Baile de Mascara

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CAPÍTULO TRINTA E NOVE

Não revisado.

Há algo mais lindo do que enganar um inimigo.

As exatas cinco horas da madrugada o avião pousava na pista nos pais do Egito. Era uma grande coisa e a comissária já viu muitos desses passageiros, indo e vindo em busca do de conhecer o país, assim como outra coisa. Mas em diferente cultura e diferentes rostos ela nunca viu um rosto tão feito e tão medonho como esses dois homens que ela acabara de desabraçar.

Os dois eram corcundas, possuía a pálpebra baixa, um mancava de uma perna, o outro possuía o rosto cheio de espinha. O homem que falava com os dois que provavelmente era seus filhos, podia se ver pela semelhança dos cabelos, a cor dos olhos.

— Nossa! Coitados — ela olha para a colega ao lado. — O pai deve sofrer com isso.

Elas observam os três entrarem na estação sumirem como qualquer outro passageiro.

Conformem às três pessoas passavam pelo aeroporto com suas bagagens nas mãos, muitos direcionaram olhares de repugnância, ou de complacência, alguns de simpatia. As pessoas paravam o que estava fazendo e observam os três entrarem no taxi.

— É por isso que não queiramos vir pai. — O motorista olhava disfarçado para o espelho retrovisor.

— Eles nos encaram como se fossemos uma aberração.

— Meninos, estamos aqui porque a família da mãe de vocês quer conhecer os netos. — O motorista simpático e se compadecia dos três.

— É a primeira fez de vocês no Egito? — os meninos abaixam a cabeça escondendo o rosto no capuz.

— Sim. A mãe deles morreu no parto dos dois. — O taxista não sabia o que dizer. — Desde então somos nós três contra o mundo. Os trouxe porque é a avó deles quer conhecê-los.

— Podemos ficar no hotel? Pai por favor. — O de capuz verde implorar enquanto o outro encarava a janela do carro.

— Melhor um hotel nunca saberá quando vamos ser expulso. — Mesmo com seu pouco entendimento da língua inglesa, o motorista entendeu o que os garotos falavam.

— Por favor, — meu desguiando o pai cedeu as súplicas de seus filhos. — Gostaria que nos deixassem no melhor hotel... não. Nos resorts.

— Criança não leve a mau o que vou dizer — ambos os garotos encaravam o homem — Haverá uma festa fantasia no melhor hotel resort e como humano somos falhos na maioria das vezes. Acho que vocês deveriam ir a essa festa.

O sorriso dos meninos era contagiante.

— Será como o Halloween. — O rosto do pai se entretece por um segundo. — Ninguém olhara para nós com cara de nojo ou de repulsa.

Em meia hora de trânsito o carro para em frente ao hotel resort, o motorista ajuda a despachar as malas. Ele acena para o pai e se despede dos garotos. Assim que os três faz o check-in, fazendo a confirmação de entrada no estabelecimento.

Ao lado uma mulher gorda com as bochechas e parecia que possuía um segundo queixo esbarra nos garotos e os encara com raiva.

— Olha por onde anda coco de gente. — Os dois garotos pareciam chocado observando a mulher gorda pegar elevador com duas malas ao reboque.

— Se somos coco ela poderia ser coco de elefante. — Antes de começar a rir as mãos de seu pai apertam seus ombros com força os fazendo estremecer. — Acho bom serem educados, porque se ele souber que a ofendeu... — pontos de interrogação não eram necessários.

Jordan Montinny ( Os Montinn 'S Lviro -5)Onde histórias criam vida. Descubra agora