CAPÍTULO 11

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"Aproveite o seu medo... ele pode te levar para o lugar onde você guarda sua coragem."

─ Amelia Earhart

Estou sentada no sofá da sala de reuniões enquanto Spencer está no telefone com alguma biblioteca que tem a edição do livro.

Hotch foi até a casa de Elle para investigar.

─ Spencer... deixe que eu... ─ antes que possa continuar a falar ele faz um gesto com a mão para que eu pare de falar.

Depois de eu quase desmaiar, Spencer não quer que eu mexa nem um dedo, depois que meu pai ligou a minha encomenda até a minha doença todos não querem que eu me esforce muito.

─ Sra. Valez, você está aí? ─ Spencer fala ao telefone.

Sim, Dr. Reid, estou. ─ a bibliotecária responde ─ Tenho uma primeira edição do colecionador, publicada na Grã-Bretanha em 1963.

─ Maravilhoso, Sra. Valez, vou ler para você um conjunto de 3 números, O primeiro será um número de página, o segundo, um número de linha nessa página e o terceiro, um número de palavra nessa linha. Você me entende?

Sim, eu entendo.

─ Tudo bem, a primeira é a página 222.

Página 222. entendi.

─ Linha 23.

Linha 23. entendi.

─ Qual é a 16ª palavra dessa linha, Sra. Valez?

O.

─ O? Ótimo. Página 91, linha 11, palavra 13.

Caminho. Isso faz sentido?

─ "O caminho." Sim, isso absolutamente faz sentido, Tudo bem, por favor vá para a página 31...

[...]

O caminho para o fim começou no início. ─ recito, sentada ao lado de Spencer. ─ Para encontrá-la primeiro, acalme seu coração partido há muito tempo. Ela está sentada numa janela com segredos do seu cavaleiro.

─ É a aventura que a mantém fora da vista dele? ─ Spencer questiona.

─ É um enigma. ─ respondo. ─ Começou no início.

O mais novo tem a chave. ─ ele fala. Senta-se numa janela. Segredos, aventura. Segredos do seu cavaleiro? Senta-se na janela. Ela as chama de suas aventuras. Sempre seria noite, mas sempre dia claro. Isso seria... uma luz brilhante? ─ ele pergunta.

Sempre seria noite, mas é sempre claro... VEGAS!

Senta-se na janela
A GRANDE JANELA.

O mais novo tem a chave
SPENCER.

─ Tudo faz sentido. ─ passo minhas mãos sobre o rosto, tentando aliviar minha hiperatividade. ─ Spencer, alguém entregou o pacote na recepção para você. "Nunca é noite em Las Vegas."

─ O que? ─ ele parece confuso.

Levanto-me abruptamente e pego o telefone.

─ Preciso entrar em contato com o escritório local mais próximo de Las Vegas, Nevada, imediatamente. Oi, meu nome é Florence Gideon e estou aqui com o Dr. Spencer Reid da unidade de análise comportamental de Quantico. Olha, preciso que a mãe dele seja recolhida e levada para a Virgínia sob custódia protetora o mais rápido possível. ─ vejo o olhar atordoado de Spencer. ─ Estamos procurando um suspeito que atirou em um de nossos agentes hoje, e acho que ele talvez a conheça. Acredito que ela possa estar em perigo. Ela está no Sanatório Bennington em Las Vegas. O nome dela é Diana Reid, ela é paciente lá. Se necessário, fale com Amanda Jones, ela é voluntária e está cuidando de Diana neste momento.

[...]

─ Esqueci que ela sempre lia esse poema para mim. ─ Spencer quebra o silêncio entre nós dois ─ É engraçado, né?

─ Engraçado? ─ pergunto, olhando para ele com curiosidade.

─ Deveria ter percebido antes disso. Ninguém sabe coisas como o fato de JJ colecionar borboletas, exceto eu. ─ ele dá um sorriso triste ─ As pessoas me contam seus segredos o tempo todo. Acho que é porque sabem que não tenho ninguém a quem trair... exceto minha mãe. Eu... eu conto praticamente tudo para ela. Acho que ninguém mais se importaria. Você sabia que eu escrevo uma carta para ela todos os dias?

─ Sabia ─ respondo suavemente, encontrando seu olhar ─ ela ama ler suas cartas.

─ Escrevo para não me sentir tão culpado por não visitá-la. ─ ele confessa, olhando para longe por um momento ─ Você sabia que a esquizofrenia é transmitida geneticamente?

─ Ela entende por que você não pode visitá-la, Spencer. E você deveria saber que há uma grande probabilidade de você não desenvolver esquizofrenia, então pare de se culpar tanto ─ respondo, tentando reconfortá-lo.

─ Obrigado ─ diz ele simplesmente, com um olhar grato ─ nós nos conhecemos há tão pouco tempo, mas... ─ ele sorri, como se uma ideia o tivesse atingido ─ é como se já nos conhecêssemos há muito tempo.

─ Talvez seja porque estamos tão em sintonia - brinco, tentando aliviar o clima.

Em um gesto inesperado, Spencer me abraça. No início, fico surpresa, mas logo me envolvo no abraço, sentindo uma onda de calor e familiaridade.

Sinto seu coração bater contra mim e nossas respirações se sincronizam.

𝐅𝐋𝐎𝐑𝐈𝐃𝐀!!! | 𝘈 𝘊𝘳𝘪𝘮𝘪𝘯𝘢𝘭 𝘔𝘪𝘯𝘥𝘴 𝘍𝘢𝘯𝘧𝘪𝘤Onde histórias criam vida. Descubra agora