18- Dia de sol

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(Dallelah's Pov)


Aparentemente, como reação positiva a minha mão em seu rosto, ele repete o gesto em mim, acariciando minha bochecha que a essa altura já queimava, com o polegar.

Meu coração que antes batia mais forte, descompassou de vez ao notar ele se aproximando, e sabendo que deveria tomar uma atitude para que o que eu tanto queria acontecesse, fiz a coisa mais simples, porém que mostrasse minhas intenções naquele momento.

Minha mão que antes estava em seu rosto tão pálido quanto a lua que eu sempre amei observar, desceu para seu pescoço, o que fez com que ele entendesse o recado, assim, começando um beijo caloroso e necessitado.

Assim que os seus lábios gelados tocaram os meus, senti meu nervosismo e todos os outros pensamentos e coisas ruins irem embora, ficando só a sensação boa, de finalmente ter o que tanto pensava e desejava secretamente.

Com sua mão que ainda segurava a minha, ele junta de vez nossos corpos, me fazendo sentir cada detalhe de si, o que só então parece ter feito a minha ficha cair.

Eu não estava sonhando, aquilo realmente estava acontecendo, naquele momento, naquela cozinha, eu estava sendo beijada por quem tanto quis...

Embora tenha beijado algumas pessoas no ensino médio, eu realmente nunca provei algo como isso, seu beijo era intenso na medida certa, e me fazia desejar mais a cada  instante, fazendo com que naquele momento eu estivesse completamente entregue ao vampiro, que ainda tendo seus lábios no meu, começou a me guiar para uma das cadeiras que estávamos, onde ele sentou primeiro e me puxou para si, dando a entender que queria que eu sentasse, para assim facilitar nosso beijo já que em pé daquele jeito, nossa diferença de altura não favorecia muito.

Talvez por já estar cega pelo desejo, e perdida pelo vampiro, cedi sem hesitar, sentindo sua mão que antes segurava a minha a soltar e pousar em minha coxa, por cima da minha roupa, coloquei então minha mão livre em cima da sua, para ainda sim, manter o contato com ele, que menos de alguns segundos depois, parou o nosso beijo.

{Alucard} -Tem alguém vindo...

Antes que ele pudesse falar mais alguma coisa, eu o soltei, e rapidamente levantei do seu colo, sentando então na cadeira mais próxima, pegando a taça de vinho e lhe entregado para que pelo menos tentássemos fingir que não estávamos fazendo nada além de beber.

Nos encaramos por alguns segundos e embora mil coisas estivessem passando pela minha mente eu não consegui falar nada.

{Alucard} -Está tudo bem? Me desculpe se...

{Dallelah} -N-não! D-digo, si-sim, está tudo bem! Não se preocupe...

{Alucard} -Mas eu não queria ser...

{Dallelah} -Eu já disse que está tudo bem. -Falo pousando novamente uma das mãos em cima da sua que estava na mesa, enquanto eu sorria terna, tentando me manter estável, sem demonstrar o turbilhão de sentimentos que estavam tomando conta de mim naquele momento.

Antes que ele pudesse falar mais algo, Walter aparece na cozinha.

{Walter} -Ah, boa noite, eu não sabiam que estavam aqui ...

{Dallelah} -Boa noite Walter...

{Walter} -Se eu soubesse que estava aqui, teria vindo a servir senhorita.

{Dallelah} -Está tudo bem, eu estava com fome mas já me alimentei, e acabei perdendo a noção do tempo conversando e bebendo vinho com Alucard. -Falo com um sorriso para disfarçar. -Onde está Íntegra?

Dear AlucardOnde histórias criam vida. Descubra agora