CAPÍTULO 13

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"A melhor maneira de começar uma amizade é com uma boa gargalhada. De terminar com ela, também."

─ Oscar Wilde

Bati na porta do escritório do meu pai, respirando fundo para me preparar para a conversa que estava por vir.

Ele não esperava me ver aqui, talvez pensasse que eu já estaria embarcando em outra viagem.
Ainda bem que decidi falar com ele antes de partir.

─ Entre ─ sua voz soou do outro lado da porta.

Abri a porta e entrei na sala, encontrando-o atrás da mesa, cercado por pilhas de papéis e pastas organizadas.

Ele ergueu os olhos, visivelmente surpreso ao me ver ali.

─ Pai ─ comecei, tentando manter minha voz firme apesar da tensão que sentia.
Ele me observou por um momento, claramente intrigado.

─ Florence! O que te traz aqui? Achei que você já havia ido.

Fechei a porta atrás de mim e me aproximei da mesa dele.

─ Na verdade, pai, eu queria falar com você antes de partir.

Ele arqueou uma sobrancelha, claramente curioso sobre o que eu tinha a dizer.

─ Sobre o quê exatamente?

Respirei fundo, escolhendo minhas palavras com cuidado.

─ Eu sei que você tem suas dúvidas sobre eu estar pronta para seguir meus próprios caminhos.

Ele suspirou, recostando-se na cadeira.

─ Florence, você é inteligente, ninguém pode negar isso. Mas você sabe como é perigoso o trabalho que fazemos.

Sentei-me em uma cadeira em frente à mesa dele, preparando-me para tentar o opor.

─ Eu sei, pai. E é exatamente por isso que estou aqui. Não posso ignorar o que está acontecendo lá fora. Eu quero fazer a diferença, ajudar as pessoas de uma maneira que realmente importa.
Seu olhar mudou para preocupação genuína.

─ E a fibromialgia, Birdie? Você sabe como isso pode ser desafiador, especialmente em nosso campo.

Concordei, consciente de que este seria um ponto sensível.

─ Eu sei dos desafios, pai. Mas tenho aprendido a lidar com isso. E a equipe me apoia.

Ele ficou em silêncio por um momento, processando minhas palavras.

─ Você realmente acredita nisso, não é?

─ Sim, pai ─ respondi, olhando diretamente nos olhos dele. ─ Eu sei que posso fazer isso.

Ele suspirou novamente, parecendo resignado.

─ Você é tão teimosa quanto sua mãe, sabia? Sempre determinada.

Um sorriso suave se formou em meus lábios, grata por ele começar a entender.

─ É assim que eu sou, pai. E eu quero que você acredite em mim também.

Ele me estudou por um momento antes de finalmente assentir.

─ Tudo bem, Birdie. Eu entendo. Eu não vou facilitar para você, mas vou apoiar sua decisão.

Senti um peso sendo levantado de meus ombros.

─ Obrigada, pai. Significa muito para mim.

Ele se levantou e se aproximou de mim, colocando a mão em meu ombro com carinho.

𝐅𝐋𝐎𝐑𝐈𝐃𝐀!!! | 𝘈 𝘊𝘳𝘪𝘮𝘪𝘯𝘢𝘭 𝘔𝘪𝘯𝘥𝘴 𝘍𝘢𝘯𝘧𝘪𝘤Onde histórias criam vida. Descubra agora