CAPÍTULO 14

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"Somente quando encontramos o amor é que descobrimos o que nos faltava na vida."

─ John Ruskin

Mexi o café com a colher, sentindo seu aroma forte se misturar ao zumbido das conversas ao redor.

Spencer estava à minha frente, seus olhos perspicazes fixos em mim, esperando minha resposta sobre a visita a Elle.

Acabei de contar como Elle me consolou, embora eu ainda me sentisse culpada por não ter previsto o perigo.

- Foi... reconfortante - murmurei, desviando o olhar por um momento. - Elle tem um jeito incrível de encontrar as palavras certas para confortar, mesmo nas situações mais difíceis.

Spencer assentiu, compreendendo. Seus olhos verdes captavam a luz difusa do café, refletindo um brilho curioso e afeiçoado, como se estivesse ansioso para saber mais.

- Você está bem? - ele perguntou suavemente, preocupado comigo além das aparências.Respirei fundo

- Sim, estou lidando com tudo isso da melhor forma possível. É bom ter pessoas como você por perto. Aliás, Hoje tive uma conversa com meu pai e espero que ele finalmente deixe-me pelo menos fazer a prova do FBI- digo animada.

- Se necessário posso fazer uma carta de recomendação - diz Spencer.

- Espero que não seja necessário - rio

- Posso fazer uma pergunta tanto quanto pessoal?- pergunta ele um pouco hesitante.

- Claro, sou praticamente um livro aberto, pergunte o que quiser.

- Agora sei que é filha do Gideon, mas na sala perfilando o caso parecia que você já estava familiarizada com como se analisa a situação e com a equipe em si.

- Trabalhei para a Interpol por um tempo, na parte remota, como a Garcia. E já estive nas instalações da CIA algumas vezes...e sobre a equipe eu já os conhecia... Aaron Hotchner, conheci desde seu primeiro dia na UAC, ele pegou uma das equipes mais casca grossa e então eu o ajudei a se encaixar...acabamos virando grandes amigos, Derek Morgan, quando Aaron assumiu a chefia ele me deu a ficha de Morgan para analisar se valia a pena ou não colocá-lo na equipe, e não vou mentir, achava que ele não ia se adaptar aos padrões da UAC mas eu estava errada e Morgan acabou se tornando um grande amigo também. Penélope García, uma gênia da computação, queriam a prende-la por entrar no sistema do FBI mas viram um potencial nela, ela trouxe um pouco de alegria para a equipe; Jennifer Jareau, não achava sua posição importante para UAC mas vi a maneira que ela trabalha e é cativante e toda a parte burocrática ela faz com uma facilidade surreal; Elle Greenaway.... - troco o olhar para o café a minha frente me perdendo em pensamentos - A Elle, sobre ela vou ser sincera, eu me apaixonei por ela.

-Você... é... - ele pausou, parecendo buscar a melhor maneira de formular sua pergunta.

- Sou o quê? - perguntei, incentivando-o a continuar.

Ele coçou a nuca, um gesto nervoso que eu já havia notado nele em momentos de desconforto.

- Você é... lésbica? - ele finalmente conseguiu perguntar, sua expressão misturando curiosidade genuína e um leve constrangimento.

Levei um segundo para processar sua pergunta. Era uma pergunta direta e inesperada, mas eu entendia de onde vinha. Respirando fundo, decidi responder honestamente.

- Não, Spencer. Eu não sou lésbica. Na verdade, só tive uma experiência com Elle, e isso me deixou um pouco confusa sobre minha orientação sexual - expliquei, esperando que ele entendesse.Spencer assentiu lentamente, absorvendo minhas palavras.

- Desculpe se a pergunta foi muito direta. Eu só... Vocês ainda tem algo?

-Não, somos só amigas, como o Derek e a Penélope.

- Bom.

𝐅𝐋𝐎𝐑𝐈𝐃𝐀!!! | 𝘈 𝘊𝘳𝘪𝘮𝘪𝘯𝘢𝘭 𝘔𝘪𝘯𝘥𝘴 𝘍𝘢𝘯𝘧𝘪𝘤Onde histórias criam vida. Descubra agora