E a vida tem que continuar...

7 0 0
                                    


Eram 06h40 da manhã e a equipe da funerária iria buscar o corpo do senhor Vegeta as 07h00. A capela já estava cheia de novo de amigos da família que vieram para a última despedida antes do corpo ser levado para o cemitério, o padre que realizava as missas estava fazendo algumas orações. Vegeta havia buscado a mãe, Bulma e Elita bem cedo como tinha combinado e estavam em pé ao lado do caixão se despedindo do homem que já jazia ali.

Bulma estava sentada em um banco mais atrás e estava sentindo um nó na garganta profundo. Laura chorava muito com o filho a consolando, a despedida ia ficando cada vez mais próxima e sabia que Vegeta também estava sofrendo, do jeito dele, mas estava e queria estar lá com ele, queria estar segurando a mão dele, dando apoio, mas sabia que ele não iria deixar, que ele inventaria alguma desculpa para ela ficar longe e aquela sensação era tão ruim que lhe fez sentir uma dor terrível nas tripas era como se alguém estivesse furando seu estômago com um canivete, a dor era tanta que lhe fez sentir falta de ar.

Bulma soluçou com vontade de chorar e sentiu aquele nó na garganta aumentar. O padre ainda rezava encomendando a alma do homem e ela se levantou, sentiu que as pernas estavam fracas e não sabia por que se sentiu assim de repente, foi para a frente da igreja e colocou as mãos no batente da porta na intenção de respirar um pouco de ar puro, puxava o ar com força para os pulmões, mas não estava adiantando parecia que suas vias aéreas estavam entupidas e o ar não queria entrar, sentiu tonturas e sua cabeça agora começou a girar e girar sem parar à medida que não conseguia mais focar em um ponto fixo, sentiu calafrios e as pernas enfraqueceram se apoiou com as duas mãos no batente da porta sentindo aquela tontura aumentar e que não estava mais no controle do próprio corpo, sua visão lhe abandonava junto com a consciência e não conseguiu mais se manter em pé, foi sentindo o chão cada vez mais próximo de seu rosto e desmaiou na porta da capela.

***

Bulma começou a acordar aos poucos sentindo uma pressão no seu braço direito, algo gelado lhe apertava e depois ia folgando aos poucos. Abriu os olhos piscando algumas vezes para se livrar da zonzeira na cabeça.

_ Ela está acordando...

Alguém disse do seu lado.

_ Graças a Deus! - alguém disse mais à frente.

Ela abriu os olhos por completo agora olhando quem estava do seu lado e reconheceu a vizinha enfermeira que tinha socorrido a mãe de Vegeta no outro dia, a mulher estava ajoelhada e aferia a sua pressão.

_ Bulma, diz pra mim o que você tá sentindo? - a mulher perguntou enquanto a examinava. Bulma estava meio aérea não se lembrando direito do que aconteceu, sua última lembrança era de estar na porta da capela e de estar passando mal, se mexe e nota que estava deitada em um dos bancos na sacristia e tinha algo fofo e macio na sua cabeça. Olhou melhor em volta e viu Vegeta parado de frente para ela com as mãos no quadril e parecia preocupado.

_ O que foi que aconteceu? - ela perguntou tentando se sentar e teve ajuda de alguém que estava atrás dela foi aí que percebeu que estava deitada sobre as pernas de Elita que lhe ajudou a sentar.

_ Você desmaiou na porta da capela e trouxemos você para cá. - a vizinha respondeu, assim que se sentou Bulma sentiu uma dor terrível na cabeça que lhe deixou tonta.

_ A minha cabeça parece que vai explodir...

_ Não aperta muito, você bateu a cabeça quando caiu e criou um galozinho. – Gisele diz tirando o aparelho de seu braço.

_ O que fez que ela desmaiasse? - Vegeta perguntou mantendo a mesma postura, mas apenas por fora e a mulher virou para Bulma após guardar o aparelho na maleta.

Código de conduta 2Onde histórias criam vida. Descubra agora