56 -Despertar.

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(Dallelah's Pov)

Acordo em um quarto completamente escuro, sentindo muita dor de cabeça e sede, além de uma tontura absurda quem fez ver o teto para o qual olhava, me fazendo fechar os olhos e me revirar na cama, começando a lembrar do que aconteceu antes de eu apagar, me fazendo sequer pensar duas vezes antes de me sentar na cama, checando minhas roupas pra baixo nos lençóis que me cobriam, agora, sendo uma de minhas camisolas, me deixando aliviada por alguns instantes, instantes esses que logo se acabam, quando os flashs voltam a assombrar minha mente, me fazendo não ter certeza se... Ele...

Maldito

Desgraçado

Eu... Eu vou...

Droga... Será que... Aconteceu?

Merda... Merda... Merda...

Eu... Vou mata-lo... Se... Ele fez mesmo isso comigo... Eu... Vou o matar...

Minha mente está perturbada, e me sinto suja, então me levanto, sentindo algo quente escorrendo por meu rosto enquanto me sinto trêmula, com ódio, dúvida, nojo, e acima de tudo, medo da verdade...

Maldita seja eu por ter me deixado beber aquilo...

Tento levantar, caindo e esbarrando no que parecia um móvel ao lado da cama, por algum motivo, sentindo minhas pernas fracas e um enjôo desgraçado, não conseguindo de jeito nenhum segurar as lágrimas, me fazendo me encolher em posição fetal na beira da cama onde cai, sem forças para nada além de chorar e me praguejar, amaldiçoando-me, tanto a mim mesma quanto aquele desgraçado.

Ouço barulhos vindo do lado de fora do quarto, seguidos da porta abrindo abruptamente, dela me fazendo ver uma figura alta contra a luz.

-Da... Lelah? - Ouço meu nome ser dito e então me encolho um pouco, talvez por reflexo, pensando no que fazer caso se aproxime e tente me machucar também...

{Dallelah} -Se aproxime... E... Eu... Mato você... -Falo entrecortado, tateando o móvel que esbarrei antes, procurando algo que possa usar para me defender, sentindo ainda mais enjôo.

A luz do quarto é acesa, e então vejo Alucard, parado ainda na porta com a mão no interruptor, me olhando com uma expressão que eu nunca havia visto antes em si.

{Dallelah} -M-me... Desculpe... -O noto se aproximar com um passo bem receoso, como se ponderasse, se deve ou não. -Eu... -Tento me levantar.

Ele então se aproxima com certo receio, me pegando pelas mãos, mantendo certa distância, me erguendo, de modo que eu me sente na cama, passando rapidamente a mão no rosto, tentando me estabilizar, enquanto ele se senta ao meu lado.

{Alucard} -O que...

{Dallelah} -Onde... Ele está?

{Alucard} -Quem? Oh... Sim... Bem, está morto. -Sua resposta me dá certo alívio, mas ainda me deixa com receio, dúvida e acima de tudo nojo, ainda me fazendo querer chorar.

{Dallelah} -Eu vou... Tomar banho. -Falo baixo, olhando para meus próprios dedos sob meu colo.

{Alucard} -Por que não come algo primeiro? Sabe... Faz um dia e meio que...

{Dallelah} - An?! -Questiono em choque, o olhando.

{Alucard} -Você... dormiu por um dia e meio, hoje é domingo de tarde, seja lá o que tomou era forte. -O noto falar de forma lenta, em um tom receoso.

Dear AlucardOnde histórias criam vida. Descubra agora