Diário,
Ao acordar, tomei um banho e fiquei no quarto com a Maria e Laurinha.Maria-Você descobriu quem nos ajudou no túnel?
-Não. Ainda não. Mas aquele lampião não surgiu de repente, alguém pôs lá, e eu vou descobrir.
Laurinha-Bom, eu espero que consiga, estou super curiosa.
As vezes é estranho conversar com a Laurinha. Sabe, ela é uma boneca que vira humana. Ainda não me acostumei.
Fui para a sala.Thiago-Oi, Vic.
-Oi. Que caixas são essas?
Rafas-São todos os doces do casamento.
Ontem foi um desastre, mas pelo menos TODOS os doces que o Chico fez para o casamento foram devolvidos. Tinha umas 30 caixas só com docinhos da festa/catástrofe.
-Isso é muita coisa!
Pata-Por isso nós vamos dar para os moradores de rua.
-Posso ir?
Thiago-Claro!
Nós nos separamos, Ana, Pata e Rafa iam para um lado, enquanto eu, Binho, Mosca e Thiago para outro. Saímos do Orfanato e começamos a distribuir.
Thiago-Foi bem da hora dar comida para eles.
Binho-Viu a cara das crianças quando viram os doces?
-Elas ficaram super felizes.
Mosca- Isso lembra os tempos que a gente morava na rua.
Binho-Era bem difícil!
*Choro de bebê*
Mosca-O que é isso?
Thiago-Parece choro de bebê.
-Está vindo dali. -apontei para uma moita-
De repente o Mosca saí de lá com um bebê nos braços.
Mosca-Olha só.
Thiago-Um bebê?
-Não, um monstro de três cabeças que vai nos matar. Óbvio que é um bebê.
Mosca-Me ajuda gente! Eu não sei cuidar de criança.
O bebê simplesmente NÃO PARAVA de chorar!
Mosca-Segura aí, Thiago.
Thiago-Eu não!
Binho-Eu também não. Tenho medo de deixar ele cair. Baita covardia abandonar um bebezinho desse.
-Pode crer. Mas e agora o que a gente faz?
Mosca-Vamos voltar para o Orfanato. O Chico e a Carol vão saber o que fazer. Vamos logo!
Chegando no Orfanato.
Pata-Mas de onde vocês tiraram esse bebê?
Mosca-A gente encontrou na rua.
Vivi-O quê? Quem faria uma coisa dessas?
Silêncio
Vivi-Ah, a gente é orfão, né?
Bia-Mesmo assim gente, é difícil acreditar se alguém teria coragem de abandonar uma bebezinha.
Tati-Eu posso segurar um pouquinho.
Chamamos a Carol.
Mosca-Calma Carol, a gente pode explicar tudo.
Binho-A gente encontrou ele na rua.
-A gente tentou de tudo. Mas ele não para de chorar. Eu não aguento mais esse barulho!
Carol-Temos que avisar a polícia, o Juizado de Menores, né? Meu Deus ele é fofinho!
Ana-Quantos anos ele deve ter?
Carol-Acho que uns 11 meses ou 1 ano.
Levamos ele para cozinha e o Chico fez um tipo de papinha e deu para o bebê comer.O Thiago e o Mosca saíram para comprar fraudas e coisas de bebê.
Mili-Você é tão linda, que parece uma bonequinha.
-Ela? Não é um menino?
Binho-Eu acho que é macho.
Rafa-Então vamos chamar ele de Chiquinho!
-Porque Rafa?
Rafa-Seria uma homenagem para o Chico, que cozinha para a gente todos os dias, com tanto carinho.
Binha-Se for menina, a gente chama de Ernestina, porque ela cuida da gente.
-Cuidar, ela cuida. Mas cuida bem mal, né? Não merece homenagem nenhuma.
Thiago-Chegamos!
Rafa-Até que fim.
A Carol saiu e nos deixou sozinhos. E aí, ele fez o número 2.
Mosca-Por onde a gente começa?
-Eu não faço a menor ideia.
Pata-A Carol tinha que subir bem agora?
Binho-Calma, a gente pode fazer isso sozinho.
-É Binho? Então diz aí, por onde a gente começa.
Binho-A gente pode tirar a frauda.
Vivi-Mas como faz isso?
Mili-Talvez eu consiga. Já ajudei a tia Sofia a trocar um bebê que veio para aqui.
Bia-Vai em frente.
Eu NÃO vou descrever o cheiro daquilo. Mas, era um menino! No fim, conseguimos, e ainda demos um banho caprichado nele. Tá, o banho foi numa bacia, mas ele gostou.
Anoiteceu e vou tentar dormir. Ainda escuto o choro dele.
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TUDO JUNTO E MISTURADO!
AcciónVitória, é uma menina valente e destemida, porém como nem tudo é perfeito, Vitória vive sendo odiada por seus pais, assim fugindo de casa e morando nas ruas, como será que essa história termina?