CAPÍTULO 32

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"⁠Não há problema que um bom café e uma amiga não possam curar."

─ Desconhecido

Penélope respirou fundo, tentando se concentrar.

─ É isso. Era apenas um carro.

─ Não, vamos lá, pense. Qualquer coisa. Volte. ─ Rossi pressionou, sua voz cheia de urgência.

Enquanto Rossi interrogava Garcia com uma intensidade sufocante, eu me sentia inquieta ao lado de Spencer.

Os olhares de todos na sala estavam fixos em Penélope, e a pressão para descobrir qualquer detalhe que pudesse nos ajudar a rastrear o responsável por isso era quase palpável.

Porém, algo na maneira como Rossi estava conduzindo a conversa me deixava preocupada.

Olhei para Spencer, ele parecia igualmente tenso, observando a interação entre Rossi e Garcia com uma expressão séria.

─ Você acha que Rossi está indo longe demais? ─ sussurrei, tentando não chamar a atenção.

Spencer olhou para mim por um momento, como se pesasse suas palavras antes de responder.

─ Rossi sabe que estamos correndo contra o tempo. Ele está tentando encontrar algo que talvez Garcia não perceba ser importante. Mas... ─ Ele fez uma pausa, seus olhos voltando para Rossi. ─ Ele pode estar pressionando demais. Garcia ainda está confusa e emocionalmente abalada.

Eu assenti, concordando com sua avaliação.

─ Isso está começando a me preocupar. Não sei se ela vai conseguir lembrar de algo se estiver tão estressada.

Spencer passou a mão pelo cabelo, um gesto que ele fazia quando estava pensando profundamente ou quando estava nervoso.

─ Rossi está certo em ser incisivo, mas há um limite. Se Garcia se fechar ou ficar ainda mais assustada, isso pode nos afastar das respostas que precisamos.

Observamos juntos enquanto Rossi continuava com seu interrogatório, e eu pude sentir o desconforto crescendo dentro de mim. A pressão na sala era quase sufocante, e eu sabia que todos estavam sentindo o mesmo peso.

─ Talvez devêssemos intervir ─ sugeri, sentindo um aperto no peito. ─ Ela precisa sentir que está segura, não que está sendo atacada.

Spencer me olhou com um olhar compreensivo e assentiu.

─ Vou tentar falar com Rossi. Se ele continuar assim, podemos perder mais do que ganhar.

Eu o observei se levantar e caminhar em direção a Rossi. Meu coração estava acelerado, mas ver Spencer tomar uma atitude me deu um pouco de alívio. Eu sabia que ele faria o possível para garantir que Penélope se sentisse amparada. O que ela mais precisava agora era de apoio, não de mais pressão.

[...]

Estávamos no apartamento de Penélope, onde a atmosfera era pesada e carregada de tensão.

Após o incidente no qual o suspeito havia atirado em um policial inocente, a urgência para obter respostas se intensificou ainda mais.

Penélope, embora visivelmente abalada, estava determinada a ajudar de qualquer maneira possível. Sentada em frente ao seu computador, ela tentava acessar informações que poderiam nos levar ao atirador.

A sala estava silenciosa, exceto pelo som rápido dos dedos de Penélope teclando no teclado.

Eu e Spencer estávamos por perto, observando atentamente, mas sem querer pressioná-la ainda mais. Eu podia ver a concentração em seu rosto, mas também a dor e o cansaço que a situação toda estava causando.

𝐅𝐋𝐎𝐑𝐈𝐃𝐀!!! | 𝘈 𝘊𝘳𝘪𝘮𝘪𝘯𝘢𝘭 𝘔𝘪𝘯𝘥𝘴 𝘍𝘢𝘯𝘧𝘪𝘤Onde histórias criam vida. Descubra agora