"Os filhos dos homens, dentre todos os animais jovens, são os mais difíceis de serem tratados."─ Platão.
─ É por isso que você está tão magro, sabe? ─ Diana entrou na sala acompanhada de alguns policiais, seu olhar direcionado para Spencer com uma xícara de café em mãos. ─ Muito café.
─ Muito obrigado, pessoal. ─ Spencer disse para os policiais. ─ Eu estou com ela.
─ Você sabe que tenho medo de voar. ─ ela continuou com um tom de voz agressivo. ─ Teve uma crise, está se regulando.
─ Eu sei, mãe. Desculpe. ─ Spencer passou a mão pelo cabelo, visivelmente nervoso.
─ Bem, então por que você fez aqueles fascistas me prenderem? ─ ela perguntou.
─ Mãe, eles não são fascistas e você não foi presa. Estou tentando proteger você.
─ Forçando-me a fazer a única coisa que me assusta mais do que qualquer outra coisa? ─ ela argumentou.
─ Na verdade, ─ interrompi ao lado de Spencer para tentar ajudá-lo ─ fui eu quem pediu para trazê-la.
A sala cai num silêncio tenso até que Penélope irrompe, visivelmente intrigada.
─ Poderia ser isso...? ─ ela entra, olhos arregalados ─ Oh meu Deus.
─ É aqui que você trabalha? ─ Diana pergunta a Spencer, curiosa.
─ Minha mesa está ali na área do bullpen. ─ Spencer aponta para o local.
─ A mesa é redonda. ─ comenta Diana, passando os dedos sobre a mesa de reuniões.
─ Assim como escrevi para você em minhas cartas. ─ Spencer responde, nostálgico.
─ Sim, exatamente como nas suas cartas. ─ Diana confirma, enquanto se aproxima do quadro e pega a chave que Spencer recebeu.
─ Mãe, não! Não pode pegar coisas do quadro. Esta chave é evidência. ─ ele retira a chave de suas mãos, colocando-a de volta no quadro. ─ O suspeito que estamos procurando... Ele sabe coisas sobre a vida pessoal dos meus colegas, coisas que só você saberia. Você escreve sobre eles em seus diários?
─ Meus diários não são da conta do governo! ─ Diana exclama, visivelmente agitada.
─ Eu não sou o governo, mãe. ─ Spencer respira fundo.
─ Por que você me trouxe aqui, Spencer? ─ pergunta Diana, com uma pitada de desconfiança.
─ Preciso fazer algumas perguntas sobre um homem que acho que você pode conhecer. Ele está envolvido em homicídios e mantém uma garota como refém.
─ Você acha que eu conheço alguém assim? ─ Diana parece surpresa.
─ Poderia apenas assistir ao vídeo e ver se ele parece familiar para você? ─ sugere Spencer, tentando manter sua atenção. ─ Garanto que todos entenderão por que é necessário.
─ Você o conhece? ─ Spencer pergunta, esperançoso.
─ Tenho certeza de que é Randall Garner. ─ responde Diana com firmeza. ─ Ele estava no hospital comigo. É um homem emocionalmente perturbado.
Spencer olha para mim, questionando se o reconheço também, e balanço a cabeça negativamente. Randall deve ter recebido alta antes de eu começar a trabalhar lá como voluntária.
Antes que pudéssemos discutir mais, Hotch, Morgan e JJ entraram na sala.
─ Pouco antes de os agentes me tirarem do hospital, um homem me entregou isto. ─ Diana diz, capturando nossa atenção, mostrando uma foto de uma casa com um endereço no verso.
─ Shiloh, Virgínia? ─ Spencer comenta.
─ Fica apenas a 16 quilômetros daqui. ─ eu explico rapidamente.
─ É isso, pessoal. Vamos. ─ decide Hotch.
─ Vai, eu fico com ela. ─ digo para Spencer, determinada.
Ele me olha por um momento, preocupado, mas acaba assentindo.
