Pov. Richard.
Quando chego em casa, Mamãe já estava sabendo da briga que eu me envolvi.
– Eu sempre ensinei que o respeito é a melhor coisa que podemos oferecer às pessoas. Principalmente a você, Richard! Agressão não é a solução, o garoto poderia até estar errado, mas você cometeu um erro maior por bater nele. Eu poderia até te colocar de castigo, mas você vai fazer dezoito anos em menos de seis meses e já não mora mais comigo. Não tenho como te controlar. – A raiva fazia minha mãe cuspir as palavras como abelhas.
Depois da bela bronca, subi as escadas pisando duro, entrei no meu quarto como um furacão. Troquei de roupa, vestindo uma calça de moletom preta e uma blusa azul escura. Ainda estava bravo então resolvi me dirigir para o cômodo de treino, lá arrebentei minhas mãos socando o saco de pancada com a maior força que eu tinha, desestressando, liberando minha raiva enquanto Noah fazia flexões bem longe.
Quase coloquei fogo no saco. Dava socos, joelhadas e chutes, minhas mãos quando terminei sangravam.
Sentei-me encostado na parede, meus olhos ardiam, senti uma lágrima descer, escorrendo pela minha bochecha.
– Ou – Noah se levanta. – Não desperdice essa lágrima.
– O quê? – pergunto confuso. – Por quê?
Ele chega perto de mim se agachando para ficar na mesma altura.
– Enquanto você tá sofrendo aí e costurando suas roupas.
Bufo.
– Não fale mal das minhas costuras – me irrito, ele acertou o ponto fraco.
– Cale a boca. – Diz batendo no meu ombro. – Enfim, enquanto você tá aí vivendo a sua vidinha, eu estou vivendo a minha estudando magia.
– Humf – bufo outra vez.
– E lágrimas de Fênix têm poder curativo.
Paro por um momento o encarando, depois meus olhos fitam as minhas mãos ensanguentadas, pisco várias vezes e outra lágrima se forma. Faço-a cair em cima de um dos nós dos dedos e segundos depois já está totalmente cicatrizado, como se não houvesse machucado ali.
Suspiro impressionado comigo mesmo, deixei outras lágrimas caírem nas minhas mãos e vi minha pele cicatrizar, um sorriso apareceu em meu rosto, eu servia para algo que não era só queimar.
– Sangue e sêmen também aparentemente – completa Noah.
A porta se abre, minha irmã estava com a mão na maçaneta e nos encarava.
– Mamãe pediu para vocês descerem – diz Maddy – Amélia está aí.
Fomos até as escadas, eu descia correndo enquanto Noah apenas se apoia no corrimão e escorregava. Quando chegamos na copa e as duas estavam lá, Amélia trazia um dos mapas da prisão e outro mapa de trajeto.
– Já sei como vamos tirar Thomas de lá.
Eu e Noah fomos um para cada lado dela.
– Aqui está o mapa da prisão, não sabemos em que cela Thomas está preso, alguém vai ter que falar com ele nos corredores e dar sorte dele o achar.
– Eu faço isso – assumo a responsabilidade – ele consegue distinguir minha voz facilmente.
– Certo, nós teremos que ir em três carros para despistar a polícia e trocar Thomas no trajeto.
– Nossos carros não, eles são muito chamativos – comenta Noah.
– Tenho meus contatos, posso arrumar três carros de ferro-velho – comenta Mamãe.
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O Lobo Sangrento
WerewolfPara todas obcecadas por um moreno sarcástico, este livro é um presente para vocês. Mas deixo um aviso: o charme que sabe roubar uma cena está no melhor amigo ruivo gostoso. Preparem-se para se apaixonar por mais um bad boy misterioso com um passado...