10 Should I Stay or Should I Go - The Clash

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Nunca pensei que seria pego pela polícia, sempre fui certinho, um bom garoto... tá certo que alguns anos atrás eu matei duas pessoas, mas não era por esse motivo que eu estava sendo levado, então vamos relevar esse fato. Quem diria, eu e a Xerife estávamos apenas a uma grade de distância.

Eu poderia sair dali usando minha força e minhas garras, mas depois teria que fugir, pensariam que eu realmente era o Serial Killer. Maldita Amélia Jones.

O carro estacionou, abriram a minha porta, tive que me virar para sair com as mãos presas atrás das costas, me empurraram para dentro da delegacia e me deixaram numa sala, totalmente fechada, havia uma mesa retangular e duas cadeiras, uma em cada ponta e um telefone vermelho antigo sobre o móvel de ferro.

Destrancam as algemas e trancaram minhas mãos nas da mesa. Me deixaram sozinho, e nesse momento, pude observar a sala. Havia uma câmera no canto esquerdo, escutei a vibração de um microfone, estava vindo debaixo da mesa.

Escutei passos do lado de fora, a porta foi destrancada, a Xerife entrou, um policial a acompanhava.

– Tudo bem, James, pode ir.

James não fez uma cara muito boa e saiu trancando a porta, a Xerife segurava um copo de café, o cheiro estava delicioso, sua aparência era cansada, provavelmente por pegar plantão, mas vitoriosa por conseguir um suspeito, a mulher de cabelos negros sentou-se na minha frente.

– Thomas Fenrir, está sendo acusado de cometer quatro assassinatos – declara a mulher.

– O que te faz pensar que sou o assassino? – questiono tentando obter informações, já que estava ali, sairia com tudo o que eu precisaria para pegar o verdadeiro assassino. Plantaram a faca contra mim, só faltava o queijo.

Ela sorri, sarcástica, revirando os olhos e cruzando os braços, tentava me intimidar.

– Sr Fenrir, você foi achado na cena do crime com sangue nas mãos.

Empieza a jugar con ella,Tomás.

– Realmente! Linha de pensamento muito boa, mas eu não poderia estar no lugar errado na hora errada? Vamos Xerife, estou esperando as acusações, vejamos se eu realmente sou o assassino. Ah, e quero minha advogada Emma Russell.

Ela recuou, me encarou de cima a baixo, segurou o rádio e disse:

– Traga a pasta do caso.

Minutos se passaram e ela continuava a me encarar, escutei passos por toda a delegacia, a porta se abriu e James trouxe uma pasta amarela e a colocou em cima da mesa, olhou para ela como se perguntasse se estava tudo bem, ela só balança a cabeça em concordância e ele saiu trancando a porta, outra vez.

– Ligue para sua advogada – disse indicando o telefone e voltou sua atenção para a pasta.

Peguei o aparelho velho e disquei o número de minha mãe, tocou três vezes até ela atender. Ela vai me matar.

– Alô, quem fala?

– Mãe...

Silêncio.

– Thomas? O que...

A interrompo.

– Mãe escuta, não tenho muito tempo, estou na delegacia e preciso de um advogado.

– Meu Deus, Thomas...Ok, estou indo, não responda nada sem a minha presença.

A Xerife aperta o botão para desligar a ligação, ficamos nos encarando.

Ouço alguém entrando, passos rápidos e preocupados, a porta é destrancada e minha mãe entra.

O Lobo SangrentoOnde histórias criam vida. Descubra agora