝐬𝐚 𝐞́ 𝐮𝐦𝐚 𝐝𝐞𝐦𝐨𝐧𝐬𝐭𝐫𝐚𝐜̧𝐚̃𝐨 𝐝𝐞 𝐚𝐦𝐨𝐫.

MARGARIDA ROCHA

Acordei com o barulho da porta a ser aberta, e quando reparei, era o Neves.

- Bom dia. - Aproximou-se de mim e deu-me um beijo na bochecha. - Dormiste bem?

- Yha. - Sorri. - Bom dia. Foste onde?

- Fui beber um cafézinho lá abaixo. - Respondeu, sentando-se no colchão virado para mim e puxando uma madeixa do meu cabelo para trás. - Queres que te traga alguma cena para pequeno almoço?

- Deixa estar, eu não costumo comer nada de manhã. - Disse.

- Oh, não vais ficar a manhã toda sem comer nada!

- Vou sim.

- Não vais não. - Ele ateimava.

- E porque não?

- Porque eu não quero.

- E porque é que não queres? - Ri-me.

- Porque faz mal.

- Preocupas-te comigo agora, é? - Sorri-lhe.

- Sempre me preocupei. - Respondeu, envergonhado. - Anda lá, vá.

- Está bem, está bem. - Cedi.

Levantei-me da cama e peguei na roupa que tinha vestido ontem, dirigindo-me até à casa de banho, onde me preparei.

- Foda-se. - Disse eu, ao ver o meu cabelo não ficar como queria.

Cenas que homens nunca vão entender.

- Tudo bem? - Ouvi o Neves questionar do outro lado da porta.

- Parece que acabei de fugir de um esgoto. - Choraminguei. - Socorro.

- Posso abrir? - Riu-se do meu desespero.

- Podes.

- Nah, 'tás gira. - Afirmou, encostando-se à porta agora aberta e observando-me através do espelho.

Apenas lhe sorri, ele deixa-me sem reação.

- Que se foda. - Disse eu. - Bora.

𝗥𝗘𝗔𝗟 𝗟𝗜𝗘𝗦 :: João NevesOnde histórias criam vida. Descubra agora