─ Cuidem-se. ─ digo antes da equipe sair.
Fico ao lado de Diana, pensando no que poderia aguardar eles em Shiloh.[...]
─ Elle saiu da cirurgia, princesa ─ Derek para ao meu lado afagando minhas costas ─ Ela vai ficar bem.
─ Bom ─ respondo, aliviada ─ Meu pai ainda está no hospital com ela?
─ Sim.
─ E como está Rebeca? ─ pergunto preocupada.
─ Ela está no hospital, mas deve estar bem. ─ Derek responde.
─ Fisicamente, talvez. ─ murmuro, pensando nos traumas emocionais que ela deve estar enfrentando.
─ Obrigado a todos. ─ Hotch entra na sala e todos param para ouvi-lo ─ Todos vocês.
Aceno em resposta.
─ Bem, só poderíamos ter ido até certo ponto sem a Sra. Reid. ─ comento, reconhecendo a importância da mãe de Spencer na resolução do caso.
─ Mãe, nós a encontramos. ─ Spencer se dirige a ela com gratidão ─ Rebecca está segura. Você nos ajudou a salvar a vida dela.
─ Já é hora do almoço? ─ Diana questiona de repente.
─ O que? ─ Spencer fica confuso com a mudança de assunto.
─ Estou dando palestras para todos sobre Tristan e Iseult. Eles estão todos reunidos no meu quarto depois do almoço. ─ ela explica com um sorriso.
─ Posso assistir à palestra também? ─ Spencer pergunta, tentando acompanhar o raciocínio de sua mãe.
─ Você leu algum material? ─ Diana arqueia uma sobrancelha desafiadora para ele.
Spencer olha para mim antes de responder.
─ Eu terei ajuda. ─ ele responde, esperançoso.
─ Maravilhoso. ─ ela diz, satisfeita.
É um alívio ver Diana tão serena e interessada em sua palestra, mesmo após os acontecimentos recentes.
Aaron me chama para sua sala com um gesto discreto, e eu o sigo prontamente, fechando a porta atrás de mim. Seu olhar sério não passa despercebido enquanto nos sentamos.
─ Birdie, eu queria conversar com você. ─ ele começa, seu tom calmo e ponderado.
─ Claro, Aaron. ─ respondo, curiosa sobre o que ele tem a dizer.
Ele suspira antes de continuar.
─ Eu sei que Jason tem suas razões para não querer você na equipe. Não concordo com todas elas, mas ele é o chefe, parecendo que não. ─ diz ele, escolhendo cuidadosamente suas palavras.
Assinto, percebendo que Aaron está tentando equilibrar suas obrigações com sua opinião pessoal.
─ Mas quero que saiba que eu adoraria continuar trabalhando com você aqui em Quantico. Você trouxe uma perspectiva única e um talento excepcional para a equipe. ─ ele diz sinceramente, olhando diretamente para mim.
Seu apoio é reconfortante, e sinto gratidão por ele valorizar minha contribuição.
─ Obrigada, Aaron. Significa muito para mim ouvir isso. ─ respondo, sentindo-me mais relaxada sabendo que tenho seu respaldo.
Ele assente, um leve sorriso surgindo em seus lábios.
─ Continue mostrando o que você pode fazer, Birdie. Estamos aqui para você, independentemente de onde você estiver. ─ ele conclui.
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𝐅𝐋𝐎𝐑𝐈𝐃𝐀!!! | 𝘈 𝘊𝘳𝘪𝘮𝘪𝘯𝘢𝘭 𝘔𝘪𝘯𝘥𝘴 𝘍𝘢𝘯𝘧𝘪𝘤
FanfictionO poeta Saint-John Perse escreveu: "Os pássaros guardam entre nós alguma coisa do canto da criação." A leveza do pássaro comporta, entretanto, como acontece frequentemente, um aspecto negativo. Florence Bird Gideon, após ser rejeitada sete vezes pel...