CAPÍTULO 36

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"Quando a felicidade de outra pessoa é a sua felicidade, isso é amor."

─ Lana Del Rey

Quando o jatinho aterrissou, a cidade de Havenport, Massachusetts, se estendia diante de nós, um pequeno refúgio costeiro envolto pela névoa matinal.

A atmosfera era diferente do que estávamos acostumados em Washington; havia um ar tranquilo, quase bucólico, mas que agora estava carregado de tensão devido ao caso que enfrentávamos.

Saímos do aeroporto e dividimos rapidamente nossas tarefas. JJ e Spencer seguiram para a delegacia local para conversar com a polícia e as famílias das vítimas, enquanto Morgan e Emily foram para os estúdios de arte, em busca de informações e possíveis testemunhas. Rossi, Hotch e eu nos dirigimos para o escritório local do xerife para coordenar nossos recursos e garantir que tínhamos todas as informações necessárias para avançar.

A delegacia local era um edifício modesto, com um ar de eficiência e experiência. Assim que entramos, encontramos o xerife local, um homem de meia-idade com um olhar cansado e determinado.

─ Bem-vindos a Havenport ─ disse ele, estendendo a mão. ─ Estou feliz por vocês estarem aqui para ajudar. Tenho certeza de que podemos usar toda a assistência que puderem oferecer.

─ Agradecemos pela recepção ─ respondeu Hotch, apertando a mão do xerife. ─ Podemos começar analisando as evidências que vocês já têm e qualquer outro detalhe que possa ter surgido recentemente.

O xerife nos conduziu até uma sala de conferências, onde uma grande mesa estava cheia de fotos das vítimas e mapas da cidade. Rossi e Hotch começaram a revisar as evidências enquanto eu me sentava ao lado deles, analisando as anotações e documentos.

─ Aqui estão os arquivos das vítimas ─ O xerife começou, apontando para as fotos e relatórios espalhados pela mesa. ─ Como vocês sabem, todas eram artistas locais e foram encontradas em locais relacionados ao seu trabalho. Não temos muitos leads até agora, mas estamos colaborando com os estúdios e galerias locais.

─ Ótimo ─ Hotch respondeu, pegando uma foto e examinando-a. ─ Precisamos descobrir se há algum padrão entre essas vítimas além do óbvio. Alguma conexão social, alguma reclamação ou conflito recente?

[...]

Após algumas horas de trabalho intenso, começamos a reunir nossas descobertas no escritório do xerife. Hotch fez um gesto para que todos se sentassem e começassem a compartilhar as informações que haviam reunido.

─ Então, o que temos? ─ Hotch perguntou, olhando para a equipe.

JJ e Spencer entraram com as informações das famílias e das autoridades locais.

─ Encontramos algumas informações úteis ─ JJ começou. ─ Várias pessoas mencionaram que as vítimas tinham se tornado reclusas recentemente, mas nada que sugerisse uma ameaça direta.

─ No entanto, Spencer encontrou algo interessante ─ completou JJ, olhando para Spencer.

Spencer ajustou os fios de seu cabelo e começou a falar.

─ Há um padrão nos relatos das famílias e dos conhecidos das vítimas. Todas as mulheres tinham algum tipo de rivalidade artística ou desconforto com outros artistas locais. Parece que há uma tensão subjacente na comunidade artística.

Enquanto isso, Morgan e Emily compartilharam suas descobertas.

─ Conversamos com vários artistas e frequentadores dos estúdios ─ Morgan começou. ─ Muitos mencionaram um artista que se afastou recentemente da cena artística local, alguém que havia demonstrado ressentimento e frustração com sua falta de sucesso. Seu nome é Victor Hale. Ele tem um histórico de comportamento errático e instabilidade mental.

─ Victor Hale ─ Hotch repetiu, anotando o nome. ─ Parece que ele pode ser nosso principal suspeito. Precisamos aprofundar a investigação sobre ele e verificar sua conexão com as vítimas.

Com essas informações em mãos, o plano era claro. A equipe se preparava para seguir para o próximo passo, que seria encontrar Victor Hale e interrogar ele sobre sua possível conexão com os crimes.

[...]

O dia estava se encerrando, e o sol se pôs atrás das colinas que cercavam Havenport.

A equipe estava exausta, mas a determinação para resolver o caso ainda era palpável.

Após um dia intenso de trabalho, finalmente nos dirigimos para o hotel local, um edifício pequeno e charmoso, mas com uma quantidade limitada de quartos disponíveis.

Chegando ao hotel, encontramos a recepcionista, uma mulher simpática, mas visivelmente sobrecarregada, que nos informou que havia apenas alguns quartos vagos. Hotch, sempre pragmático, assumiu a responsabilidade de fazer as divisões de quartos para garantir que todos tivessem acomodações adequadas.

─ Ok, pessoal ─ Hotch disse, consultando a lista de quartos disponíveis. ─ A recepcionista informou que temos quatro quartos. Vamos dividir da seguinte forma: JJ e Emily, Morgan, Rossi e eu. Florence e Spencer.

O anúncio causou uma leve troca de olhares entre a equipe, uma mistura de compreensão e sorrisos discretos, especialmente de Spencer e eu.

Com as chaves em mãos, seguimos para os nossos quartos. JJ e Emily foram para o quarto reservado para elas, conversando animadamente sobre o progresso do caso. Morgan seguiu para o seu quarto, já começando a relaxar depois de um longo dia, enquanto Rossi e Hotch foram para o quarto compartilhado, discutindo estratégias e a situação atual.

Eu e Spencer caminhamos até nosso quarto, o último no corredor. Ao entrar, o quarto era simples, mas confortável.

A vista da janela do nosso quarto era deslumbrante. A luz dourada refletia nas ondas calmas da praia e pintava o céu com tons de rosa e laranja. Eu estava encantada com a beleza do cenário e queria compartilhar essa sensação com Spencer.

─ Spencer, você precisa ver isso ─ eu disse, puxando-o gentilmente para a janela. ─ É realmente incrível. Olhe como o sol está refletindo na água!

Ele se aproximou, mas ao invés de olhar pela janela, ele se virou para mim com um sorriso suave.

─ É mesmo linda ─ ele concordou, sua voz suave e cheia de afeto. ─ Mas, honestamente, eu estava mais interessado em você.

O sorriso em seus lábios e a forma como ele me olhava me fez sentir que...eu estou apaixonada por ele. Como pude negar isso?
Aproximei-me ainda mais, e quando nossos olhares se encontraram, o mundo exterior parecia desaparecer. O beijo que trocamos foi suave e cheio de significado, não foi como o nosso primeiro beijo, mas igual, me fazia arrepiar.

─ Eu acho que a vista é ainda mais especial quando estou com você ─ ele disse, sua voz carregada de emoção genuína.

Eu sorri, sentindo que, apesar de qualquer coisa que o mundo pudesse oferecer, este instante, este sentimento entre nós, era o que realmente importava.

𝐅𝐋𝐎𝐑𝐈𝐃𝐀!!! | 𝘈 𝘊𝘳𝘪𝘮𝘪𝘯𝘢𝘭 𝘔𝘪𝘯𝘥𝘴 𝘍𝘢𝘯𝘧𝘪𝘤Onde histórias criam vida. Descubra agora