Trinta e cinco.

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RECOMENDO A LEITURA AO SOM DE NO BODY, NO CRIME DA TAYLOR ❤️


Tudo parecia tão calmo nos últimos dias. Com Ricardo ainda sob custódia da polícia, não haviam mais corpos, flores, bilhetes. Tudo parecia voltar aos eixos aos poucos. A investigação seguia firme, com a polícia encontrando cada vez mais evidências da autoria de Ricardo de todos aqueles crimes.

Verônica e Anitta estavam no escritório, rodeadas de documentos e fotos do caso. Anitta estava focada em seu computador, enquanto Verônica analisava um conjunto de relatórios e depoimentos.

Era nítido que estavam cada vez mais próximas, após o show particular de Paulo, Anita não deixava Verô sozinha. Não queria assustar a morena, mas tinha medo de que ele tentasse algo. Não se esqueceria jamais do olhar do homem, da sua agressividade, de como parecia descompensado.

Verô por sua vez, ia acessando aos poucos outras partes da delegada, que ia mostrando sua camadas com calma. Verônica sabia que existia muito ali, começava a entender alguns porquês, alguns comportamentos, mesmo sem saber exatamente os motivos.

Os sentimentos estavam ficando cada vez mais nítidos, a vontade de estar perto era cada vez mais forte, mas elas ainda eram quem eram, então suas bocas permaneciam caladas.

Verônica só notou que admirava Anita depois de algum tempo, quando a delegada a encarou de volta, com um sorriso desafiador nos lábios.

- Perdeu alguma coisa aqui, escrivã? - Seu tom carregava uma falsa prepotência bem humorada.

Verônica sorrriu. Não podia negar que adorava brincar de gato e rato com a loira.

- Ah delegada, você nem imagina!

Anita sorriu abertamente, algo que sempre fazia o coração de Verônica bater de forma descontrolada.

- Foco, escrivã! - Anita disse, se esforçando para voltar a sua atenção ao que estava fazendo.

Verônica se levantou, se aproximando da mesa de Anita com um mapa nas mãos e uma postura profissional.

- Certo, Parece que conseguimos ligar Ricardo a mais alguns dos locais onde as vítimas foram encontradas - disse Verônica, segurando o mapa que estava marcado com pontos vermelhos. - Testemunhas dizem que o viram nas proximidades nos dias anteriores aos crimes.

- Testemunhas... - Anitta suspirou, inclinando-se para frente. - Elas são importantes, mas ainda não são provas concretas. Precisamos de algo mais substancial.

Verônica assentiu, folheando os documentos em busca de algo relevante.

- E tem mais isso - ela disse, puxando um envelope de papel pardo. - Recebemos registros de chamadas que mostram que Ricardo estava em contato com as famílias das vítimas após os assassinatos. As ligações não duraram muito, mas são um indício.

Anitta olhou para Verônica com atenção renovada.

- Isso é bom. Ainda circunstancial, mas adiciona à nossa pilha de evidências.

- Também encontramos uma coleção de livros sobre métodos de envenenamento na casa de Ricardo - continuou Verônica. - Não que seja ilegal ter livros, claro, mas considerando que algumas das vítimas apresentavam sinais de intoxicação.

CRAWLING - VeronitaOnde histórias criam vida. Descubra agora