A morte do Dr. José Ricardo

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Diário,
   Logo de manhã foi o enterro do Dr.José Ricardo, ele era o Dono do Orfanato. Então mesmo que não tivesse aula tive que acordar cedo, o que foi um saco.

Binho-Esse foi o primeiro e último enterro da minha vida. Esse negócio de cemitério, caixão, não é para mim, não.

Rafa-Nem pra mim. Esse negócio de entrar no cemitério, me dá uns arrepios.

Mosca-Não vai dizer que vocês tem medo de fantasma? Úooooo!

Thiago-Ou de mortos-vivos?

-Para, Thiago, não tem graça.

Rafa-Vai dizer que vocês não têm medo de alma penada?

Thiago-Eu não. Nunca vi um.

Samuca-Claro que não fantasmas não existem.

-Isso é o que você pensa.

Samuca-Já viu um por acaso.

-Sim, ele mora aqui no orfanato. E durante a noite ele navega pelos quartos procurando a próxima vítima.

   Um barulho

Binho-Que barulho foi esse? É o fantasma, né? -diz com medo-

  Na verdade eram os vizinhos jogando de novo na frente do orfanato. Os meninos saíram e foram brigar com os vizinhos, mas eu tenho uma mínima consciência que a Carol ia ficar puxando meu pé. Então não foi com eles.
  Aí, eu, a Maria e a Laurinha fomos ver como o fantasma estava.

Maria-Fantasma! Fantasma?

   Encontramos ele de cabeça baixa sentado na cama.

-Eu acho que ele está triste, meninas.

Maria-É.

Laurinha-Por que você está triste?

Maria-É porque o dono do orfanato morreu?

Fantasma-Não, meninas. Eu sinto muito pelo dono do Orfanato, mas não é por isso que estou triste.

-É porque então?

Fantasma-Sabe, eu... eu perdi uma pessoa que gosto muito...

Laurinha-Ah, eu sei como é isso. Não consigo ficar longe da Victória e da Maria por muito tempo.

Maria-Já sei! Por que não vem atrás dessa pessoa que você está com saudade, igual eu e a Vic fez com a Laurinha?

Fantasma-Maria, foi a primeira coisa que eu fiz, mas não consegui encontrar nada.

-Você tem certeza que procurou direito?

Fantasma-Eu não sei mais o que fazer.

   Então a Maria fez um sinal com a mão que indicava: Abraço. E aí, eu e as meninas abraçamos o Fantasma. Voltamos para o lado de cima do orfanato e as meninas me falaram que ia ter uma competição do pessoal do Orfanato com os vizinhos em uma gincana. Tipo uma revanche. Primeiro:  guerra de braço.

Janjão-Não é justo a juíza da competição será cuidadora de vocês.

-Pode ficar tranquilo...

Ernestina-Ô, metidinho. Não é porque eu cuido dos órfãos que vou dar moleza para eles.

Mosca-É mais fácil ela roubar pra vocês do que pra gente.

Ernestina-Se você quiser ficar na competição é melhor ficar quieto... Mosquito.

   Vizinhos riram.

André-Óla, "Mosquito". Gostei.

Ernestina-Vamos parar com essa discussãozinha boba. Que vença o melhor.

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