CAPÍTULO 12

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"Os filhos dos homens, dentre todos os animais jovens, são os mais difíceis de serem tratados."

─ Platão.

─ É por isso que você está tão magro, sabe? ─ Diana entrou na sala acompanhada de alguns policiais, seu olhar direcionado para Spencer com uma xícara de café em mãos. ─ Muito café.

─ Muito obrigado, pessoal. ─ Spencer disse para os policiais. ─ Eu estou com ela.

─ Você sabe que tenho medo de voar. ─ ela continuou com um tom de voz agressivo. ─ Teve uma crise, está se regulando.

─ Eu sei, mãe. Desculpe. ─ Spencer passou a mão pelo cabelo, visivelmente nervoso.

─ Bem, então por que você fez aqueles fascistas me prenderem? ─ ela perguntou.

─ Mãe, eles não são fascistas e você não foi presa. Estou tentando proteger você.

─ Forçando-me a fazer a única coisa que me assusta mais do que qualquer outra coisa? ─ ela argumentou.

─ Na verdade, ─ interrompi ao lado de Spencer para tentar ajudá-lo ─ fui eu quem pediu para trazê-la.

A sala cai num silêncio tenso até que Penélope irrompe, visivelmente intrigada.

─ Poderia ser isso...? ─ ela entra, olhos arregalados ─ Oh meu Deus.

─ É aqui que você trabalha? ─ Diana pergunta a Spencer, curiosa.

─ Minha mesa está ali na área do bullpen. ─ Spencer aponta para o local.

─ A mesa é redonda. ─ comenta Diana, passando os dedos sobre a mesa de reuniões.

─ Assim como escrevi para você em minhas cartas. ─ Spencer responde, nostálgico.

─ Sim, exatamente como nas suas cartas. ─ Diana confirma, enquanto se aproxima do quadro e pega a chave que Spencer recebeu.

─ Mãe, não! Não pode pegar coisas do quadro. Esta chave é evidência. ─ ele retira a chave de suas mãos, colocando-a de volta no quadro. ─ O suspeito que estamos procurando... Ele sabe coisas sobre a vida pessoal dos meus colegas, coisas que só você saberia. Você escreve sobre eles em seus diários?

─ Meus diários não são da conta do governo! ─ Diana exclama, visivelmente agitada.

─ Eu não sou o governo, mãe. ─ Spencer respira fundo.

─ Por que você me trouxe aqui, Spencer? ─ pergunta Diana, com uma pitada de desconfiança.

─ Preciso fazer algumas perguntas sobre um homem que acho que você pode conhecer. Ele está envolvido em homicídios e mantém uma garota como refém.

─ Você acha que eu conheço alguém assim? ─ Diana parece surpresa.

─ Poderia apenas assistir ao vídeo e ver se ele parece familiar para você? ─ sugere Spencer, tentando manter sua atenção. ─ Garanto que todos entenderão por que é necessário.

─ Você o conhece? ─ Spencer pergunta, esperançoso.

─ Tenho certeza de que é Randall Garner. ─ responde Diana com firmeza. ─ Ele estava no hospital comigo. É um homem emocionalmente perturbado.

Spencer olha para mim, questionando se o reconheço também, e balanço a cabeça negativamente. Randall deve ter recebido alta antes de eu começar a trabalhar lá como voluntária.

Antes que pudéssemos discutir mais, Hotch, Morgan e JJ entraram na sala.

─ Pouco antes de os agentes me tirarem do hospital, um homem me entregou isto. ─ Diana diz, capturando nossa atenção, mostrando uma foto de uma casa com um endereço no verso.

─ Shiloh, Virgínia? ─ Spencer comenta.

─ Fica apenas a 16 quilômetros daqui. ─ eu explico rapidamente.

─ É isso, pessoal. Vamos. ─ decide Hotch.

─ Vai, eu fico com ela. ─ digo para Spencer, determinada.

Ele me olha por um momento, preocupado, mas acaba assentindo.

─ Cuidem-se. ─ digo antes da equipe sair.
Fico ao lado de Diana, pensando no que poderia aguardar eles em Shiloh.

[...]

─ Elle saiu da cirurgia, princesa ─ Derek para ao meu lado afagando minhas costas ─ Ela vai ficar bem.

─ Bom ─ respondo, aliviada ─ Meu pai ainda está no hospital com ela?

─ Sim.

─ E como está Rebeca? ─ pergunto preocupada.

─ Ela está no hospital, mas deve estar bem. ─ Derek responde.

─ Fisicamente, talvez. ─ murmuro, pensando nos traumas emocionais que ela deve estar enfrentando.

─ Obrigado a todos. ─ Hotch entra na sala e todos param para ouvi-lo ─ Todos vocês.

Aceno em resposta.

─ Bem, só poderíamos ter ido até certo ponto sem a Sra. Reid. ─ comento, reconhecendo a importância da mãe de Spencer na resolução do caso.

─ Mãe, nós a encontramos. ─ Spencer se dirige a ela com gratidão ─ Rebecca está segura. Você nos ajudou a salvar a vida dela.

─ Já é hora do almoço? ─ Diana questiona de repente.

─ O que? ─ Spencer fica confuso com a mudança de assunto.

─ Estou dando palestras para todos sobre Tristan e Iseult. Eles estão todos reunidos no meu quarto depois do almoço. ─ ela explica com um sorriso.

─ Posso assistir à palestra também? ─ Spencer pergunta, tentando acompanhar o raciocínio de sua mãe.

─ Você leu algum material? ─ Diana arqueia uma sobrancelha desafiadora para ele.

Spencer olha para mim antes de responder.

─ Eu terei ajuda. ─ ele responde, esperançoso.

─ Maravilhoso. ─ ela diz, satisfeita.

É um alívio ver Diana tão serena e interessada em sua palestra, mesmo após os acontecimentos recentes.

Aaron me chama para sua sala com um gesto discreto, e eu o sigo prontamente, fechando a porta atrás de mim. Seu olhar sério não passa despercebido enquanto nos sentamos.

─ Birdie, eu queria conversar com você. ─ ele começa, seu tom calmo e ponderado.

─ Claro, Aaron. ─ respondo, curiosa sobre o que ele tem a dizer.

Ele suspira antes de continuar.

─ Eu sei que Jason tem suas razões para não querer você na equipe. Não concordo com todas elas, mas ele é o chefe, parecendo que não. ─ diz ele, escolhendo cuidadosamente suas palavras.

Assinto, percebendo que Aaron está tentando equilibrar suas obrigações com sua opinião pessoal.

─ Mas quero que saiba que eu adoraria continuar trabalhando com você aqui em Quantico. Você trouxe uma perspectiva única e um talento excepcional para a equipe. ─ ele diz sinceramente, olhando diretamente para mim.

Seu apoio é reconfortante, e sinto gratidão por ele valorizar minha contribuição.

─ Obrigada, Aaron. Significa muito para mim ouvir isso. ─ respondo, sentindo-me mais relaxada sabendo que tenho seu respaldo.

Ele assente, um leve sorriso surgindo em seus lábios.

─ Continue mostrando o que você pode fazer, Birdie. Estamos aqui para você, independentemente de onde você estiver. ─ ele conclui.

𝐅𝐋𝐎𝐑𝐈𝐃𝐀!!! | 𝘈 𝘊𝘳𝘪𝘮𝘪𝘯𝘢𝘭 𝘔𝘪𝘯𝘥𝘴 𝘍𝘢𝘯𝘧𝘪𝘤Onde histórias criam vida. Descubra agora