Enterro

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Vegeta viu Bulma se sentar no sofá apoiando a cabeça no encosto do mesmo e sabia que as palavras da mãe de Yamtcha tinham mexido com ela. Se aproximou da garota se ajoelhando diante dela.

_ Ei não ligue para as coisas que aquela mulher disse, você sabe que não é verdade.

_ A culpa foi minha, ela me evitou o dia inteiro, e eu só queria oferecer um apoio sei lá...

_ Ela estava nervosa, está passando por um momento difícil e nem sabe o que está falando. Sabe bem que você foi à vítima não foi por sua causa que tudo aquilo aconteceu.

_ Eu sei é que...

_ Para de se torturar Bulma porque eu sei que é isso que você tá fazendo. Ele tentou avançar o sinal com você da forma mais canalha possível e você está se culpando porque sabe que foi por causa disso que eu fui atrás dele quando eu soube o que ele tinha feito com você e por isso descobrimos tudo o que ele fazia, mas ele ter sido morto na cadeia não tem nada a ver com você e eu vou ter que brigar sério com você se continuar colocando essas coisas na sua cabeça.

_ Eu não disse nada Vegeta!

_ E precisa? Eu te conheço garota.

_ Eu sei Vegeta é que hoje foi um dia... – ela suspira. _ A Chichi passou mal o dia inteiro, a mãe do Yamtcha me olhava atravessado e eu não sabia o que fazer pra ajudar. - disse dando mais um longo suspiro.

_ Ei meu anjo, eu sei que toda essa situação foi difícil pegou todo mundo de surpresa, mas vai ficar tudo bem, eu vou descobrir o que aconteceu com ele e vou resolver tudo agora vai lá pra dentro tomar um banho, tira essa roupa de velório, eu vou fazer o mesmo e depois vou preparar alguma coisa pra gente comer. – ele diz colocando mexas do cabelo dela atrás da orelha.

_ Eu nem estou com fome.

_ Mas vai comer sim, sei que passou o dia inteiro do lado da Chichi e nem comeu, anda logo eu tô mandando! - a contragosto Bulma se levantou quase arrastando os pés no chão e foi para o quarto, tirou a roupa jogando no cesto e entrou no banheiro de cabeça e tudo. Aquele dia tinha sido horrível sem dúvida um dos piores dias e mesmo que Vegeta dissesse que ficaria tudo bem não conseguia parar de pensar na morte de Yamtcha, na crueldade da morte dele, era certo que ele nunca foi um exemplo de pessoa, mas ninguém merecia morrer assim como se fosse uma coisa sem valor e sem importância e o que mais assustava ira a hipótese de Yamtcha ter sido morto para não ter que falar o que sabia e Vegeta estar no meio daquilo tudo.

Deu um outro suspiro embaixo do chuveiro nem a água quente estava lhe acalmando abraçou o próprio corpo, pois começou a sentir frio. O único velório que se lembrava foi o da mãe e mesmo assim ela era tão criança na época que ninguém deixava ela ficar muito onde a mãe estava sendo velada, que foi no pátio da delegacia. Ela ficava mais em uma sala com Panchi uma senhorinha simpática que Vegeta contratou para cuidar dela naquele dia e que mais tarde acabou sendo sua babá por alguns anos, mas se lembrar do corpo sem vida de Yamtcha naquele caixão só fazia sua mente voltar anos atrás onde se lembrava da visão da própria mãe e dela não entender o porquê da sua mãe está naquele lugar e não levantar de lá, aquela visão lhe assolou durante anos.

Sentiu calafrio e seu corpo inteiro tremeu não tinha mais participado de outro velório antes, quando algum conhecido falecia eles nunca participavam do velório ou enterro. Sentiu uma presença que fez seu corpo se acalmar seguido por dois braços que se envolveram em seu corpo e sabia que era Vegeta, relaxou ao sentir que ele estava ali que era o corpo dele que a abraçava e que lhe deu conforto naquele momento. Sempre foi assim ele sempre estava lá não importava o que acontecesse.

Código de conduta 2Onde histórias criam vida. Descubra agora